-5-

256 34 110
                                    

Estava tudo bem
A princípio eu achava
Até me ver perdido em seus assuntos
Vidrado em seus olhos
E me sentir afogado por meus sentimentos
Porquê não podemos
apenas seguir em frente?

Pensar menos, amar mais...
Talvez a realidade te assuste afinal
Mas não há nada mal nisso.
Apenas sinta-se levar meu bem

Sinta os raios calorosos lhe atingir
E aí, com certeza
Você vai dizer
"Sim, Eu amo."

Capítulo Cinco- Conversas e tensões

Na manhã fria e silenciosa, Harry e Rony caminhavam em direção ao grande salão para o café da manhã. O moreno, Harry, esforçava-se para evitar os olhares interrogativos de seu amigo, embora Rony tentasse, sem sucesso, disfarçar sua curiosidade. Rony nunca foi uma das pessoas mais discretas que Harry conhecera. Ele era incapaz de controlar suas expressões faciais ou o tom de sua voz. Ronald Weasley tentando disfarçar algo era uma missão impossível.

— Harry... Esse silêncio está me deixando nervoso — resmungou Rony, parando abruptamente no meio do corredor.

— O que você quer que eu diga? "Olha como está lindo o dia" ou "Nossa, seu cabelo ficou maior ou é impressão minha?" — Potter lançou um olhar irritado, a frustração evidente em sua voz.

— Não precisa ser estúpido. — Rony respondeu, avançando apressadamente e se sentando ao lado de Hermione, sem esperar por Harry.

Harry suspirou e acomodou-se ao lado de Neville, que comia silenciosamente enquanto observava a mesa encher-se gradualmente.

— Bom dia, Harry — cumprimentou Neville, tentando aliviar a tensão. — Dormiu bem?

— Não muito — respondeu Harry, tentando forçar um sorriso. — E você?

— Melhor que você, pelo visto — Neville respondeu com um sorriso simpático, tentando aliviar o clima pesado.

A tensão era palpável no ar. Havia poucas pessoas no salão, já que ainda era cedo. O frio do lado de fora parecia inibir qualquer vontade de conversar ou agir, e todos trocavam olhares carregados de perguntas não ditas.

— Okay, eu sei muito bem que todos querem saber o que aconteceu. Estou extremamente curioso, então vou falar logo, ao invés de ficar encarando as caras de sonsos de cada um de vocês — Seamus Finnigan exclamou ansiosamente. — É sobre ontem. Malfoy e Harry trancados em um armário com uma poção da verdade...

Seamus fez uma pausa, olhando ao redor. — E vocês não vão falar nem perguntar absolutamente nada? Sinceramente, onde foi que eu errei? — Concluiu com uma expressão inconformada, sem conseguir dissipar o clima pesado que pairava no ar.

Ginny, que estava sentada mais à frente, virou-se e bufou. — Cala a boca, Seamus. Você é um gay muito emocionado.

Seamus franziu a testa, ofendido. — Não é questão de emoção, Ginny. É questão de saber a verdade. Todos nós estamos curiosos.

Hermione, que até então havia permanecido em silêncio, ergueu os olhos do seu livro. — Seamus, talvez esse não seja o momento apropriado para discussões. Vamos respeitar a privacidade de Harry.

Rony balançou a cabeça em concordância. — Sim, Seamus. Deixa isso pra lá. Não precisamos resolver tudo agora.

Harry, sentindo o peso dos olhares sobre si, abaixou a cabeça levemente enquanto tomava um gole de suco de abóbora. — Eu não lembro. Não lembro de nada depois que entrei no armário — disse, sua voz carregada de incerteza e desconforto.

Games in Frames Onde histórias criam vida. Descubra agora