[9] CULPA

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Roi... Alguém aí ainda?

Come tem bastante!!! Sinto falta de vocês bufando meu celular de tanto comentário hehe

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Reino de Daechwita, 259 a.C

Aquela foi a viagem mais longa que Taehyung já fizera em toda a sua vida. A cada cinco minutos, precisava parar Tatá para limpar as lágrimas que rolavam teimosas por seu rosto ou para recompor sua respiração descompassada.

Por todo o caminho, Taehyung pedia mentalmente para que tudo fosse mentira.

Pedia para que todos estivessem errados, para que Yoongi não fosse o que diziam ser. Pedia para que, na verdade, Yoongi não o tivesse guardado nenhum segredo tão importante.

Sua cabeça trabalhava incansavelmente, a cada milésimo de segundo, e o Kim nunca se sentira tão sufocado. Precisava de ar, mas não conseguia respirar direito. Sentia que morreria torturado pela própria agonia, e a sensação era horrível.

Ao avistar o vale, já em Incheon, Taehyung sorriu em meio às lágrimas. Cada vez mais próximo do local, o Kim conseguia ver a cabana que Hoseok construiu, mas a falta de alguns elementos do cenário lhe fizeram quebrar por dentro em vários pedacinhos.

Não havia mais fogueira. Restava apenas as cinzas, que pela cor, já eram velhas demais. Não haviam cavalos amarrados à árvore, não havia nada dentro da cabana que estava trancada.

Não havia Jung Hoseok. E não havia Min Yoongi.

Em frente ao que um dia foi a fogueira onde Min Yoongi sentava afrente todas as noites para aquecer-se do frio noturno, Kim Taehyung caiu de joelhos, chorando mais do que todas as vezes em seus dezoito anos.

Suas mãos trêmulas agarraram a grama gelada, arrancando-a com os dedos esguios. Seu corpo tremulava a cada espasmo causado por fungados e soluços.

Naquele momento, Taehyung se sentia vazio. Traído. Enganado. Sozinho.

Fugira de Daechwita com a ligeira esperança de tudo ser apenas um equívoco, contrariou a ordem de seu pai para tentar consertar sua confiança no Min. E tudo isso para que ela fosse brutalmente arrancada de si e quebrada em vários pedacinhos.

Ele mentiu para mim. Ele me enganou. Ele disse que não havia segredos... ele disse...

Seu corpo momentaneamente frágil caiu no chão sem forças alguma. De repente, Taehyung não conseguia ouvir nada. Não conseguia sentir nada além de dor.

E mais uma vez naquele dia, a mente de Taehyung apagou, e tudo o que havia era escuridão.

Taehyung desmaiara novamente.

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Ele o quê?! —Jongdae bradou furioso ao receber a notícia de que Taehyung saíra da cidade, mesmo com sua ordem para que ele não o fizesse.

— Ele saiu de Daechwita, senhor. Foi em direção ao lago de Incheon, como todas as outras vezes. —o informante contou.

Jongdae esmurrou a mesa de centro, quebrando-a ao meio e derrubando tudo o que havia em cima. As veias de sua testa saltavam de seu rosto trêmulo pela raiva de ser contrariado e desobedecido.

— Há quanto tempo ele saiu? —Jongdae questionou furioso.

— Há algumas horas. Ele saiu um pouco depois do pôr do sol, e não voltou até agora. —o informante respondeu.

— Ele ainda não voltou?! São mais de meia-noite! Onde aquele irresponsável está à uma hora dessas?!

O informante se manteve em silêncio, sem uma resposta para tudo o que lhe foi questionado.

DAECHWITA | TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora