III. HALLOWEEN

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Já em meu carro, vou diretamente para casa. Depois que a casa de papai foi grampeada pelos idiotas do governo, ele deixou tudo de pernas para o ar. Quando conseguiu minha guarda e quando começamos com o plano de adotar Eleven, ele resolveu comprar uma casa melhor, dizia que gostaria de dar tudo de melhor para as filhinhas dele. Meu coração se aperta com a lembrança. Começo a me lembrar das duras palavras e das coisas ruins que Tommy falou sobre minha irmã. Minhas lágrimas começam a cair, segurei por tempo demais.

Vejo o carro de Hopper estacionado em frente à casa, seco o meu rosto e tento me deixar um pouco apresentável. Não quero ter que explicar o porque das lágrimas, pois não quero deixa-lo magoado também, porém, sem muito sucesso. Estou com o nariz e olhos vermelhos.

- Perfeito. – Sussurro pra mim mesma enquanto reviro os olhos e saio do carro. Ao abrir a porta, o vejo sentado em uma poltrona, assistindo televisão. Antes mesmo que pudesse dizer oi, ouço sua voz.

- Quer me dizer porque raios você se envolveu em uma briga? – ele me encara.

- Ual, as notícias correm rápido. – respondo ironicamente.

- Vamos Mia! Por que você se envolveu em uma briga? – o tom de voz é firme.

- Tive os meus motivos. Não me venha com sermões.

- Mia! – ele grita e eu o encaro. Preciso sair daqui o mais rápido possível, sinto que minhas lágrimas querem aparecer novamente. – Mia! – ele grita novamente. – Você vai me falar, ou ficará de castigo.

- Certo. Ficarei de castigo. – respondi e rapidamente tentei passar por ele e subir as escadas, mas ele me puxou, delicadamente pelo braço e me encarou. Elas estão vindo. As lágrimas estão vindo...

- Mas o que? – ele me olha com uma expressão preocupada. – Mia, por favor. Fale comigo. O que aconteceu? – As lágrimas começam a sair...

- Eles... – eu o olho – aquele idiota do Tommy H... ele... ele tirou sarro da Eleven. Eu... eu não consegui... eu tentei, mas eu não consegui me segurar. – Começo a chorar e sinto ele me envolver em seu gentil abraço.

- Eu vou matar aquele desgraçado

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- Eu vou matar aquele desgraçado. – eu o sinto me puxar e me aconchegar mais.

- Me desculpe. Eu não queria que nada disso tivesse acontecido, eu não queria causar problemas, mas... mas... – ele me afasta e me olha gentilmente.

- Não precisa pedir desculpas, filha. Está tudo bem. – ele pega minhas mãos e antes que pudesse falar qualquer coisa, seu olhar é direcionado à minha mão machucada, ele arqueia a sobrancelha e me encara – pelo que vejo você realmente deu uma boa lição nele, hein?

- Um belo soco, eu garanto. – sorrio em meio as lágrimas.

- Essa é minha garota! – Jim sorri e me abraça novamente, me beijando na testa. – Eu te amo Mia. Você não está sozinha!

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