A Rosa e O Príncipe de Aço

Conto cinco - O que é vivo sempre aparece

Fazia uma manhã fria quando Eda e Serkan desceram do carro de luxo na frente do hotel. Ele usava um sobretudo preto e por baixo seu terno e gravata habituais. Eda desceu segurando a mão do noivo. Ela também estava bem vestida. Usava uma calça e terno de cor salmon. Por cima um sobretudo bege bem claro.

Os dois tiraram os óculos estilosos de marca francesa e de mãos dadas adentraram o hall. Qualquer um que os visse chegar pensariam se tratar de algum ator ou atriz famosos. Enquanto caminhavam pelo hotel roubaram a atenção dos presentes. Eram um casal muito bonito de verdade.

O hotel onde fariam check in era luxuoso edifício com fachada em estilo romano. Eda se maravilhou com isso.

— Nossa! Esse lugar é incrível, Serkan. – Ela sorriu olhando para todos os lados no seu jeito de menina que muito encantava o noivo.

— Sim, sabia que você ia gostar. – Disse sereno. – Queria que sua primeira vez na Itália fosse especial.

Eda olhou para Serkan espantada. Ele se fez de santo e indicou o caminho até o balcão da recepção. Estavam juntos a tempo suficiente para que Eda não se espantasse com as frases de duplo sentido, que vez ou outra, saiam dos lábios do noivo. Ainda sentia as bochechas corarem, talvez isso acontecesse para sempre. O amor entre eles não sabia ser abaixo de zero. Talvez isso também durasse para sempre.

Por vontade de Serkan já tinham vindo ao lindo país muito antes. Eda quis focar no trabalho em Istambul. A escolha foi sábia, por conta de seu primeiro trabalho paisagístico, ela e Art Life estavam competindo no prêmio internacional do ramo em Roma.

A festa de premiação seria na noite seguinte. Mas haveria uma exposição desses e outros trabalhos hoje. Eles tinham que comparecer. Eda, principalmente, já que queria inspecionar os últimos detalhes de como ficou a composição do espaço onde sua obra seria exposta.

Eles entraram no quarto e como sempre em lugares luxuosos, as malas já estavam lá dentro. Eda tirou o sobretudo e jogou na cama. Correu para a sacada e quase gritou de emoção.

— Serkan, olha essa vista! – Serkan caminhou devagar e passou a mão na cintura da noiva. Alegre de perceber que tinha feito a escolha certa. Estava ficando ainda mais entendido nos desejos de sua noiva.

— Eu sabia que você ia gostar. – Eda podia ver várias construções antigas no horizonte. Imaginou o quão legal não deveria ser ficar sentado na varanda observando os detalhes. De repente, ela lembrou de uma coisa.

— Por isso você trouxe o binóculo. Eu achei que você iria ver as estrelas.

— Eu também gosto de observar a paisagem.

— Você é esquisito, sabia? – Ela franziu a testa.

— Sou? – Serkan falou olhando para os lábios dela, sedento por um beijo. Ele era do tipo de contava, tinham exatas 20h que ela não o beijava. A última vez foi antes de saírem para o aeroporto.

Eda cortou o barato de Serkan, se desvencilhou dos braços do noivo e correu para o quarto. Ele sorriu consigo sabendo que conquistar esse beijo seria um trabalho de paciência e estratégia.

Eda observou tudo no aposento, com o mesmo olhar encantado e não parava de dizer o quarto parecia um sonho. Algo tirado de uma novela antiga.

—Amor, olha esse teto, parece pintado por Michelangelo. – Ele se aproximou por trás furtivamente, sem tocá-la para não mostrar que estava desesperado por um carinho.

—É uma imitação. – Ela se surpreendeu ao ouvir a voz dele rouca perto do ouvido. Ual, o que está acontecendo aqui?

—Tudo aqui é muito bonito e grande. – Ela disse quase sem ar, porque ele estava oprimindo seus sentidos com aquele perfume de paixão inebriante que exalava do calor do corpo dele. Sim, ela começou