CAPÍTULO 3
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RICHIENÓS JÁ ESTÁVAMOS EM 2011, dessa vez não fomos no natal. Teve um imprevisto com um tio, e acharam melhor adiar. Para o ano novo, então, eu encontrei Jack dia trinta de dezembro.
Ele não havia mudado quase nada, nem eu, só tinha uma janelinha a menos, porque o dente que não estava lá em 2010, foi substituído por um permanente.— S/n! — Ele gritou correndo na minha direção, assim que sai do carro. Retribui o abraço, mesmo morta de sono. — Nos encontramos novamente.
— Senti saudades. — Falei abrindo os olhos, ainda no abraço, vi aquele garoto acenando para mim. — Richie?
— É, esqueceu que ele mora aqui do lado? Não é demais? — Jack disse se soltando, com um sorriso animado no rosto. Soltei uma risada fraca e irônica, com vontade de chorar. Meu ciúmes naquele dia atravessou todos os limites, na minha cabeça, os divertidamentes eram liderados pela raiva.
Todos dormiram no mesmo quarto que estavam no ano passado. Havíamos chegado às sete da manhã, e eu sinceramente não sabia o que Tozier tinha na cabeça para acordar cedo.
Passei metade daqueles dias, dormindo. O que dava passagem para os dois ficarem juntos a tarde inteira, achava que Richie não tinha família. Era praticamente da nossa.
Como os pais deixam em sã consciência, o filho ficar o dia inteiro, almoçando e jantando, na casa de pessoas que nem da família são?Em um dia, que não me lembro muito bem, sentamos no piso do quintal. Que antes era grama. Eu usava uma blusa de desenho, e shorts jeans colorido.
— Acabei de comprar, se acabar ainda hoje essa merda, eu faço vocês cuspirem do cu. — Disse Richie, colocando um pacote de lápis de cor. Devia ter umas trinta e seis, eram lindos.
Haviam me convencido de fazer aviãozinhos. Cada um com sua folha, fizemos os formatos. E decoramos com o lápis de Richie.
Saímos na rua de noite, enquanto os adultos escutavam música na churrasqueira. Jogamos os aviãozinhos longe, com metas de vida escritas de caneta. Não iríamos atrás, deixamos a vida levar, e nos recompensar com as metas durante nossos ciclos de vida.
Demos risadas, girei sobre os tornozelos. Olhando para o céu estrelado, os fogos iluminavam ele. Refletiam várias cores diferentes em meus olhos, senti um braço rodear meu ombros e puxar para perto. Era Richie, que fez o mesmo do outro lado, com Jack.
Olhei para Tozier com um sorriso pequeno, me arrependendo de ter evitado ele todo esse tempo.
Eu mal sabia, que estavam sob olhares enciumados. De um certo garoto, que antes tinha janelinhas na boca. E que, com o tempo. Isso iria aumentar. Mas era muitos jovens para perceber isso, e levar na maldade. Era ciúmes de criança, que durou por muito, muito tempo.
— Feliz ano novo, meus amigos! — Falou Richie engrossando a voz, fingindo ser um pirata. Ele pulou para frente, ficando de frente para nós. Curvou um dedo fingindo ser o gancho, dei risada ainda assustada. Percebi que Grazer sorriu após ouvi-la. — Venham comigo marujos!
Eu e Jack nos olhamos, dando um sorriso animado. Corremos atrás de Richie pela rua, enquanto nossos país saíam da chácara para tirar foto e ver os fogos.
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𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡 | 𝗝𝗔𝗖𝗞 𝗚𝗥𝗔𝗭𝗘𝗥.
Fanfictiononde você encontra o oceano, nos olhos do seu velho amigo. ou onde Jack e você crescem juntos, graças aos seus pais serem amigos. E por destino, unidos por uma chácara de feriados. capa por: @angefly