⚠️ Atenção! Alguns diálogos desse capítulo podem ser muito fortes para algumas pessoas, então se de alguma forma vc se sente impactado em leituras, e se minha escrita realmente te provoca sentimentos através das palavras, só leia se vc estiver bem!⚠️
Pansy Parkinson.
– O quão irresponsável você consegue ser?- Foi a primeira coisa que Harry Potter disse para Hermione em meses. Ela o encarou visivelmente ofendida e irritada.
– Perdão?- Rebateu, sua voz carregava um deboche agressivo.Ela parecia não aceitar o fato de Harry estar lhe dando um tipo de sermão.– Belíssima noite para você também, Senhor Potter. A que devo a Honra? – Desafiou, fazendo Harry respirar fundo. Encarei o Weasley de canto de olho, que parecia estar presenciando um assassinato
– Não é hora para isso, Hermione.- Sussurrei para ela, na tentativa de acalmar os ânimos. Hermione estava errada, e ela sabia disso, porém sua postura era petulante, ela desafiava Harry.
Senti uma mão buscas a minha discretamente por debaixo da coberta do Hospital. Ela estava preocupada comigo, provavelmente acreditando que havia me prejudicado. Até que ponto Harry havia escutado? Eu não sei, mas sei bem que Hermione sentia medo por mim, medo do que ela pensava que causaria. Mas eu não ligava para isso agora, não nesse momento.
– O que em nome das pantufas de Merlin você tinha na cabeça quando resolveu mexer com artefatos Egípcios?!- Ele questionou, furioso. Me virei para Hermione e ela o encarava com tédio. – Você era mais inteligente do que isso, Hermione Granger.- Desdenhou.
– Que direito você tem de me cobrar algo? O ministério não proíbe o porte de besouros egípcios, pelo que eu saiba.- Deu de ombros. Claramente ela estava desafiando o Potter.
– Eu te cobro porque te quero viva, sua imbecil!- Ele rebateu, alterando a voz.
– Quer mesmo? A quatro meses você vem me ignorando profundamente, o único que era próximo de mim que nem ao menos tentou me entender é você.- Respondeu magoada.
–Você foi embora!- Ele repetiu a acusação de meses atrás. – Você me abandonou, me deixou para trás sem nem pestanejar.
– E que diferença isso faz, Harry. Nós dois sabemos que você sempre quis estar mais perto do Rony!- Ela começou a gritar. – Não importa o quanto eu cuidasse de você, o quanto eu me preocupasse. Você acha que eu queria ser daquele jeito? Me preocupar o tempo todo em desvendar o que havia por trás, pensar o tempo todo em como te proteger, mesmo que você fosse burro o suficiente para não ligar. Eu não te culpo, mas você acha que eu queria, que eu queria ser a amiga chata?- O bombardeou de perguntas. Ela suspirou. – Você sempre foi meu amigo, e eu te amava tanto que a ideia de te perder doía. Doía para caralho.- Confessou.
– Eu nunca te pedi para cuidar de mim.- Ele rebateu, eu começava a sentir uma ponta de irá pelo Potter. – Você fazia isso porque me subestimava, me achava fraco. Eu nunca te pedi aquilo.- Disse novamente. – Mas eu queria você ao meu lado quando tudo acabou. Eu queria minha melhor amiga ali, minha irmã, e você não ligou para isso.
– Se isso ainda te machuca tanto, vá embora.- Ela disse para minha surpresa. Sua voz era seca, não possuía um pingo de emoção. – Finja que eu nunca voltei, será mais prático para você.- Completou.
Encarei o Potter. Os olhos estavam marejados, sentia uma dor e uma magoa profunda. Ele não havia respondido, mas Hermione não parecia realmente ter se importado com isso, nem o encarava mais. Harry pareceu sair do que seria uma paralisia momentânea, dando de costas.
– E tudo piora.- Rony sussurrou. Olhei para Hermione, ela pressionava os lábios segurando o choro, se contendo apenas para si. A quanto tempo eu não via Hermione conter suas emoções?
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She
RandomAinda balançando no ritmo da música, pensei ter captado um rosto quase esquecido. Umas cinco ou quatro cabeças a frente, cabelos incrivelmente mais curtos, sorrisos perigosamente instigante e olhos perfeitamente travessos. Hermione Granger.