Defeats, family fight and some flashbacks in Regent's Park

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TW/ALERTA GATILHO: Homofobia [Agressão verbal]

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Lembre-se sempre de que estou aqui e que você não está sozinhe <3



Somewhere in Westminster - London, UK

February 22nd, 1980 at 6:54 p.m.

Schnapp com as pernas esticadas sob a mesa de centro, uma xícara nas mãos

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Schnapp com as pernas esticadas sob a mesa de centro, uma xícara nas mãos. Relaxado; pensativo; provavelmente matutando o quão cansativo fora o trabalho. Era isso que Jack esperava ver quando chegasse em casa. Curiosamente, ao abrir a porta, encontrou o cômodo principal vazio.

Deveras estranho.

Ah, se ele soubesse que o namorado adentrava o prédio da polícia metropolitana de Londres...

"Tudo bem, Noah, você consegue. Apenas mais uma conversa com o seu pai que - finge que não mas - te odeia. Nada demais!"

Quando os olhos curiosos da recepcionista caíram sobre ele já era tarde demais para desistir.

Bonita. Deveria ter uns 25 anos. Desceu o olhar para o crachá em sua blusa social rosa. Zéphyrin Poirot. A nova assistente do xerife Schnapp e - muito provavelmente - sua nova acompanhante...

Ignorou-a e andou em direção às escadas.

– Ei, ei, ei. Onde pensa que vai, querido? – a voz aguda e estridente o fez dar meia volta.

– Ei, senhorita! – disse, quando percebeu que o nome era quase impronunciável – Sou filho da chefia. Noah Schnapp, ao seu dispor.

A mulher prontamente o repudiou. O julgamento vívido em seu ocular e a posição recuante: as evidências necessárias para provar que era o novo relacionamento sexual de seu pai. Ou novo chifre de sua mãe, como preferir.

– Mitchell me contou sobre você...

– Sobre mim ou sobre a minha sexualidade?

– Ah, francamente! Achaste bonito ser uma aberração? – as palavras cuspidas chegaram ao coração do homem como uma faca, porém não houve demonstrações.

Ok, isso vai mais difícil do que imaginara.

– Achaste bonito repudiar o amor? – retrucou, aparentemente inabalável. Quando que se assumira publicamente, sua vida virou o verdadeiro inferno. Os ataques verbais e até mesmo físicos, as condenações. Contudo, com certeza, o que mais doía eram estes vindo de sua família. Das pessoas que diziam o amar.

Acordava pensando em como ia sobreviver. Um olhar; uma crucificação. Cada dia era uma luta; interna e externa. Nem sempre poderia ganhar, principalmente aquelas guerras injustas, onde o opositor tem mais aliados.

Always in Abbey Road - Fillie (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora