Tempo

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Olhos doces de mel

Pensativos, ardem ao breve sol

Que derrete a púrpura da pele

Em meia hora, sobre a úmida pupila 

Que abre e fecha ao piscar

E olham calmas para o assoalho

As mãos pequenas digitam sobre as teclas

Algumas coisas sobre si

Aquelas velhas roupas já não mais servem 

Sobre o corpo crescido que se desfruta

Aqueles sapatos já pesam sobre os pés

E aqueles livros, alguns vão para o sebo

Olhos giram ao redor e olham para cada lado

Para as paredes de cor amarelo desbotado

E as mãos gélidas pegam 

À palma do horizonte 

O cerne do tempo que passou, tão vazio



Tudo nela brilha: A Luz dos Ressignificados Onde histórias criam vida. Descubra agora