four, second season

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CAPITULO 4, SEASON 2;
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NOSSO SEGUNDO BEIJO

No dia seguinte, acordei com as notificações de Jaeden. Falando que estava tudo acabado, que eu era uma piranha. Apenas silenciei e voltei a dormir.

Minutos depois, tomei coragem para levantar. Tomei um banho, já que fazia trinta graus. Coloquei meu biquíni preto, bem básico porque nunca ia na piscina ou praia. Comprei aquele só para a viagem.

Sai de casa com um coque, mordendo a unha de gel que estava quase saindo. Abracei meus braços, me aproximando da mesa de café.

— Dorme igual pedra. — Disse Richie, tomando um gole de seu leite. Eu me assustei, até na hora do café esse menino estava ali.

— Devo agradecer você, por terminar meu namoro por mim mesma. — Falei mordendo um pedaço de bolo.

— Ah, mas não fui eu não, foi o tapado do Ja...

— COME ESSE PÃO. — Grazer enfiou a metade do pão, na boca do garoto. Sorrindo em seguida e voltando a atenção para o seu copo.

Dei um leve riso, pegando um pouco de suco. Aqueles dois eram impossíveis, pareciam duas crianças.

Um tempo depois, entrei na piscina. Mesmo estando calor, a água era pulo gelo. Demorou para me acostumar, mas por fim consegui.
Richie passou na sua casa para almoçar, pelo menos isso. Já estava achando que ele ia fazer a refeição do dia na chácara. Sem contar que com ele, ia mais dois pratos de comida. Comia igual um bicho. Isso me fez rir um pouco.

Às vezes me achava estranha por dar risada sozinha, mas era porque lembrava de coisas engraçadas. Eu juro.

— O PAI CHEGOU! — Gritou Tozier, quando fui ver ele já havia caído ao meu lado. Por pouco quase fez igual Jack, naquele dia que caiu bem na minha cabeça. Acho que peguei um pouco de trauma.

— Vixi, um pai magrelo desses que não mata nem mosquito. Estamos ferrados. — Falou Jack, entrando na piscina. Dei risada, me afundando mais.

— Mama aqui Grazer, não foi isso que a sua mãe me disse ontem. Aquela gostosa. — Richie chacoalhou os cabelos molhados, colocando o óculos na borda.

— O que você disse? — Jack sorriu fraco, cruzando os braços.

— Que a sua mãe chamou meu no... — Antes de terminar, o menor pulou nele afundando Richie na água. E assim começou uma longa briga.

E eu? Eu apenas sentei na escada e fiquei brincando com a água.

Mas me arrependi depois do banho, vendo as marcas vermelhas na pele. Terrivelmente doloridas. Sai da casa com uma blusa preta, calça jeans e um gloss nos lábios. E novamente estavam fazendo churrasco, queria saber de onde todo esse dinheiro.

— Coloquei no status, fingindo que era cerveja. — Ouvi a voz do Richie, vendo ele com uma garrafa de chá de maçã. Sorri com aquilo e me aproximei deles. — Caralho S/n, achei que era um camarão vindo na minha direção.

— Não zoa, adolescente emocionado que fingi beber cerveja. — Ri irônica.

— Tá mais vermelha que a minha cabeça, só não falei qual. — Tozier virou um pouco do chá na boca, fazendo um vídeo com a piscina atrás.

—  Posso deixar sua cara vermelha, quer? — Levantei a mão, rindo do que acabei de falar. Às vezes tinha medo de ficar igual Richie.

— Ele não ligou mais?— Jack perguntou, quando sentou do meu lado.

— Não, bloqueei. Nunca gostei dele de verdade, foi bom esse término. Eu sempre gostei de outra pessoa. — Falei percebendo a burrada que cometi, apenas disfarcei passando a mão no celular. Enquanto Tozier se gravava bebendo chá de maçã, sorrindo igual idiota. Agora entendi porque ele não pegava ninguém.

— Ah... Quem? — Sua voz me fez sair do transe.

— Um garoto aí, desde que ele quase me enterrou viva... Nunca saiu da minha cabeça, só era muito nova para saber o motivo. Quando nós crescemos, sabemos diferenciar os sentimentos. — Falei séria, mas rindo ao ver Richie sensualizando para o celular. Eu ia adorar ver aqueles vídeos depois.

— Eu me apaixonei sem mesmo beijar, e quando aconteceu... Só tive mais certeza. — Jack sussurrou, como se tivesse pensado alto.

Olhei para ele de canto, sorrindo fraco. Porém desfiz, não podia estar sorrindo com isso. Nem sabia se era eu.

— E quando ela xingou minha mãe, foi encantador. — Ele gargalhou, me fazendo afundar o rosto nas mãos e rir. — Eu sempre quis protegê-la, mas aí pulei na cabeça dela.

— Ela ficou traumatizada, pode acreditar. — Falei sorridente, olhando para frente. Não tinha coragem de manter contato visual com Grazer.

— Ele sempre quis estar por perto... — O garoto sussurrou novamente, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Me virei para ele, desfazendo o sorriso aos poucos. Coloquei minha mão em seu rosto e puxei para perto, juntando nossos lábios. No mesmo instante, os fogos iluminaram o céu escuro e estrelado.

— Porra. — Ouvimos a voz de Richie.

𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡 | 𝗝𝗔𝗖𝗞 𝗚𝗥𝗔𝗭𝗘𝗥.Onde histórias criam vida. Descubra agora