Ei amores, como vocês estão?
A música do cápitulo foi "azul da cor do mar" mais uma vez Tim Maia marcando presença por aqui.
O cápitulo foi revisado, mas se tiver algum erro me desculpem e se puderem avisar.
Vamos ao que interessa??
Boa leitura♥️⚡
“Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir.
Tenho muito pra contar.
Dizer que aprendi E na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri”
Emma analisava os relatórios sobre a mesa completamente concentrada, o ambiente estava silencioso exceto pela música baixa que tocava no velho rádio da delegacia, isso era uma das poucas coisas que ela fazia questão, podia dizer que sua vida tinha uma trilha sonora interessante. Gostava de praticamente todos os estilo de musica, mas seus últimos meses as mais românticas e tristes tinham enchido seus ouvidos e muitas vezes dado o consolo que ela precisava no momento.
De baixo da folha do último relatório, Emma viu um envelope pardo com seu nome. O pegou de imediato, esquecendo um pouco do trabalho, engoliu em seco, já imaginando do que se tratava. Pobre Emma, no fundo ainda tinha esperanças. Com a ajuda de um antigo amigo, conseguiu descobrir o paradeiro de sua ex esposa, e sem que ninguém soubesse, pediu ao rapaz para tirar algumas fotos, não sabia o que esperar, mas talvez aquelas fotos foram o ponta pé que ela precisava para esquecer Fiona de vez, tirou-as do envelope e começou a passar uma a uma, percebeu que em quase todas Fiona sorria, parecia feliz, ela tentava encontrar no olhar da mulher algum resquício de arrependimento ou dor, qualquer coisa que mostrasse que ela sentia muito por ter ido embora sem olhar pra trás, mas não tinha nada, nenhum sinal sequer. Emma colocou as fotos de volta dentro do envelope e o arremessou no cesto de lixo, a uns dias atrás tinha prometido nunca mais chorar por Fiona e iria cumprir sua promessa, mesmo que no fundo ela quisesse se jogar no chão e espernear como uma criança birrenta.
Depois de ver aquelas fotos, pelo menos uns 40 % do amor que ela sentia, tinha sumido, não era justo ela sofrer tanto, sendo que da outra parte , não ouve sequer uma lágrima derramada.
“
E na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”
Se aquele era o seu carma ela iria aguentar, mesmo sem entender, não achava-se merecedora de tanto sofrimento, sempre foi uma pessoa boa, pelo menos era isso que todos a sua volta diziam, não era possível que todas as pessoas durante toda a sua vida teriam mentido.
Chegou a conclusão que talvez ela não fosse o problema, que ela só não tinha escolhido a pessoa certa ou talvez ela só seria feliz sozinha.
Sozinha no sentido amoroso, pois sua família jamais a abandonaria, ela e David perderam os pais muito cedo, e desde então mantém a promessa que fizeram no dia do enterro que independente de qualquer situação eles nunca se abandonariam, prova disso é que mesmo casados nunca mudaram-se, moravam com suas respectivas famílias na casa que foi deixada para eles como herança, tinha bastante espaço e sendo assim jamais perderiam o contato e o afetos que só os irmãos sabem.
Ela ponderou por alguns segundos, tentando imaginar o que o futuro traria de novo, claro que não podemos ter certeza do que esperar, talvez ela fosse feliz ou talvez não, mais por hora ela decidiu apenas viver e jogar com as cartas que tinha.
“Mas quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar razão para viver
Ver na vida algum motivo pra sonhar”
Motivos pra sonha ela tinha de sobra, na realidade ela tinha a vida inteira pela frente, só não estava enxergando naquele momento.
Passou a mão pelos cabelos e balançou a cabeça negativamente na tentativa de livrar-se daqueles pensamentos, sabia que não levariam a lugar nenhum, então pegou seu último relatório e voltou a analisar da mesma forma que os anteriores.
Conseguiu terminar o expediente sem nenhuma intercorrência, tinha dias que a pequena Storybrooke era só paz e amor. Pegou as chaves do seu Fusca e foi para casa.
Não muito distante dali, Regina alimentava Luna, a menina tinha molho de macarrão até nos cabelos, Zelena e Graham acompanhavam a cena achando graça do desespero de Regina para não manchar as roupas da garota.
Iniciaram assuntos completamente aleatórios, até que um chamou a atenção da morena.
— Quem é essa tal de Emma, que foi abandonada pela esposa?
— Emma Swan, aquela que te ajudou no sábado.— Regina pensou na mulher tentando assimilar todas aquelas informações.
