capítulo 20

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Luna Hargreeves Pov's

- Como assim você tem poderes? - Eu perguntei.

- Eu descobri isso recentemente. E papai me prendeu aqui. - Ela disse de cabeça baixa.

- Isso é incrível. - Eu falei sorrindo.

- Nem tanto. Quando ele descobrir que eu saí, ele vai ficar uma fera. - Ela falou.

- Que se dane ele. Você tem poderes! - Eu disse com animação.

- E agora, o que nós vamos fazer? - Ela perguntou.

- Vamos viver normalmente. E se ele tentar te levar para lá novamente, eu não vou deixar. - Eu falei.

Ela sorriu pra mim e nós fomos para cima.

Nós fomos fazer aquilo que tínhamos marcado de fazer, assistir série.

Eu deitei na cama dela e ela deitou ao meu lado depois de trancar a porta. Estava frio então ela pegou um cobertor para nós duas e deitamos enroladas no cobertor.

Ligamos a TV e começamos a assistir.

Logo ela dormiu deitada em cima de mim, eu continuei assistindo e aproveitei aquele momento de tranquilidade, um dos únicos que eu tive naquela casa.

Apesar de eu já ter assistido a série inteira, é sempre bom reassistir.

Eu fiquei fazendo carinho no cabelo dela enquanto ela dormia.

Mas eu tive que ir ao banheiro, e levantei devagar para que eu não acabasse acordando Vanya, que estava dormindo ainda.

Eu passei pelo corredor e vi alguém contra a parede enquanto beijava outra pessoa.

- Jane? Diego? O que vocês estão fazendo? - Perguntei parando de andar e arregalando os olhos.

Eles se soltaram e fizeram um semblante desentendido.

- Hum, nós dois? Nada. - Jane falou.

- É, não aconteceu nada. - Diego falou sorrindo sem mostrar os dentes enquanto apoiava seu braço na parede.

- Vocês não se odiavam? A carência nessa casa tá enorme. - Eu falei revirando os olhos.

- Falou a que ficou com quase a Academia inteira. - Diego disse rindo.

- Isso era pra ser uma piada? - Perguntei.

- Não era piada, é a realidade. - Ele falou.

- Ah, e se puder não contar a ninguém o que viu aqui ficaríamos agradecidos. - Disse a ruiva sorrindo sarcasticamente.

- Tanto faz. Mas uma dica, não fiquem se pegando nos corredores, ninguém é obrigado a ver o que vocês fazem entre vocês dois. - Eu falei olhando para eles.

Eles disseram algo depois do que eu disse porém acabei ignorando.

Quando eu ainda estava no corredor senti alguém puxar meu braço.

- Ei, Luna. - A pessoa disse me puxando.

- O que foi, Allison? - Perguntei me virando.

- Papai está chamando para o almoço. - Ela falou.

- Já estou indo. - Eu falei e ela se direcionou para baixo.

Eu fui até o banheiro e logo após isso eu fui ao quarto para acordar Vanya para que fôssemos almoçar.

- Vanya, está na hora do almoço. - Eu sussurrei em seu ouvido.

- Desculpe, eu acabei pegando no sono. O que você disse? - Ela falou abrindo os olhos devagar.

- Ahn, está na hora do almoço.

- Mas eu não posso ir. Se papai sonhar que eu não estou lá embaixo pode acontecer algo ruim com você. - Ela falou me olhando.

- Eu não ligo. Mas que você vai almoçar com todos nós você vai. - Eu falei a puxando pela mão.

- Tem certeza? - Ela perguntou me seguindo.

- Absoluta. - Falei.

Fomos até a mesa e quando Reginald viu que Vanya estava na outra ponta da mesa de frente para ele, o mesmo bateu na mesa com força.

- Número Sete, o que está fazendo aqui? - Ele perguntou com raiva.

- Ela veio almoçar junto com os outros. - Eu falei interrompendo Vanya que iria dizer algo.

- Você desobedeceu as minhas ordens, Número Seis? - Ele perguntou me fuzilando com o olhar.

- Eu não podia deixá-la lá embaixo. Você queria escondê-la apenas porque ela tem poderes? - Eu perguntei.

- O que? Ela tem poderes? - Luther perguntou se levantando.

- Se acalme, eu resolverei isso. - Reginald disse para Luther e ele se sentou.

- Ela tem poderes e você escondeu isso de nós? - Cinco disse com raiva.

- A Número Sete tem poderes muito complexos e perigosos, eu não poderia deixar que ela ficasse junto de vocês. E depois que ela descobriu isso eu tive medo do que pudesse acontecer. - O velho falou nos olhando.

- Quanta bomba num dia só, tô amando tudo isso. - Klaus falou rindo.

- A Número Sete vai ficar lá embaixo até que ela seja estudada, e que eu comprove que ela não é um perigo para a sociedade. - Reginald falou.

- Ela não é um objeto! - Eu gritei batendo na mesa.

- Eu a trato como quiser. - Reginald falou me encarando.

- Você não sabe tratar as pessoas como seres humanos? Ela é um ser humano e eu exijo que ela seja tratada como tal. - Eu falei levantando.

- Você não vai exigir nada na minha casa. - Reginald disse ríspido.

Ele veio até mim e me pegou pelo braço.

- Me solta!- Eu gritei tentando me soltar.

- Solta ela. - Vanya falou.

- Vocês não vão me dar ordens. - O velho falou.

- Eu mandei você soltar ela. - Vanya falou com raiva.

Os olhos dela ficaram brancos e ela começou a flutuar, saiu uma luz branca de dentro dela e ela jogou Reginald contra a parede, ele caiu e bateu com a cabeça no chão.

Provavelmente havia morrido.

problem girl, number five.Onde histórias criam vida. Descubra agora