Capítulo 15

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será que alguém aqui ainda lembra dessa fanfic?

anyway, capítulo novinho pra vcs e como eu acabei de escrever e já postei, não está revisado, então relevem os erros :)

(...)

Já faziam dois dias que os dois garotos não se viam, Namjoon aproveitou esse tempo para escrever o máximo que pode e deixar seu chefe atualizado de seu progresso, afinal, ele era quem estava bancando parte da viagem. O velho tinha ficado bastante feliz com o que o Kim havia mandado, então estava radiante, não corria mais risco de perder o contrato. Mas agora eram 6:00 pm e o poeta estava entediado. Muito entediado.

Olhou mais uma vez para o celular e bufou, nada estava o distraindo. Revirou na cama e ligou o abajur, tentando se distrair com a leitura, mas logo sentiu sua barriga roncar. Seria uma boa sair para jantar? Não conhecia muitos lugares por ali, apesar de já ter andado por muitas ruas, tanto sozinho, quanto com o Jimin. Falando no loirinho, decidiu mandar uma mensagem para ele, talvez o Park soubesse de algum lugar bacana para ir e até aceitasse ir com ele.

olá, jiminie, boa noite!

estou me afundando em tédio, vc tem alguma recomendação de um lugar legal?

jiminie: oi namjoon

tem um restaurante bem pertinho ai da sua pousada

ele é bem intimista e tem uma comida ótima

vou te passar o endereço

[endereço anexado]

obrigado!

então...

vc gostaria de me acompanhar?

jiminie: adoraria, mas não vai dar

preciso ajudar minha mãe com o jantar

mas aproveite bastante :)

oh, certo, tudo bem

bom jantar :)

jiminie: pra vc tbm!

Ok, essa havia sido a conversa mais estranha que os dois já haviam tido. Certo que o Jimin não era obrigado a estar sempre disponível para si, isso era até ridículo, mas Namjoon sentia que estava rolando alguma coisa e não era de hoje. Na verdade, desde o fim do último passeio deles, o mais novo estava se comportando estranho. Não conhecia o garoto tão bem, mas estava na cidade há uma semana e o Park tinha sido o tempo todo um doce, não que ele tivesse deixado de ser, mas estava diferente. Como se estivesse se contendo e o Kim não gostava nada disso, pois tinha se encantado exatamente pelo jeito carinhoso do loirinho.

Mesmo com uma pulguinha atrás da orelha, decidiu esquecer disso por hora e ir se arrumar para jantar no lugar recomendado, realmente estava com fome e ser sua própria companhia, nunca fora um problema para si, Jimin ir com ele era só uma soma agradável. Iria esperar que o outro lhe contasse o que estava acontecendo com ele, e se caso não contasse, iria respeitá-lo, porque conhecer o garoto tinha sido bom demais e não queria perder essa presença nem tão cedo.

(...)

Jimin jogou o celular na cama, abafando um gritinho frustrado com as mãos. Mal havia mandado a mensagem para Namjoon e já estava arrependido.

— Eu não acredito que neguei mesmo o convite dele! — sussurrou para si mesmo. — Jimin, você é burro, burro, burro!

— E se ele tiver percebido que eu agi estranho? Pior, e se ele souber que tenho uma quedinha por ele? AH! Que vergonha, eu sou um desastre!

— Falando sozinho, filho? — perguntou Hyejin.

— N-não, só estava pensando alto. — respondeu envergonhado.

— Hm, sei. — debochou a mulher com um sorrisinho, adorava provocar o filho. — De qualquer jeito, não estou aqui para atrapalhar seu monólogo, só vim trazer suas roupas e te dizer que o jantar já está pronto.

— Já estou indo!

A progenitora assentiu e saiu do quarto logo depois de depositar a muda de roupas na cama. Conhecia bem o seu menino, sabia que ele estava diferente, e se sua intuição estivesse certa, logo ficaria sabendo.

(...)

O dia tinha amanhecido lindo e com ele, a disposição que Jimin há tempos não sentia. Decidiu que era um ótimo dia para treinar, então pegou suas roupas mais confortáveis e rumou para o banheiro. Fez suas higienes e saiu de lá enxugando os cabelos que já estavam ficando bem grandinhos. Sorriu com isso. Era vaidoso demais com os fios e ter os perdido na época da quimio foi horrível. Agora eles estavam fortes e saudáveis apesar da tintura clara.

Desceu as escadas saltitante e encontrou a mãe sentava em frente a TV, assistindo o jornal matinal.

— Acordado a essa hora?

— É. — deu de ombro. — Despertei do nada, acho que é energia acumulada, então vou treinar.

— Lá no estúdio? — os olhos da mulher brilharam.

— Sim, omma, no estúdio, mas não se anime tanto, não vou voltar a dançar.

— Filho, vem cá. — falou mansa, batendo no lugar ao seu lado no sofá.

O mais novo se acomodou ao lado da progenitora e se aconchegou no abraço que ela ofereceu.

— Eu sei o quão difícil foi para você esses últimos anos, primeiro a morte do seu pai, depois a sua doença, mas você passou por tudo isso bravamente, acredite quando digo que és a pessoa mais forte que conheço.

— Não mais forte que você.

— É sim, bem mais. E só estou falando isso porque sei o quanto a dança lhe fazia sentir vivo e sinceramente, não entendo porque se privar disso.

— É complicado...

— E por que seria?

— Estou há muito tempo sem treinar e perdi a oportunidade de entrar na companhia de dança dos meus sonhos, não vejo porque continuar tentando. Mas eu vou encontrar algo que eu goste para fazer, não se preocupe.

— Algo que goste não é algo que ame.

— Mas é o que me resta, se eu voltasse a treinar como antigamente, ainda assim estaria bem atrás dos meus colegas.

— De qualquer jeito, pense com carinho. Tenho certeza que voltar lá vai reacender essa vontade.

— Vamos acreditar! — respondeu debochado.

Se direcionou até a mesa de café da manhã e encheu um copo de leite enquanto comia algumas torradas. Sentiu o celular vibrar no bolso e era uma mensagem de Namjoon. Ele não havia ficado chateado, afinal. Isso causou um alívio sem tamanho no coração do Park. Animado e sem pensar muito bem, respondeu a mensagem:

namjoonie: bom dia!

bom dia hyung

o que acha de me ver dançar?

namjoonie: sério?

eu adoraria!

que bom!

então vista roupas confortáveis que passo aí na pousada em 10 minutos

namjoonie: estarei te esperando.

Sorriu e tratou de comer o mais rápido possível. Tinha um longo dia pela frente e esperava que ele lhe prometesse coisas boas. Não iria deixar suas inseguranças atrapalharem o sentimento bom que estar com o Kim lhe causava. 

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