— A minha salvadora.
— O que? — Graham e Zelena perguntaram em uníssono.
— Se ela não tivesse me encontrado aquele dia, não sei o que poderia ter acontecido.— os dois concordaram com a cabeça.
— Agora que já consegui organizar quase tudo por aqui, talvez mamãe possa me arrumar uma vaga na prefeitura, não quero ficar aqui sem fazer nada.— ela disse mudando o foco da conversa.
— Gina a biblioteca está precisando de alguém, você sempre gostou tanto de livros, talvez pudesse organizar as coisas por lá.— Graham sugeriu para a irmã. Os olhos de Regina brilharam com a ideia, realmente sempre foi apaixonada por livros desde criança, provavelmente nem veria isso como trabalho.
— Vou falar com a Cora depois.
Trocaram mais algumas palavras, até que Regina saiu para dar banho na sua pequena, deixando os irmãos na sala.
Depois de um tempo, Luna já dormia pesadamente ao seu lado, enquanto ela perdia-se em um livro qualquer.
Tinha duas semanas que Regina estava na cidade, mas tinha saído muito pouco de casa, começou a pensar em todas as coisas que gostava de fazer antes de casar-se, tudo que viveu com os irmãos durante a infância, adolescência e depois Juventude, foi atingida por uma nostalgia intensa, sorriu ao lembrar das coisas inconsequentes que aprontavam, eram felizes, pensou que talvez alguns hábitos pudessem voltar, aquela noite foi dormir decidida, no dia seguinte pela manhã iria caminhar na floresta. O local escolhido trazia paz para ela, aproveitava para respirar o ar puro e ficava deslumbrada com os diferentes cantos dos pássaros.
Na manhã do dia seguinte, alimentou sua criança e a deixou sob os cuidados da avó, o lugar onde ela iria caminhar não ficava longe, durante o percurso analisava todas as casas das ruas, lembrando-se das pessoas que ali moravam, as cores das casas e as que eram usadas como ponto de referência, era como se o tempo não tivesse passado em Storybrooke, pouco mais de 15 minutos, Regina iniciou a trilha, os passos não eram rápidos, porém firmes, mais uma vez naquele dia lembrou das vezes em que caminhava com os irmãos e , quando ficavam cansados sempre sentavam-se de baixo da árvore onde a sombra fosse maior a batiam papo até perder a noção do tempo.
Olhou as horas no relógio de pulso e percebeu que já estava fora de casa a quase duas horas, decidiu voltar, pois agora já não era mais sozinha, depois de tornar-se mãe nunca ficou muito tempo longe da filha.
Quase na metade da trilha escorregou em uma pedra, pisou em falso machucando o pé direito, assim que se recuperou da queda, ela tentou levantar-se, mais sem sucesso, não conseguiu apoiar o pé no chão, tentou forçar mais um pouco e seus olhos encheram-se d’água com a dor que sentiu.
Olhou ao seu redor, sua mente tentava encontrar solução para aquele problema, puxou a respiração com um pouco mais de força tentando não entrar em pânico.
— E agora, o que eu faço?— falou em voz alta como se alguém pudesse ouvir.
Ficou cerca de 20 minutos sentada no chão, sua mente trabalhava sem parar, precisava sair dali o mais rápido possível, porque como se não pudesse ficar pior, nuvens pesadas começaram a cobrir o céu.
— Era só o que me faltava! — a voz já estava embargada e o nó na garganta era grande.
O tornozelo estava completamente edemaciado e ela nem podia mais descrever a dor, só sabia que tinha que sair dali.
Mais uma tentativa frustrada de tentar levantar-se, usou suas últimas forças, tentando equilibrar o corpo com um pé só, e as mãos apoiadas no chão, conseguiu ficar de pé, seu corpo bambeou, fechou os olhos já imaginando que ia cair de novo, mais sentiu mãos firmes rodearem a sua cintura, assustou-se ainda mais.
Abriu os olhos com pressa, até enxergar a figura loira que ela tinha visto uma única vez, mas que estava registrada em sua memória.
Levou a mão no peito em sinal de alívio, a mulher a encarava com a expressão assustada, chegava a ser engraçado, por um segundo esqueceu da dor que sentia e levou o pé no chão, a expressão sôfrega veio acompanhada de um gemido agudo.
— Ei, você tá bem?— Emma a perguntou tentando entender o que havia de errado com a mulher.
