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Não se pode esconder sentimentos
Talvez seja por isso que eu me pegue todos os dias pensando seriamente em como libertar minha mente desses pesadelos
Então me liberte,
e tire toda a verdade de mim
Para que eu possa finalmente me entregar a você.

Capítulo três, Começo de festa ...

A festa havia começado poucos minutos antes da chegada dos alunos da Grifinória ao local. O ar estava impregnado com o aroma doce da cerveja amanteigada, e adolescentes estavam espalhados por todo o ambiente. As luzes, providas por algum tipo de feitiço, conferiam uma atmosfera mais acolhedora e divertida ao lugar. Os detalhes em preto e amarelo eram inconfundíveis, e algumas partes do salão comunal ostentavam pequenos ornamentos dourados nas paredes, criando um contraste ainda mais marcante.

Era evidente que aquele momento teria um peso significativo para todos os presentes. Apesar da permissão para a realização da festa, a incerteza sobre o que poderia acontecer, ou já havia ocorrido, sempre pairava nas mentes dos professores – de alguns, ao menos.

E lá estava Harry, caminhando pelo vasto espaço preenchido, seus olhos varrendo o ambiente enquanto procurava um canto onde pudesse beber e sentar-se. Já havia perdido Ron e Hermione de vista e, mais uma vez, encontrava-se sozinho.

Harry não gostava de admitir, mas, desde o início do relacionamento de seus dois melhores amigos, o sentimento de solidão tornava-se cada vez mais intenso. Frequentemente, culpava-se por sentir-se dessa maneira e se julgava de forma tão severa que chegava a se comparar a uma bomba prestes a explodir. Uma arma capaz de causar um estrondo tão forte que poderia romper qualquer tipo de proteção. Muitas vezes, sentia-se vulnerável a ponto de acreditar que poderia ferir a si mesmo se cedesse às tolices do amor. Ele estava à beira de uma explosão.
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Harry se dirigiu a um canto menos iluminado do salão, onde esperava encontrar um pouco de paz. Pegou um copo de cerveja amanteigada e sentou-se em um banco de madeira, observando a multidão. As risadas ecoavam pelo salão, enquanto as luzes encantadas piscavam suavemente, refletindo nos ornamentos dourados nas paredes.

De repente, uma figura familiar se aproximou. Era Luna Lovegood, com seu habitual ar sonhador e um sorriso gentil.

— Olá, Harry — disse ela, sentando-se ao seu lado. — Parece um pouco perdido.

Harry forçou um sorriso. — Acho que estou, Luna. Ron e Hermione... bem, eles estão mais ocupados um com o outro ultimamente.

Luna acenou com a cabeça compreensivamente. — Entendo. Mas você sabe, às vezes, estar sozinho pode nos ajudar a entender melhor quem realmente somos.

Harry refletiu sobre isso, e a sabedoria simples de Luna o confortou um pouco. Antes que pudesse responder, um som de passos apressados chamou sua atenção. Era Cedrico que com a magia do microfone chamava todos da festa para se reunirem em um círculo.
e o clima pesou. Harry sabia que coisa boa não viria.

Cedric já chamava todos os presentes para se juntarem. Harry levantou-se e caminhou até a grande roda de alunos que havia se formado, sentando-se ao lado de Seamus Finnigan e Ginny, que estava acompanhada do casal recém-formado, Ron e Hermione.

— Atenção agora! Com a ajuda de alguns dos melhores alunos de Poções, conseguimos obter Veritaserum, a famosa poção da verdade absoluta — anunciou Cedric, recebendo olhares assustados de algumas pessoas.

Utilizar essa poção era algo inaceitável naquele ambiente escolar. Se isso chegasse aos ouvidos de algum professor, a diversão estaria acabada. A presença de bebidas alcoólicas na festa já era uma infração menor, mas a Veritaserum poderia resultar em consequências muito mais sérias.

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