Cap. 12 💐

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Sinto um calor no meu corpo, o calor de outro corpo, sendo mais específica

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Sinto um calor no meu corpo, o calor de outro corpo, sendo mais específica. Pisco os olhos devagar, assimilando aos poucos que estou abraçada a Troyde mais uma vez. A luz da televisão e o som baixo preenchem o quarto, a luminosidade me possibilitando enxergar o cômodo.

A respiração dele bate no topo da minha cabeça e percorre meu rosto. Observo minha mão pousada em seu peito, as unhas pintadas de vermelho presas ao tecido do pijama de flanela. Fico buscando uma forma branda de me desvencilhar do corpo sem acordá-lo, querendo morrer por me colocar nessa situação.

Os piores palavrões ecoam na minha mente, não posso dormir novamente na mesma cama que ele, pois bastou apenas duas vezes para que eu acordasse aninhada ao seu corpo como se fosse um carrapato, e pior, como se tivesse intimidade o suficiente para agir  assim, agarrando-o dessa forma, mesmo que inconsciente.

Sentir empatia por Troyde depois de descobrir algumas coisas a seu respeito e principalmente por sua vulnerabilidade causada pelo acidente, não apagam de mim a imagem de homem arrogante e prepotente que cultuei por tantos anos de trabalho ao seu lado. Infelizmente ele terá que trabalhar muito para provar o contrário, pois só assim, a primeira impressão poderá ser apagada da minha mente e a ideia de que devo me manter o mais afasta possível continua martelando na minha cabeça.

Estou ajudando os dois de coração, mas não posso criar na mente uma ilusão de que somos melhores amigos ou seremos depois disso. Sempre existirá essa relação chefe e funcionária entre nós e não posso mesmo esquecer esse fato importante.

— Acalme-se ou terá um infarto. — A voz divertida de Troyde me faz dar um sobressalto, fazendo com que a minha cabeça se choque com força do seu queixo.

Seu gemido ecoa alto pelo quarto e ele se retrai, fazendo uma careta de dor, sorrindo ao mesmo tempo.

— Ai meu Deus! — berro em um misto de susto e preocupação.  — Me desculpe! Eu o machuquei?

— Acho que deslocou o meu maxilar! —  sibila. — Minha língua também foi dividida ao meio por conta da mordida nela.

— Troyde! — repreendo vendo que ele se diverte às minhas custas. — Porra! Machucou ou não?

— Óbvio que sim, você me deu uma cabeçada.  — acusa sorrindo. Afasto sua mão do queixo, passeando os dedos por todo o maxilar para ver se causei danos maiores. — Já vi que você é uma mulher selvagem na cama.

— Aparentemente não tem nada demais, Troyde. — aponto aliviada, embora ainda esteja com o coração acelerado no peito. Inicio uma massagem com mão, passando por todo o maxilar quadrado enquanto ele faz uma careta de dor.

— Não deslocou, Sahara. Eu estava brincando, embora tenha doído de verdade. Mas acho que realmente cortou a minha língua. — abre a boca mostrando a língua com um pouco de sangue e continuo acariciando o maxilar, os olhos azuis me avaliam.

Em Nome Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora