Capítulo 7, O espelho de Ojesed (desejo de trás para frente).

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O Natal se aproximava. Certa manhã em meados de dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley e Klatter receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguirem Quirrel aonde ele ia e quicarem na parte de trás de seu turbante. As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.

Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal. E embora a sala comunal da Corvinal e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas. As piores eram as do Professor Snape nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava uma névoa e eles procuravam ficar o mais perto possível de seus caldeirões.

— Tenho tanta pena -- disse Draco Malfoy, na aula de Poções. — dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as querem em casa.

Olhou para Harry ao dizer isso. Crabbe e Goyle miraram Harry, que estava medindo pó de espinha de peixe-leão, e não lhes deu atenção. Malfoy andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdera, tentava fazer as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry no próximo jogo e que até Neville era melhor que Hermione. Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira que se seguraram nas vassouras corcoveante e com as anti-azarações deles. Por isso Draco, invejoso e zangado, voltara a aperrear Harry dizendo que não tinha família como os outros...

Era verdade que Harry não iria voltar à Rua dos Alfeneiros para o Natal. A Professora McGonagall passara a semana anterior fazendo uma lista dos alunos que iam ficar em Hogwarts no Natal e Harry e Hermione assinaram seus nomes na mesma hora. Harry porque odiava a sua 'casa' no mundo dos Trouxas e Hermione porque não queria que Harry ficasse sozinho. Não sentiam nenhuma pena de si mesmos, provavelmente aquele seria o melhor Natal que já tiveram. Rony e os irmãos também iam ficar, porque o sr. e a sra. Weasley iam à Romênia visitar Carlinhos.

Quando deixaram as masmorras ao final da aula de Poções, encontraram um grande tronco de pinheiro bloqueando o corredor à frente. Dois pés enormes que apareciam por baixo do tronco e alguém bufando alto denunciou a todos que Hagrid estava por trás dele.

— Oi Hagrid, quer ajuda? — perguntou Rony, que pela primeira vez em meses estava andando junto com Harry e Hermione, pois Harry finalmente o perdoara pelo que disse a Hermione.

— Não, estou bem, obrigado, Rony.

— Você se importaria de sair do caminho? — ouviu-se a voz arrastada e seca de Draco atrás deles. — Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Hagrid deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada...

Rony pareceu que ia atacar Draco, mas pensou melhor quando viu Snape aparecer ali.

— Terei que tirar 5 pontos de Sonserina por sua ofensa, Draco — Draco abriu a boca para argumentar mas Snape disse: — E dê graças a Deus que não é mais. Agora, todos vocês, andando.

Draco, Crabbe e Goyle passaram pela árvore com brutalidade, espalhando folhas para todo lado com carranca visível no rosto.

— Odeio ele — disse Rony.

—  Vamos, ânimo, o Natal está aí — disse Hagrid. — Vou lhes dizer o que fazer, venham comigo ver o Salão Principal, está lindo.

Então os três acompanharam Hagrid e sua árvore até o Salão Principal, onde a Professora McGonagall e o Professor Flitwick estavam trabalhando na decoração para o Natal.

Harry e Hermione | Fanfiction (HPPF)Onde histórias criam vida. Descubra agora