— Eu escorreguei naquela pedra e machuquei meu pé, não consigo apoiar no chão.— Emma olhou em direção ao tornozelo da mulher e botou uma expressão assustada, realmente estava muito inchado, ponderou por alguns segundos sobre como agir, enquanto Regina aproveitou para apoiar-se melhor no corpo da mulher e sustentar seu peso numa perna só.
Emma teve uma ideia.
— Eu vou te carregar nas costas e logo a gente chega na estrada.
— Não.— Regina a olhou espantada, estava machucada mais não queria dar trabalho a Emma.
— Não tem outro jeito, daqui a pouco vai começar a chover.
— Você pode ligar para alguém como naquele dia.
— Sim eu poderia, mas primeiro que não dá pra chegar aqui de carro, segundo que eles vão demorar mais do que se eu for com você agora.— Regina ainda estava relutante, mais que saída ela tinha a não ser aceitar.
— Tabom, mais a gente vai parando para você descansar.— Emma maneou a cabeça em concordância e se posicionou a frente da morena.
Emma não podia ver, mais Regina estava completamente corada, sentia-se envergonhada pela situação.
Regina passou os braços em volto do pescoço da mulher, enquanto ela agarrava suas coxas com firmeza, então Emma começou a caminhar, agradeceu mentalmente as horas que perdeu no crossfit, não estava tão difícil pois Regina também não era muito pesada e nem muito grande. Trocaram poucas palavras durante o percurso e, a cada 15 minutos elas paravam para Emma descansar um pouco, a trilha não era tão grande então depois de quase 40 minutos caminhando, finalmente chegaram a estrada.
Emma como morava mais longe e, por isso tinha ido de carro para a entrada da floresta, e a poucos metros de chegar no carro a chuva caiu com força, deixando as mulheres completamente encharcadas. Abriu a porta do carro e ajudou Regina a sentar-se, e correu para o outro lado.
Regina engoliu seco quando finalmente olhou para a outra mulher que respirava pesadamente de olhos fechados, sua blusa estava completamente transparente, seus olhos ficaram presos nos seios da outra, e se perguntassem ela não saberia explicar o motivo, mais sentiu-se atraída.
Quando Emma finalmente abriu os olhos, Regina desviou o olhar apressadamente para seu rosto, sorriu da forma que pode.
— Você já me salvou duas vezes e nem fomos apresentadas ainda.— Regina disse estendendo a mão para Emma que aceitou o cumprimento de imediato.
— Eu sou Emma... Emma Swan, muito prazer.
— Regina Mills — Emma sorriu e só então percebeu que ainda estava de mãos dadas. Soltou delicadamente
— Bom Regina acho que você precisa de um hospital.— A morena concordou e logo foi dada a partida no carro.
Iniciaram uma conversa tranquila, nenhuma das duas soube explicar no momento, mais era como se já se conhecessem a um bom tempo, descobriram até alguns gostos em comum, e não tinha passado nem uma hora juntas.
Assim que chegaram ao hospital, Emma mais uma vez ajudou Regina a descer do carro e serviu como apoio até que chegassem a recepção. Não demorou muito para que Regina fosse atendida e levada para longe dos olhos de Emma, a loira resolveu esperar, mas depois de receber uma ligação do irmão, teve que ir embora, mais antes avisou a família de Regina e só saiu depois que Zelena chegou para ficar com a morena.
Assim que passou pela porta do quarto Zelena sorriu ao ver a irmã, caminhou até a cama onde Regina, estava deitada e deu um beijo em sua testa. Depois de a irmã contar o que tinha acontecido, começaram a conversar sobre outras coisas, mas não passou despercebido por Zelena que a irmã não tirava a os olhos da porta, com se tivesse esperando por alguém.
— Tá tudo bem Gina?— você parece preocupada.
— Não é só que...onde está a Emma?
— Ela disse que teve uma emergência da delegacia e precisou ir.— Regina concordou.
Depois de receber o resultado dos exames e ver que não era nada mais que uma luxação, foi liberada e seguiu para casa.⚡
Bom amores por enquanto é isso, muito provável que no decorrer do dia eu poste mais um capítulo, se tudo sair como planejado, pretendo sempre liberar dois por vez.
Se possível comentem o que estão achando da história, e eu ficarei muito feliz.
Até daqui a pouco.
😘😘
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Você é a minha canção favorita...- SWANQUEEN
FanficUm amor vai curando o outro, até que se encontre um que não machuque. que não maltrate, e que não deixe o próximo existir. Emma tentava recuperar-se da dor do abandono causada por sua ex-esposa Fiona, enquanto Regina sofria com a perca precoce de se...