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Mark tirou a forma de biscoitos do forno e sorriu contente, estavam lindos e pareciam deliciosos.

Olhou para a sala e avistou Catherine escolher um filme, haviam se reunido para uma noite de cinema e já que ambos não eram muito fãs de pipoca Mark decidiu fazer biscoitos.

Quando sentiu que a forma já estava menos quente levou ela até a mesinha de centro e a deixou lá juntamente com os refrigerantes e várias outras guloseimas.

— Qual escolheu? — Se sentou ao lado da loira que já se cobria com o cobertor grosso.

— Uma Noite no Museu. — Desviou o olhar de modo tímido, por mais que parecesse durona e madura ela amava esse tipo de filme, ainda mais se fosse desenho.

— Gosto dele. — Mark sorriu vendo a loira concordar desviando sua atenção agora para a forma cheia de biscoitos de vários formatos. Levou a mão até um e o pegou logo em seguida saboreando, estava muito gostoso, ela amava biscoitos.

— Me abraça. — Pediu para a maior enquanto levava o último pedaço até a boca.

Mark logo obedeceu passando o braço em volta do corpo da menor fazendo ela se deitar em seu peito. Levou seu nariz até os fios presos e macios os cheirando enquanto sua mão direita acariciava o braço da outra.

Cinco minutos de filme e já estavam deitados no sofá, Catherine cochilava enquanto Mark tomava um gole do seu refrigerante de laranja.

Quando terminou se deitou ao lado do pequeno corpo e passou o braço pela cintura da loira. A mais velha se mexeu ficando de frente para Mark o que o fez corar, estavam bem próximos.

Ela parecia tranquila, parecia bem e feliz. Se perguntou se ela estaria tendo um sonho e se estivesse que ele fosse bom.

Levou a mão até a franja comprida a tirando de seu rosto lhe dando a liberdade de observar melhor o rosto da bronzeada.

Catherine era linda demais, delicada demais e sabia que – por mais fundo que tivesse – ela tinha um lado bom. Mark se deixou pensar em todas as vezes que esteve próximo a ela, em como seus olhos eram em um castanho lindo e ardente. Como seus lábios eram chamativos e estavam sempre curvados em um sorriso brincalhão ou malicioso.

Verdade, o sorriso de Catherine, Mark o achava maravilhoso. Quando ela lhe entregava aquele sorrisão o coração do canadense só faltava explodir.

Seu corpo era uma beldade, fora esculpido por anjos, sua pele bronzeada destacava seus cabelos loiros fazendo um contraste sexy.

Normalmente suas feições eram sérias ou maliciosas mas Mark também pode ver aquelas feições alegres e até mesmo tristonhas.

Pensando nisso tudo Mark achava engraçado, nunca imaginou que estaria assim, deitado no seu sofá desgastado com sua chefe. Uma mulher extremamente rica e extremamente desejável.

Quando Catherine mexeu as pernas encostando as mesmas nos joelhos de Mark o canadense sentiu seu coração falhar por um minuto.

Ele sentia cócegas em sua barriga, seu corpo respondia a cada toque e a cada olhar. A cada sílaba, palavra, oração que saia daqueles lábios carnudos.

Será que ele estava apaixonado? E se sim, será que isso é ruim? Como Catherine reagiria? Ela aceitaria seu amor ou o descartaria?

Levou a mão até a bochecha da loira deixando um carinho singelo ali, ela sorriu o que fez Mark sorrir também. Se aproximou e deixou um selar na pele macia, subiu até a testa e desceu até a ponta do nariz.

Quando voltou ao seu lugar observou os olhos castanhos o encarando, pareciam dizer algo mas ele não sabia o que era.

— O que está fazendo? — A mulher questionou de modo rouco fazendo os pelinhos do seu corpo arrepiar.

— Carinho. — Sussurrou ainda mexendo o polegar na bochecha corada. — Não gosta?

— Disse para não me tocar sem a minha permissão. — Ditou rápido fazendo Mark parar mas sem tirar a mão do lugar. — Mas não pare. — Fechou os olhos incapaz de observar o sorrisinho satisfeito do outro.

O mais novo aproximou mais seu corpo deixando as pontinhas dos narizes se encostarem.

— Por que você é assim? — A loira franziu a testa com a pergunta, não soube interpretar o que Mark quis dizer. — Você nunca fica nua quando estamos...— Limpou a garganta envergonhado. — Fazendo sexo? — Catherine riu. — E eu sempre preciso de uma autorização.

— Eu só...— Abriu os olhos dando de cara com os olhos grandes de Mark a encarando. Aquilo de alguma maneira a deixou tímida. — Eu vi uma amiga minha sendo molestada. — Suspirou voltando a fechar os olhos. — Ele a deixou nua e tocou no corpo dela. — Engoliu o nó que se formou em sua garganta. — Depois disso mantive essa coisa na minha cabeça, ninguém pode tocar em mim sem a minha permissão. — Mark assistiu uma lágrima escorrer pelo rosto da loira, mesmo ela estando de olhos fechados. — Eu fiquei com tanto medo que isso virou uma regra.

Limpou o rosto rapidamente e suspirou mais uma vez, sentiu saudades do gosto da nicotina em seus lábios e boca.

— Mesmo que não tivesse sido comigo foi horrível. — Levou a sua mão até o pescoço de Mark. — Eu comecei a fumar e a beber. — Riu. — Eu era bem pior, acredite. — Os olhos de Cate brilhavam por conta das lágrimas. — Eu cheguei a um ponto em que eu não confiava em ninguém, eu via todos como se eles fossem aquele homem. — Mordeu o lábio inferior. — Mas depois eu conheci o Doyoung e vi que nem todos são assim. — Sorriu. — Ele me ajudou bastante, apesar de ser cabeça dura.

— Ele é incrível. — Mark comentou vendo a loira concordar. Mesmo que sua voz tivesse voltado ao normal e que ela tivesse parado de chorar ele ainda percebia sua tristeza. — Você pode confiar em mim também. — Viu a loira erguer o olhar e sorrir mínimo.

— Eu confio. — Ditou em um sussurro.

Deitou o rapaz e ficou por cima do seu corpo, levou a mão direita até os fios loiros e a outra permaneceu em seu pescoço. Começou uma carícia simples em seu cabelo não deixando de sorrir.

Mark ergueu a mão e a levou até a nuca de Cate afundando seus dedos finos nos fios loiros. Catherine ficou um tempo observando o rosto de Mark, suas pintinhas, as maçãs marcadas, as bolsas embaixo dos olhos.

Ele era tão perfeito, mas o que ela mais gostava era de sua personalidade, do seu humor e sua bondade. De fato ela nunca na vida se encontraria dessa maneira com os seus outros ficantes, em suas casas, deitados admirando um ao outro, esse tipo de coisa nem entrava em sua cabeça.

Mas com Mark era diferente, ele era diferente. A Park sentia a necessidade de ficar ao seu lado, sentindo ele, observando ele.

Gostava do seu sexo, do seu beijo, do seu perfume, do seu sorriso e riso. Ela gostava de Mark.

Selou os lábios em um beijo carinhoso sentindo o gostinho de refrigerante de laranja se misturar com o doce do biscoito. Não pode não sorrir entre o ato levando ambas as mãos até o rosto macio do maior.

O Lee abraçou a cintura fina da loira e ali ficaram, trocando beijos ternos e olhares afetuosos.

Catherine gostava de Mark.

E Mark gostava de Catherine.

Decidiram aquilo naquela noite.

BO$$;;;; // Mark Lee Onde histórias criam vida. Descubra agora