7. SUSSURROS EM FRANCÊS

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   Caminhei até o carro de Gilbert e abri a porta do banco do carona

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   Caminhei até o carro de Gilbert e abri a porta do banco do carona.

— Por que não sai logo daí, Blythe? Sou muito nova pra ter um filho de 18 anos. — O mesmo parecia enjoado

— Não posso sair, meu pai não pode me ver nesse estado.

Pensando em uma solução para evitar uma briga de família e um momento ainda mais desconfortável abri minha mochila e comecei a procurar as chaves de casa, eu tenho certeza que as levei.

Fui até a porta da casa de Gilbert avisando que o mesmo iria até a minha casa buscar umas anotações da escola, eu não sei se ele caiu nessa, mas de qualquer forma serviu

Caminhar com Gilbert agarrado em mim não era agradável, o cara devia pesar mais que um elefante, e o fato de ele mal conseguir se manter de pé piorava a situação

— Anne, mon seul amour — Ótimo, ele fala francês quando está bêbado— Ça a toujours été toi.

Que merda esse cara tá falando?

Anne, meu único amor. Sempre foi você.

— Gilbert se quiser me xingar, faça isso numa língua que eu entenda seu idiota— O mesmo beijou a minha bochecha e sorriu, senti meu rosto esquentar, empurrei o mesmo sem muita força, mas o suficiente para fazê-lo ir ao chão— Merda — Estendi a mão pra ajudar o mesmo a se levanta, mas ele me puxou me fazendo cair com ele, e virou seu corpo por cima de mim.— O que você pensa que está fazendo? Saia de cima de mim estamos no Jardim, Blythe!

Por que diabos acabamos sempre desse jeito?

— Anne — o mesmo escondeu o rosto em meu pescoço e ficou roçando seu nariz ali

Senti o todo o meu ar sumir e todos os pelos do meu corpo se arrepiarem enquanto eu tentava em vão me forçar a respirar e me acalmar

— Je suis désolé. Je suis désolé. Je suis désolé. Je suis désolé. — ele começou a sussurrar

Me desculpe. Me desculpe. Me desculpe. Me desculpe.

   Eu não sei o que Gilbert está dizendo, mas há dor e doçura em sua voz. A voz dele sussurrando pra mim, ele repetia a mesma frase sem parar no meu ouvido como se estivesse suplicando alguma coisa. Meu coração parecia querer sair pela boca. Por que sempre faz isso comigo, Blythe?

— Gilbert, por favor pare com isso— sussurrei de volta, o mesmo suspirou e beijou minha bochecha novamente, jogando seu corpo para o lado, enquanto eu tentava controlar minha respiração.

Depois de um tempo, consegui me levantar e ajudar Gilbert, entramos na minha casa e fui preparar um café enquanto Gilbert se deitava confortavelmente no meu sofá meu celular tocou e uma foto minha e de Diana brilhou na tela

Ligação:

Anne: Oi Di!

Diana: Oi, chegou bem em casa? O Gilbert te levou?

Eu te odeio, Gilbert Blythe. -shilbert Onde histórias criam vida. Descubra agora