Conto 1 - Primeiro encontro

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Contri

Contribuição: @vivagune @aiannycoment

— Socorro, meninas! – Corri pelo corredor do quintal de casa e esbarrei quase sem freio na cadeira onde a titia geralmente se sentava. As meninas ficaram de pé já perguntando o que houve comigo. Ela ficaria bravas quando soubessem que não era nada demais. Eu tinha consciência de estar fazendo um escândalo por nada. – Serkan me chamou para sair.

Cada uma teve uma reação diferente. Como eu imaginava.

— Tanto alvoroço para isso? – Fifi voltou a se sentar.

— Ai, que lindo. É o primeiro encontro de vocês como casal de verdade. Nem acredito. – Melo apoiou as duas mãos no rosto sorridente. – Que Allah abençoe esse encontro.

— Amém. – Eu sorri acanhada.

— Quem diria que te veria assim, hein? – Ceren se sentou e pegou sua xícara de chá. Ela, das três, era a mais centrada. Eu esperava um julgamento imparcial de minha conduta escandalosa. – Eda Yildiz maluca por causa de um encontro com Serkan Bolat. Se me dissessem isso um ano atrás eu não acreditaria.

— O que eu posso fazer? Aconteceu, taman? Me apaixonei por aquele robô idiota. – As três acharam graça enquanto eu me sentava a mesa. Eu também tinha consciência de que uns dias para cá. Eu estava fora de mim com Serkan sendo o homem mais carinhoso do mundo comigo.

— Ai, amiga. Eu fico muito feliz por você e pelo cunhado. De verdade. – Melo segurou minha mão e isso me deixou mais tranquila.

— Só tem um problema, eu não sei como será esse encontro. Eu acho que não tenho nem roupa para isso, amigas. Estou muito encrencada! Eu não sei porque ele tem que ser assim. De onde ele tirou um encontro do nada. Ai meu deus, eu vou surtar.

— Se o problema for só roupa... eu ajudo. – Ceren levantou a mão. Isso eu não tinha dúvidas. Ela tinha mais roupas do que a titia flores na floricultura.

— Também não é só isso que me preocupa. Como e sobre o que iremos conversar? Eu realmente não sei o que fazer, o que falar e como me portar. – Eu conhecia Serkan. Passamos por muitas coisas juntos, mas tinha algo de diferente nesse encontro. Não era como da vez que marcamos de nos ver e assinar o contrato do nosso falso noivado. Era real agora, tudo era real, assim como o beijo que ele me deu antes de eu subir as escadas agora a pouco.

Serkan prometeu que passaria para me buscar às 20h em ponto. Eu sabia que ele não se atrasaria, mas era cinco da tarde e eu tinha certeza que EU não estaria pronta nesse horário. Tanto fisicamente como emocionalmente.

— Calma, não é como se fosse um encontro com um desconhecido. Vocês já foram até noivos! – Melo respondeu com seu jeito engraçado. – Bom, não noivos de verdade, mas vocês viviam quase como se fossem mesmo. Por que esse surto agora? Está maluca, Dada?

— Eu concordo. – Fifi e Ceren sinalizaram seu apoio.

— Sim, mas e se... – Eu parei um instante. Essa possibilidade me assustava. Eu não estava preparada para isso. – E se ele me pedir em casamento?

— Como é? – As três falaram ao mesmo tempo quase gritando. O tópico casamento era um tabu naquela casa depois que todos ficaram sabendo do contrato.

—Ele vai dizer. Ele passou o dia inteiro com aquela cara sapeca para o meu lado. O peguei desligando o celular repentinamente três vezes. TRÊS! Estou sentindo no meu coração que ele vai me pedir em casamento. Ele vai. Serkan Bolat vai me pedir em casamento! Estão me ouvindo? Ele vai. Eu estou sentindo. – Eu me coloquei de pé e andei de um lado para o outro controlando o desejo de roer as unhas. Ou de gritar.

A Rosa e O Príncipe de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora