6. Última batalha

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Autora falando:

E aqui temos o último capítulo, porque nossas meninas não podem ficar mais sofrendo tanto, não é mesmo? Ficou bem longo, mais que o normal, mas tenham paciência com minha pessoa dramática e detalhista pls Começamos com POV Adora e terminamos com POV Catra. Boa leitura e, de antemão, agradeço quem chegou até aqui. <3


Fim da autora falando


* * * * *


Ela tinha prometido para Glimmer que iria descansar, mas era tão difícil, um péssimo momento. Adora estava sendo recorrentemente vigiada pelos amigos para que não chegasse perto do mapa ou da bússola, além de não conseguir tirar informações de ninguém sobre o quão próximo estava de chegar. Nos primeiros minutos, sua atual impotência só trouxe raiva. Queria participar, queria sentir que não parou, em nenhum segundo, de tentar o resgate. Depois do décimo sermão de Bow para que parasse de andar de um lado para o outro e, efetivamente, sentasse para descansar, percebeu o que seu corpo pedia.

Foram dias seguidos de intensidade emocional e física. Logo colapsou em um sono leve, e, ainda assim, necessário por algumas horas. Apostou que seria o suficiente para calar um pouco suas inseguranças sobre o plano, sobre a vida de quem tanto amava. Também sobre She Ra, a guerreira que da última vez quase assumiu seu lugar permanentemente.

Quando acordou, respirou aliviada.

Primeiro, por se sentir um pouco mais revitalizada. Segundo, por não ter sido assombrada pelos caóticos e frequentes pesadelos. Foi um sono tranquilo, essencial não só para acalmar paranoias, como também para alimentar a sensação de que o tempo de viagem passara mais rápido.

Finalmente os amigos começaram a responder suas perguntas, talvez porque tinha cumprido sua promessa e os deixado satisfeitos. De acordo com Entrapta e Bow, estavam bem próximos à ilha onde o núcleo principal da Horda se localizava.

Só mais 18 minutos.

Netossa e Glimmer a reiteraram sobre o plano de invasão, já antecipando possíveis informações que o Mestre poderia ter tirado da refém felina.

– Entrapta e a equipe de hackers dela vão ficar remotamente na missão. – Netossa gesticulava enquanto conversava com Adora e Glimmer. – Assim, eles conseguem acessar todas as câmeras e travá-las por alguns segundos, o que nos dá um tempo razoável para passar nos lugares monitorados sem que percebam.

– Sim. E ela vai conseguir ver também quantos soldados vão estar monitorando cada parte, e a gente já se prepara para eles. – A líder do grupo acrescentou.

– E os outros grupos da Aliança nos outros cantos do mundo? – Adora disfarça os sinais de ansiedade com um olhar determinado.

– Atacarão simultaneamente, acabei de confirmar com Angella. – Netossa respondeu com um sorriso de canto no rosto. – Estão todos posicionados e com seus devidos reforços para aproveitar a falha de comunicação que causaremos da central da Horda com o mundo. Vamos derrubar os outros laboratórios e acampamentos de uma só vez.

– É tudo ou nada, não é? – A loira imita o sorriso da outra estrategista e não disfarça a pesada respiração.

Essa frase tinha dois grandes significados para si. Era tudo ou nada para acabar de vez com a guerra e restaurar o planeta, o que não seria rápido ou fácil. Era tudo ou nada para recuperar, com vida, quem desejou e procurou por mais tempo que podia contar.

Experimento Apocalipse (Catradora)Onde histórias criam vida. Descubra agora