Capítulo 18-Revelações

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Eu ali naquele momento com John chorando em meu peito, escutando meu coração bater, abraçando ele ,quase que desabei também, entendia o que ele queria que eu não fizesse, ele tinha lembrado de alguma coisa, então precisamos conversar sobre, ainda bem que tirei fotos das páginas além das que eu li, para não precisar ir de novo naquela capela empoeirada que quase denunciei minha presença com um espiro, mas tive que prender ele. Para quebrar esse clima, logo ele levanta e eu também, fico sentada perto do meu travesseiro ele na minha frente, limpando as lágrimas. Pergunto o porquê se emocionou.

_John, nunca tinha visto você assim tão triste, no geral você não derramava tantas lágrimas assim....

_Maria, eu tenho uma lembrança que você tem que saber, uma hora ou outra teria que contar isso, há um tempo, eu gostava de uma garota chamada Jane, deveria ter uns 14 anos e ela 13, então namoramos por 1 ano e meio, era tudo muito novo para nós, nunca tínhamos tido nada além de encontros no cinema, parque, não te contei por que parecia amizade. Mas apareceu um garoto, você até chegou a conhecer, ele chamava Bruce. Ainda bem que ele não estuda conosco, ele foi preso.

_Ah sim, sei quem é, eu tinha minhas suspeitas sobre ele, pois sempre dava festas sem os pais em casa, vivia perto dos jogadores de beisebol, mexia com as garotas que davam bola para ele. Ainda bem que nunca me encheu o saco.

_Ainda bem amor, pois ele pegou justamente a Jane em uma dessas festas, ela estava um pouco alterada pela bebida e transou com ela, para completar, tirou fotos e filmou. Quando contaram para ela que ele havia saído do quarto para pegar algo, foi isso que ele disse para quem viu, pelo meu parecer, deve ter sido o Rian irmão dele.

_Nossa... digo e coloco a mão na boca. – Ainda bem que esse traste foi embora.

_Sim, esse mesmo que tentou te pegar agora na biblioteca. O irmão dele, Bruce, espalhou pela escola esse vídeo por ela não querer ele, pois gostava de mim.

_Eu fiquei tão chateado na época, achei que não iria mais se apaixonar por ninguém, terminamos, pois, ela ficou traumatizada com isso, os nossos sentimentos morreram e ela o colocou na justiça e ele está preso.

_Acho que ele vai acabar sendo expulso da nossa escola depois de hoje. Tomara que Lewis veja isso.

_Pelo visto vai, lembra para onde vai as pessoas péssimas?

_Ah sim, para aquelas escolas onde não tem quase punições. Estilo da história A cadeira de prata.

_Nessas condições.

_Depois disso tudo, ela já procurou você alguma vez? Pergunto

_Não, ficamos sem contato, soube que ela foi tratar o trauma na psicóloga que a família dele pagou além dele ser preso.

_E tinha que pagar mesmo, é um dano que leva tempo, já vi falar que mesmo depois a pessoa já não tem um coração aberto para um relacionamento. E espero que ela fique bem e consiga superar.

_Ah Maria, Deus te ouça. Pois queria ver ela feliz também. Diz ele por fim, o que não me deixa com ciúmes, seria ridículo, vejo nele mais uma virtude de um homem.

Após esse desabafo dele, levanto-me e vou até minha mala, olho se tem algo leve para vestir, uma bermuda depois dessa calça que no momento está me incomodando, acho a bermuda e coloco a que vai até o joelho (troco a blusa para uma azul escuro).

John está me olhando e fico um pouco vermelha, ele me nota e vem até mim e me abraça e retribuo acrescentando um beijo. Ficamos assim por um tempo, um 5 minutos e ele me olha dizendo:

_Precisamos nos distrair fora desse quarto depois de tudo. Concordo com a cabeça e seguimos para a parte da casa onde tem algumas coisas antigas e quando chegamos ao 3º andar, vimos onde eles entraram. E veio uma emoção e vimos todos os detalhes.

Viagem de verão 1Onde histórias criam vida. Descubra agora