Capítulo 12

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Narrado por Eric

Meu olhar se mantinha perdido na estrada, onde havia um grande e constante movimento de carros e pessoas. Parado na janela do quarto do Marcos, pensava no quanto eu estava na merda por ter sido expulso de casa.

Ao mesmo tempo que acreditava que convencer minha mãe não poderia ser tão difícil, estava com muito medo de ela não me aceitar de volta, e isso me fez pensar em meu pai.

Tinha visto no Instagram que ele estava passando um tempo na Espanha, pelas fotos com os dois filhos e a mulher por quem ele deixou minha mãe.

Por um instante cogitei lhe mandar uma mensagem, mas ao pensar em ser rejeitado novamente, desisti, era melhor que ele continuasse feliz com sua nova família.

Ao saber da minha situação patética, meus amigos e colegas de banda Leonardo e Luan, vieram até a casa do Marcos para pensarmos juntos em uma forma de me fazer conseguir voltar pra casa.

Alguns minutos depois, pude ver Omar, Dora e Luísa passarem pela porta, o que me fez suspirar pesadamente. 

— O que vocês estão fazendo aqui?

— Eu convidei a Dora. – Luan respondeu.

— E eu os convidei. – Dora acrescentou, com um pequeno sorriso.

— A gente pode conversar? – perguntou Omar, olhando diretamente para mim. Antes que eu pudesse concordar, todos deixaram o cômodo para que pudéssemos ficar a sós.

— Agora você se importa comigo? – perguntei em um tom provocativo. 

— Não seja idiota, cara, eu te liguei e você não atendeu, tentei falar com você na festa e você me ignorou. 

— Você traiu minha confiança, Omar! Contou pra Luísa sobre a Morgana, algo que nunca contei pra ninguém. – falei, com os braços cruzados e um tom de voz áspero. — Você é e sempre foi o único amigo que mais confiei pra contar sobre absolutamente tudo, e você me traiu!

— Sim, eu entendo, mas a Luísa também é minha amiga e eu discordei abertamente de sua ideia idiota quando você me contou. Minha intenção quando falei sobre você e a Morgana era que ela tivesse uma ideia de seu ponto de vista!

— Ah, obrigado! – falei de forma irônica. — Você não consegue me entender. 

— Está sendo um imbecil comigo. Você está certo em ficar puto por eu ter contado algo importante, mas isso não justifica o jeito que você está me tratando. 

— Ok, ok, Omar, chega. – fechei meus olhos e respirei fundo, tentando me manter calmo. — Cansei disso. Não importa quem está errado ou certo, você é o meu melhor amigo e eu não quero perder isso. – falei seriamente, tentando parecer o menos sentimental possível. 

— Oh, então tá. Desculpa. – ele respondeu com um pequeno sorriso. 

— Me desculpa também. – respondi, ao caminhar até ele para lhe dar um rápido abraço. — Beleza, agora vamos voltar pra ver os outros. 

— Tenho uma ideia. – ele disse com uma risada. — Que tal a gente voltar tretando pra eles pensarem que não somos mais amigos?

— Que coisa mais besta. – respondi rindo. — Já é. – falei, e então caminhamos para a sala nos xingando e fingindo estar lutando, enquanto nossos amigos preocupados levantaram pra tentar nos separar. 

— É brincadeira, seus otários. – Omar disse, fazendo alguns rirem e outros rolarem os olhos por tamanha bobagem.

— Já que está tudo bem, poderíamos sair juntos. – Dora sugeriu.

Um Típico Romance ModernoOnde histórias criam vida. Descubra agora