$5

838 79 1
                                    

Depois de Mark ter pego uma xícara e enchido com o café puro e forte voltou ao elevador e parou no décimo segundo andar. Olhou ao redor impressionado, havia uma sala com várias estantes e vasos de plantas, mais a frente havia uma porta que provavelmente seria a sala da senhorita Park.

Bateu três vezes e rapidamente ouviu o entre, respirou fundo e abriu a porta com dificuldade por conta da bandeja com a xícara. Viu Cate sentada mais a frente sorrindo com os olhos fixos no rapaz.

Sua sala era muito grande e bonita, havia um tapete, vasos de plantas, uma mesa enorme, algumas poltronas e atrás da mulher uma janela gigante. Ele realmente estava maravilhado com aquilo tudo mas nada se comparava com o olhar de Catherine.

— Obrigada Mark. — Sorriu ao ver o rapaz deixar a xícara em sua mesa. — Como você está? — Se levantou contornando a mesa.

— Estou bem. — Sorriu acanhado vendo a menor parar de frente para si. Mark ficou chocado com a beleza de Cate, ela já era linda de longe, de perto então era uma deusa.

— Isso é bom. — Sorriu pegando a xícara da mesa. — Sabe Mark, alguns representantes da empresa fazem festas para poder patrocinar e em algumas delas pedem para que levem alguns funcionários. — Mentiu enquanto sorria. — Decidi levar você nessa. — Se aproximou mais enquanto tomava um gole do café.

— Festa? Huh, parece legal. — Sorriu. — O Doyoung pode ir também? — Perguntou inocente. Cate ficou um tempo fitando o rapaz até sorrir de modo completamente falso.

— Mas é claro, não vou a lugar nenhum sem o Dodo. — Deixou a xícara de lado encarando as orbes do loiro. — Então eu peço para o meu motorista te pegar na sua casa e então nós vamos direto para a festa. — Ditou vendo Mark concordar. — Será no sábado às nove e não se atrase.

Mark voltou até a sala do Kim sorrindo largo, estava muito feliz em poder participar de algo importante referente a empresa.

— Você não vai! — Doyoung coçou os olhos enquanto Mark depositava um biquinho nos lábios.

Ele havia contado sobre a festa e também sobre ele e Doyoung irem com a senhorita Park e parece que o mais velho não ficou nada contente.

— Mas por que? — Mark cruzou os braços fitando as orbes cansadas do outro.

— Esse tipo de festa só rola o que não presta e eu conheço muito bem a Catherine. — Suspirou negando. — Eu sei muito bem o que ela quer.

— O que ela quer? — Mark franziu a testa.

— Nada Mark, só fique longe dela. — Afrouxou o nó da gravata. — Vai ser o melhor para você, vai por mim. — Olhou para o maior que ainda estava de braços cruzados e emburrado.

— Eu vou sim e você também. — Voltou a se sentar em sua mesa. — E não vamos mais discutir. — Doyoung o olhou boquiaberto, ok ele havia avisado. Se Mark estava tão disposto e contente em se aproximar da cascavel tudo bem, não era problema dele.

Catherine caminhou até a sala de reuniões em silêncio acompanhada de Doyoung. Quando se aproximou do local viu todos os presidentes da empresa conversando alegremente e ao pisar na sala todos pararam e arrumaram a postura.

— Bom dia senhores e senhoras. — Sorriu puxando a cadeira da ponta da mesa. — Espero que todos estejam bem porque eu, Catherine, estou tendo um péssimo dia. — Riu erguendo uma pasta bege. — E ele nem começou.

Ela se sentou e jogou a pasta no meio da mesa esperando quem seria o primeiro a pegar e ler o que havia ali. Doyoung apenas ficou em pé e em silêncio ao lado da loira, sabia que dali não sairia coisa boa.

Cate viu todos se olharem enquanto acendia seu quinto cigarro. Assistiu o senhor Lee – um gordinho careca –  pegar a pasta e ler atentamente.

— E então? O que é isso? — Questionou enquanto soprava a fumaça para cima.

— É...é uma das contas da empresa senhora. — O velhinho respondeu desviando o olhar para Cate.

— E o que tem de errado aí? — Cruzou as pernas grossas e levou o cigarro mais uma vez até a boca vermelha.

— Aqui diz que um milhão foi desviado. — Todos arregalaram os olhos e começaram a cochichar entre eles.

— Isso mesmo senhor Lee. — Sorriu cínica. — Um milhão, é dinheiro 'pra caralho, não é? — Olhou para cada um ali. — E sabe o que isso significa? — Deu mais uma tragada.

— Que a senhora foi roubada. — Vivian respondeu baixo.

— É isso ai Vivi. — Deixou o cigarro na boca e apertou os olhos. — E eu quero saber quem foi o desgraçado. — Suspirou. — Não estamos falando de mil ou cem mil, estamos falando de milhões e eu quero saber quem foi.

Todos ficaram se olhando em silêncio, Catherine também examinava cada um ali. Ela estava puta, sua paciência estava no zero e ela não queria estar ali falando sobre aquilo.

— Porra! — Bateu na mesa fazendo todos pularem das cadeiras. — Qual é o problema de vocês!? — Sentiu Doyoung colocar a mão em seu ombro fazendo seus músculos relaxarem. — Eu não gosto de perder dinheiro...— Respirou fundo fechando os olhos enquanto colocava a bituca entre os dedos. — Se isso acontecer novamente. — Ditou olhando para cada um. — Todos vocês vão ficar sem salário, e não achem que eu vou esquecer ou que eu não vou atrás do desgraçado. — Se levantou tirando a pasta da mão do senhor Lee de forma brusca. — Vocês me entenderam?

Todos ali concordaram fazendo Cate respirar fundo mais uma vez. Apagou o cigarro na mesa – deixando uma marca preta ali – e depois jogou no lixo logo caminhando até a saída juntamente com Doyoung.

BO$$;;;; // Mark Lee Onde histórias criam vida. Descubra agora