Capítulo quatro

904 89 22
                                    

Capítulo 4 –

Um ano depois

  Renji se arrastava pelo chão deixando um rastro de sangue por todo lugar. Quando chegou a um cômodo sem janelas o homem se encolheu próximo à parede, segurava o corte na barriga tentando impedir que o sangue saísse. Em vão.

  Nana entrou no cômodo devagar, como quem brincava de "Esconde esconde". As mãos da mulher estavam sujas de sangue, assim como a roupa. Era claro que nenhuma gota daquele sangue pertencia a ela.

   - Achei você. – Ela disse com um sorriso assustador, Fazendo Renji estremecer.

   - Desgraçada, eu a amaldiçoo. – Ele sussurrou com dificuldade, sangue saía de sua boca, o engasgando. – saberão que foi você, quando acharem meu corpo.

   - Seu bobo. – Disse se aproximando do jovem. - Nunca acharão seu corpo. – Nana se abaixou em frente ao homem ferido, que se encolheu ainda mais. – Nunca acharão nenhum vestígio de você. Você desaparecerá.

   - Não. – Ele disse com uma risada furiosa. – Danzou saberá, Ele me pediu para espioná-la. – O homem tossiu mais sangue.

  A mulher riu como se Renji tivesse dito algo extremamente engraçado. Havia um toque de triunfo nos olhos do homem. Ele achou que tinha vencido. Nana se aproximou mais ainda, com uma tranquilidade predatória. Sua boca quase tocando a dele.

   - E você achou que eu não soubesse disso? – Ela disse quase magoada por ser subestimada. – Você é um péssimo espião meu amigo, eu até achei que queria ser pego. – Ela riu. Renji a olhou apreensivo.

   - Danzou vai me vingar. Se não ele então meu irmão.

   - Vai ser difícil ele fazer isso do inferno. – Ela disse como uma criança travessa. – Queria poder dizer que seu irmão não sofreu muito, mas vamos ser sinceros. Sato era um bastardo desgraçado, é claro que ele sofreu.

Nana sorriu triunfante quando um soluço choroso saiu de Renji.

   - E quanto a Danzou. – A mulher continuou em tom calmo. – Não me importo. Logo vocês se reunirão no inferno.

   - Meu único conforto é saber que você já não é mais a queridinha dele. – Renji cuspiu sangue no rosto de Meiko, que limpou calmamente.

  Nana pegou a pequena adaga que levava presa em sua perna. Ali, abaixada em frente ao ninja ela estendeu a adaga. Renji a olhava com um misto de raiva e medo, já estava morrendo, cortá-lo agora seria um golpe de misericórdia.

   - Queria que você tivesse sido um rival a altura – A mulher suspirou triste. – Uma pena.

   - Eu a amaldiçoo, uma assassina vai ser uma assassina até morrer, nunca vai conseguir ser outra coisa. Aonde for, morte será sempre sua companheira. Em sua vida só existirá sangue e desgraça. – Ele cuspiu as palavras com ódio.

  Os olhos do homem se arregalaram quando Nana atravessou a lâmina da adaga em seu pescoço. Sangue espirrou correndo pelos dedos da mulher. Renji estremeceu diante dela. Os olhos sem vida.

  No chão daquela cabana velha, suja do sangue daquele a quem ela assassinou. Nana não conseguiu deixar de sorrir irônica. Sangue, desgraça e morte já eram suas companheiras. Eram seu passado, presente e futuro.

   - Agora a parte chata. – Disse a si mesma.

  Nana levou o polegar à boca e o mordeu até sangrar, com o dedo sangrando desenhou o selo no chão enquanto dizia as palavras necessárias. O grande corvo apareceu em meio à explosão de fumaça. A ave olhou para a mulher e em seguida para o corpo morto de Renji.

A Ninja Fantasma (Fanfic do Kakashi)Onde histórias criam vida. Descubra agora