Bom dia, meu amor

Nudes

— O que você tá fazendo?

Akaashi ergueu a cabeça, o óculos na ponta do nariz. O ajustou, virando o álbum de fotos na direção de Bokuto.

— Esse sou eu? — perguntou. Bokuto sentou-se ao seu lado no sofá. Akaashi se aproximou, encostando-se em seu peito, assim, ambos poderiam olhar as fotografias. Bokuto riu, as lembranças da infância o invadindo automaticamente. — Onde conseguiu isso?

— Sua mãe me deu quando fui vê-la, mais cedo — respondeu. Bokuto franziu as sobrancelhas.

— Por que você foi ver minha mãe?

— Ela me ligou. Precisava de ajuda para trocar o gás, aproveitei e a ajudei com o almoço. Ela te mandou um pouco.

— Por que ela te pediu ajuda? Eu que sou o filho dela!

— Ora, Kou-kun — debochou Akaashi, o chamando da mesma forma que sua mãe o chama — ciúmes?

Bokuto se afastou de Akaashi, cruzando os braços. Ele fez bico. Akaashi riu, deixando um beijo em sua bochecha.

— Não seja bobo — disse —, sua mãe achou que você estivesse ocupado com o time, então não te chamou de primeira. E bem, eu estava livre.

— Hm...

— Falamos de você o tempo todo — continuou Akaashi, vendo que ainda não conseguiu mudar seu mau humor repentino. — Ela me perguntou como você estava, se estava indo tudo bem com o trabalho. Então ela começou a falar de quando você era pequeno, por isso o álbum antigo.

— Falaram de mim? — perguntou ele, olhando de canto de olho. Ainda com os braços cruzados.

— Só sobre você.

Bokuto tentou segurar o sorriso, mas era maior que ele. O sorriso de orelha a orelha foi inevitável.

— Ela me ama demais né? — afundou o joelho no sofá, pegando impulso para levantar minimamente o corpo, girando para ficar de frente para Akaashi. — Está tudo bem com ela?

— Sim. E ela sente tua falta — Akaashi tocou seu braço, esfregando a pele. — Faça um esforço para visitá-la esse final de semana, tudo bem?

— OK.

Com um pequeno sorriso, Bokuto permitiu que Akaashi voltassem aos seus braços. Ele reabriu o álbum. Akaashi riu ao dar de cara com uma fotografia onde um mini Bokuto estava deitado de barriga para cima, do jeito que veio ao mundo.

— Poxa, mãe, e eu achando que nunca teria um nudes vazado.