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No silêncio, oculto o desejo que me arde,
Negando-me a verdade que meu coração alarde.
Te desejo com a força de um temporal,
Mas nego a mim mesmo, neste jogo desigual..


Capítulo Seis- Quadribol e Desconfianças
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No período  da manhã, a majestosa e solene sala comunal da Grifinória, as chamas da grande lareira lançavam sombras dançantes nas paredes de pedra, criando uma atmosfera ao mesmo tempo acolhedora e misteriosa. Os estandartes escarlates e dourados pendiam orgulhosamente das vigas, e os móveis de madeira escura traziam uma sensação de tradição e história.

Seamus Finnigan adentrou o recinto com uma urgência palpável, os olhos percorrendo o ambiente em busca de qualquer indício da presença de Harry Potter.

— Harry! Alguém viu o Potter? Preciso falar com ele. Harry! — exclamou, a voz ecoando pelas paredes de pedra, enquanto avançava rapidamente pela sala.

Para sua sorte, a comunal encontrava-se vazia, o que poupou o rapaz de maiores constrangimentos. No entanto, antes que pudesse prosseguir em sua busca, sentiu um tapa firme atingir sua nuca. Surpreso, Seamus se virou e deparou-se com Dean Thomas, que o olhava com uma expressão severa.

— Seamus, por que você entrou aqui gritando como um lunático? Perdeu o juízo? As pessoas estão dormindo ainda.— repreendeu Dean, enquanto se acomodava em uma das poltronas macias, seu olhar exigindo uma explicação coerente.

Escute, preciso perguntar algo ao Harry... — confessou Seamus, a voz tremendo ligeiramente, o que apenas fez Dean arquear uma sobrancelha, cético.

— Explique essa situação direito, Seamus — insistiu Dean, claramente esperando uma explicação mais detalhada, ainda que duvidasse da sanidade do amigo.

— Eu vi Harry saindo de uma sala desativada no corredor, pouco antes do jantar... — começou Seamus, sentando-se de frente para Dean, tentando organizar seus pensamentos. — Aparentemente, ele estava sozinho, então pensei em lhe pregar um susto. Mas então, vi outra pessoa sair da mesma sala.

Dean inclinou-se para frente, a curiosidade agora evidente em seus olhos.

— Quem era? Era uma garota? Ginny? — perguntou, a voz carregada de interesse.

Seamus soltou uma risada nervosa e balançou a cabeça.

— Não, Dean. Foi Malfoy que saiu da mesma sala, alguns segundos depois. Esbarrei nele e acabamos trocando algumas palavras.

O choque estampou-se no rosto de Dean, que abriu os olhos e levou a mão à boca, atônito.

— Você acha que eles... bem, estão conversando? — questionou, a incredulidade evidente em sua voz.

Seamus suspirou profundamente.

— Quem sabe, Dean? Sempre disse que esse ódio todo entre eles uma hora ia virar amor. Talvez estejam num relacionamento secreto — brincou Seamus, com um sorriso maroto.

Dean bufou, cruzando os braços e sacudindo a cabeça.

— Ah, qual é, Seamus. Isso é ridículo. Harry e Malfoy? Eles se odeiam desde o primeiro ano. Não acredito que estariam juntos assim — rebateu Dean, visivelmente cético.

— Ah, vai saber, Dean. Não dizem que o amor e o ódio estão a um passo um do outro? Talvez seja isso — insistiu Seamus, ainda se divertindo com a ideia.

Dean revirou os olhos, claramente exasperado.

— Seamus, você vê teorias de conspiração em tudo. Harry e Malfoy juntos? Isso é mais improvável do que Dumbledore dançando samba no Salão Principal — retrucou Dean, ainda desconfiado, mas ligeiramente mais tranquilo.

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⏰ Última atualização: Jun 13 ⏰

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