Autora falando:
Não achei justo fazer vocês se descabelarem com a sofrência e não dar espaço o suficiente para o tal "final feliz". Aí fiz esse cap extra cheio de momentos fofos, só fofos, sem tapear ninguém com sonhos e quase beijos.
Tenho que confessar que essa história demandou bastante tempo, pensamento, pipipopopo, mas só agora tô sentindo que finalmente vou deixá-la ir <3
Temos POV de Catra primeiro e depois POV de Adora. Boa leitura!
fim da autora falando.
* * *
O céu não estava tão limpo naquela noite, mas Catra sabia que seria um voo tranquilo. A prova era a boa e confortável poltrona que escolhera, perfeita para o seu cansaço de dias agitados e quase infindáveis.
Por muitos motivos eles eram 'quase infindáveis'. O primeiro de todos, por causa da quantidade de trabalho. O segundo, não menos relevante, pela distância de sua casa e de sua esposa. Todo ano passava uma semana longe, e todo ano a saudade a dilacerava como se fosse a primeira vez.
Voltar ao orfanato em que crescera deixou de ser um fardo e virou uma tarefa compensadora. Desde que a guerra terminara, há 8 anos, Rogelio assumiu a propriedade e abrigou milhares de crianças órfãs. A princípio era temporário, elas seriam realocadas. Contudo, foi nessa função que o híbrido réptil se encontrou, principalmente com apoio de Lonnie e Kyle. Desde então, eles fazem do antigo ZM-H um lugar aconchegante. E Catra? Ela gostaria de estar por lá sempre. Contudo, toda sua vida está na cidade em que mora. Ela e Adora ainda trabalham arduamente para que as leis reestabelecidas pela Aliança naquela fatídica queda da Horda continuem funcionando. Somente nesse período específico, uma vez ao ano, que a mais nova se envolve pessoalmente para a semana de fiscalização.
Ela coordena uma equipe que passa sete dias junto dela coabitando o local e tirando à prova se todos os direitos das crianças estão sendo garantidos. Poderia ser qualquer pessoa do Conselho para coordenar, inclusive dos regionais. Era Catra quem fazia questão de ver de perto todo o progresso de Rogelio naquele lugar. Além disso, era seu prazer pessoal promover uma série de atividades com os órfãos, nas quais contava histórias de superação sobre a guerra. Nunca foi uma obrigação, pelo menos não nas primeiras vezes. Depois as crianças ficaram totalmente engajadas e apegadas a sua presença. Algo recíproco, claro.
No final das contas, Catra entendeu que era sua missão estar ali por perto sempre que podia, e foi muito apoiada por Adora.
Por falar em Adora, dessa vez queria surpreendê-la. Estava planejando chegar mais cedo que o normal. Teria tempo de preparar o café da manhã, esperá-la acordar e ser feliz com cada detalhe da reação que receberia. Planejar isso talvez tenha postergado um pouco o cochilo durante o voo, não que a híbrida realmente se incomodasse. Pensar no que sua vida pós guerra lhe proporciona jamais será cansativo.
Não era quando a nova era só tinha 1 ano, não é agora que já tem 8.
Alguns lapsos de memória se fizeram presentes enquanto o avião decolava. Eles sempre apareciam, sempre que estava prestes a reencontrar Adora, seja depois de um curto ou longo período de tempo. Lembrou das primeiras três semanas de coma por causa do descontrole de She Ra. Depois, do período de recuperação e das inúmeras sessões de terapia que passaram para se livrar do fantasma da guerra. Também, do tratamento longo da loira para que finalmente controlasse sua forma híbrida de guerreira, com direito à momentos frustrantes e, para compensação, muitos mimos e afirmações de Catra ,como "Estou aqui, não vou deixar que desista", ou "Não precisa ter pressa, uma hora vai dar certo e vou ser a primeira a te lembrar o quão forte e incrível você é por ter conseguido".
VOCÊ ESTÁ LENDO
Experimento Apocalipse (Catradora)
Fanfiction"No fundo, não importa quem começou o que, mas para onde isso nos levou. De um lado, os que usam a magia e a habilidades híbridas para combater os líderes autoritários que nunca desistem de ter mais poder, conquistar mais territórios. Do outro, o im...