11- A arte é um erro

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NOTA 1: Esse capítulo pode conter gatilho ao decorrer dele, caso a leitura te faça mal, evite-a.

NOTA 2: O capítulo é narrado pela Mellorine, então ele está beeem diferente do usual. Como sabem, Luckin não xinga e não usa palavras de baixo calão, já a succubus é o que mais usa. Espero que não se assustem com o linguajar e que desfrutem!

Como sempre, se puder, ajude essa louca aqui dando um voto, comentário ou indicando pra alguém!

Boa leitura ❤️

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POV Mellorine

Não consigo acreditar que, de todas as pessoas, ele é o primo do Luck... logo ele. Os olhos castanhos escuros do Damon pareciam estar muito mais surpreso do que os meus.

Respirei fundo, cruzei os braços e intercalei o meu peso para a outra perna quando percebi que os olhos dele pararam de transmitir aquela surpresa pra agora estarem percorrendo por todo meu corpo de cima à baixo meticulosamente, olhando quase que por dentro do meu pijama rendado, me deixando enjoada e com a sobrancelha tensionada de uma forma que só eu sei significar o quão puta e incomodada estou ficando.

Os olhos dele subiram encontrando novamente meus, então dessa vez o encarei sem disfarçar a repulsa no olhar enquanto apertava as mãos nos meus próprios braços. Depois de perceber o meu olhar denso, ele quebrou o contato visual desviando as orbes para o lado.

Olhei para o homem de cabelo cacheado ao meu lado e vi os olhos verdes dele se desviaram para mim e para o primo por diversas vezes, fazendo aquela expressão que Luck sempre faz quando está pensando mil coisas ao mesmo tempo.

– Vocês... se conhecem? – a voz dele estava hesitante.

Quando vi Damon sorrir de canto, apertei a mandíbula rangendo os dentes em raiva.

Esse puto tá todo convencido... Pensei e depois respirei fundo para enfim responder.

– Não, não nos conhecemos. – sorri quando vi os olhos escuros e extremamente convencidos dele se arregalarem e a ponta das sobrancelhas subirem, ficando perplexo.

– É... – Damon encarou o chão piscando várias vezes, parecia até que eu tinha ferido o ego dele ao dizer aquilo. Coitadinho.  – Não a conheço.

– Então você é o primo dele? – disse e depois envolvi o braço de Luck com meu corpo e sorri quando percebi que Damon ficou mais surpreso ainda com o meu ato. – Prazer, eu sou a namorada dele! – estendi uma mão para que ele apertasse e quase gargalhei com o quão arregalados seus olhos estavam.

Onde foi parar toda aquela sua pose de fodão, querido?

Me deliciei mais um pouco da imagem dele engolindo à seco antes de apertar minha mão como um garoto obediente que entendeu (espero eu) que não tenho intenção alguma de reviver o que já aconteceu entre nós dois.

Na real eu nem gostava de você, amado. Na época só estava ovulando mesmo. Pensei quando apertamos as mãos em um cumprimento rápido.

– Vocês estão namorando há quanto tempo? – Luck não parecia que ia responder a pergunta do primo, estava ocupado demais olhando para o nada. Suspirei e afastei meu corpo do braço tenso dele e envolvi aquela mão quente dele na minha.

– Acho que... não sei, já faz um mês, amor? – as sobrancelhas de Damon tomaram o impacto quando eu disse aquela frase e eu ri internamente.

– É, acho que já faz um mês sim... amor. – não consegui segurar a risada quando Luck disse ''amor''. Parecia que iria soltar a minha mão a qualquer momento pra esconder o rosto de tanta vergonha.

Doce Sorte [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora