Capítulo 6

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Por isso eu não o congelei quando ele beijou minha mão, por isso eu não o congelei no baile! Ele me abraça.

–Nossa isso é demais!

Ninguém nunca me abraçou antes.

–Pense rápido! –Ele diz e lança uma bola de neve na minha direção.

–Ah! –coloco as mãos na frente do rosto criando uma parede de gelo. –Não vale!

Faço uma bola de neve. O procuro para acerta-lo.Onde ele esta?

–Jack? –Subo as escadas. Ele deve ter se escondido... –Olá?

–Procurando por mim?

Viro-me, mas não o enxergo. Olho para os lados, nada.

–Aqui atrás! –Diz uma voz atrás e mim e eu me viro.

Jack esta de cabeça pra baixo.O que?! Ele voa também?! Acho que minha mente vai pifar. Jogo minha bola de neve na cara dele.

–Ai! –Ele cai rindo no chão. –Isso é golpe baixo. – Ofereço minha mão para ajuda-lo a levantar e ele a aceita.Faz tempo que não toco em alguém sem luvas...
–Elsaaa... –Diz a voz que menos quero ouvir agora.

Arregalo os olhos.Não.Será que eu nunca vou poder ter um momento de alegria?!

–Elsa o que foi?

Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.

Elsa... Elsa...

–Você ouviu isso?!

Pego a mão dele e corro para outra sala.

–Ele me achou Jack. Ele me achou... –Digo tremendo.

–Quem? A... Coisa?

No chão, o gelo começa a rachar.

–Elsa, calma. Esta tudo bem...
–Vejo que trouxe companhia querida...

–Não! Vá embora! –Grito para o nada.

–O que? –Jack diz confuso.

–Nada!

Então eu vejo a sombra, se arrastando como um verme pelos cantos da sala, sempre por perto, sempre rondando. A Sombra aumenta e fica duas vezes o nosso tamanho.

–Elsa, você deveria ter me dito que a sombra era o Breu!

O que?!

–O que?

–Breu! O Bicho Papão.

Jack Frost? Parece que nos encontramos de novo...

Eles já se conheciam?

–O que?! Mas ele não existe!

Existe sim querida, você esta olhando para ele.

–Acho que minha cabeça vai explodir. –Digo.

–Breu, o que você quer? O que quer com a Elsa?
–Nada que seja da sua conta Jack Frost. –Ele diz, mas Jack não ouviu.

Jack fica irritado e joga uma rajada de cacos de gelo em direção da Coisa. Congelando-a e ela se desfaz como se fosse um castelo de cartas que você assopra e desmorona. Acho que meu coração foi para a garganta. Engulo em seco.

–Você... O matou? –Diga que sim! Diga que sim!

–Não, só o atrasei.

Droga.Sento no chão e abraço as pernas. Só o atrasei. Só o atrasei. Só o atrasei. Só o atrasei. Só o atrasei. Fica ecoando na minha mente.

–Elsa... –Jack se aproxima de mim e se abaixa, na minha frente. –Você esta bem? –Ele passa a mão no meu rosto... Passa a mão no meu rosto... Ninguém nunca acariciou o meu rosto. Ninguém. Nunca.

Seguro sua mão contra minha bochecha. Ele é quase quente, quase posso sentir o calor de sua mão, ela é morna. Bom...

–Jack? –Levanto os olhos.

–Sim - Ele diz sereno.

–Fico feliz que esteja aqui. –Sorrio. –Obrigada.

Ele da um sorriso pequeno.

–Mas, estou curiosa... Como conhecia a Sombra?

–Quer dizer o Breu? Tive de lutar contra ele muitos anos atrás... Eu venci, e ele prometeu vingança... Acho que ele esta se vingando de mim machucando você.

Não sei o que pensar sobre isso.Isso foi uma indireta? O que foi isso?

–Elsa... Bem, obrigada por confiar em mim e me contar tudo isso.

–Obrigada por me contar sobre você também. –Sorrio.

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