Vagarosamente, aproximei-me da entrada do hotel, onde, em conjunto com o amadorense, me encontrava alojada para a estadia de três dias em que permaneceria em solo francês, adentrando no espaço no mesmo ritmo lento e calmo, e, logo a seguir, não perdi tempo e dirigi-me para as escadarias, desta vez, para prosseguir com a reflexão necessária acerca dos momentos passados e seguintes. Considerada uma jovem mulher – em, claro, crescimento -, sempre, com planos para tudo o que concretizava, pela segunda vez em vinte e três anos de vida, não possuía qualquer plano acerca do que se seguiria. Incapaz de criar um diálogo entre a mulher que entrara em contacto comigo via correio, optei por trocar mensagens simples e curtas com ela, ditando a hora do dia seguinte a localização do encontro. De frente para a porta do quarto pertencente ao jogador, colidi com o meu punho na madeira da mesma e aguardei que fosse aberta por si. Sem demoras, a porta abriu-se e revelou a expressão preocupante do moreno por quem o meu coração batia num ritmo veloz.
- Foda-se, 'Nora. – Rapidamente, o meu corpo viu-se envolvido pelos seus fortes braços. Sem quebrar o abraço que nos unia, Rúben recuou os passos suficientes para me encaminhar para o interior do espaço e, ainda, encerrar a porta. – Não voltes a desaparecer assim!
Sem nada dizer, choquei o meu azul-esverdeado com o seu castanho e, sem qualquer hesitação, tomei os seus lábios num apaixonante beijo que, rapidamente, tomou proporções, onde a intensidade e veemência influenciavam os nossos movimentos. Apenas quando ambos manifestamos a necessidade de consumir oxigénio, o beijo foi quebrado e os nossos lábios afastados, contudo não fomos capazes de cortar o contacto físico que, ainda, nos unia pelo medo que sentíamos em nos perder mutuamente.
- Perdoa-me, Rúben. – Contra os seus lábios, exprimi o meu pedido de perdão relativo ao meu comportamento imperdoável que se tinha vindo a verificar desde o momento em que recebera a carta até ao momento em que a discussão levou o melhor de mim, mostrando, igualmente, o meu pior lado e, ainda, pela preocupação que levei o moreno sentir devido ao meu desaparecimento por horas, sem nenhuma justificação. – És o melhor que me aconteceu nos últimos anos, sem dúvida alguma. Pelo receio em te perder e pela minha falta de habilidade no que toca a relacionamentos, tornei-me em algo que, genuinamente, não sou, acabando por te magoar, quando era a última coisa que desejava. – Logo, as suas bonitas feições se iluminaram com o surgimento do seu amplo sorriso face às minhas palavras, das quais ele possuía toda a certeza da sinceridade explícita nelas.
De imediato, os nossos lábios tornaram-se a entrelaçar-se num igual beijo apaixonante e veemente. Os seus dedos entrelaçaram-se nos meus fios de cabelo, atraindo-me e desfazendo a distância necessária existente entre nós, enquanto os meus dedos buscaram a bainha da camisola trajada por si para, por fim, expulsá-la do seu corpo. A imensa diferença de alturas entre nós obrigou-me a, quando os nossos lábios se apartaram, empregar pressão na ponta dos dedos dos meus pés para voltar a colidir os meus lábios com os dele em mais um beijo passional que o coagiu a recuar uns passos até à berma da cama e, devido à força que eu empregava com as minhas mãos nos seus ombros, a sentar-se sobre a mesma ao mesmo tempo que as minhas pernas envolviam a sua cintura, sem nunca quebrar o beijo, onde as nossas línguas já dançavam entusiasmadamente.
- Não queres esperar pelo momento certo? – Mal os nossos lábios se voltaram a afastar, Rúben interrogou, francamente hesitante quanto ao rumo que o momento estava a levar, e face à sua hesitação tomei os seus lábios, mais uma vez.
- Não achas que este é o momento certo? – Contra os seus lábios, questionei, mordendo, levemente, o seu lábio inferior.
- Foda-se, miúda. – Grunhiu.
Primeiramente, os seus lábios tocaram nos meus, levemente, voltando a separem-se dos meus, o seu deslumbrante castanho fitou o meu azul-esverdeado, procurando por alguma reação da minha parte que lhe conferisse certeza do momento que se seguia, e, logo que no meu olhar encontrou essa certeza, tomou, violentamente, a minha boca, atraindo o meu corpo para próximo de si. Conduziu os seus dedos ao botão das minhas calças com o intuito de expulsar a peça de roupa, seguida da minha camisola, tal como fiz com as suas calças, logo a seguir. A pele do meu pescoço desde o meu maxilar foi marcada pelos seus lábios que distribuíram atrevidos e húmidos beijos pela linha, cujos propiciaram-me um misto de emoções que não estava, definitivamente, habituada ou preparada para sentir. Os nossos corpos suados e colados dançavam uma dança perfeita. Era como se encaixássemos um no outro perfeitamente. Soubera desde o primeiro momento em que dei o primeiro passo a fim de chocar os meus lábios nos seus naquele que seria o nosso primeiro beijo que Rúben tinha concretizado algo que muitos tentaram e foram incapazes: amar-me, fazer-me sentir amada e, por último, mas não menos importante, levar-me a apaixonar por si e, igualmente, amá-lo, ainda que não me encontrasse preparada para admitir.
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touch and go | ruben dias [slow updates]
Novela JuvenilConheceram-se e apaixonaram-se. Um amava, no entanto, o outro não acreditava no amor. ruben dias fanfiction 2020 -ɪᴀᴍᴍᴀʀɪ-