Cap. 10 💐

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Heiko me estende um copo de papel com café

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Heiko me estende um copo de papel com café. Agradeço com um menear de cabeça, estamos todos silenciosos, sentados no corredor do hospital esperando Troyde terminar de engessar o braço e a perna,  ele passou por alguns exames. Sofreu uma fratura do pulso, quebrou a perna, pela força da batida ao se chocar com o caminhão, todos enfatizam que está otimo devido a gravidade do acidente.

Por sorte, o caminhão estava parado e havia pouco movimento na rodovia, graças a Deus ele estava de cinto de segurança, caso contrário, teria sido arremessado a metros do carro. Deus protejeu Troyde, pois segundo Brian relatou, o carro teve perca total. Porém, a nossa aflição se dá pelo fato de que a todo o tempo Troyde não parava de repetir que o carro estava sem freio, de acordo com as informações do detetive Alex, que foram repassadas pelos paramédicos. Mil teorias rondaram as nossas cabeças silenciosas, mas ninguém ousou falar nada em voz alta, mas, diante de todo o ocorrido do dia, os olhares que trocamos já deixou muita coisa clara.

Brian está distante, calado, já chorou algumas vezes depois que entrou para ver o irmão, acho que não viu algo bonito. Tambem tentou entrar em contato com os pais, não consegiu, deixou algumas mensagens na caixa postal e até agora está sem respostas. Passa das duas da manhã, estamos visivelmente cansados, exaustos para ser mais precisa. Heiko tem nos dado suporte, tomando a frente da situação, conversando com os médicos, as enfermeiras, buscando informações sobre Troyde, que embora esteja estável, passou por uma bateria de exames para checar se estava tudo bem internamente, pois pela seriedade do acidente, realmente foi um milagre que não tenha acontecido algo mais grave, ou mais ossos quebrados, talvez coisa pior.

É impossível também não julgar o Senhor e a Senhora Azel. Entendo que os filhos deles são maiores de idade, dois homens feitos, mas quem viaja assim para tão longe e desliga o celular, ficando incomunicável? Imprevistos acontecem e, não entra na minha cabeça eles não se preocuparem. Eu não sou mãe, mas sou Tia, também vejo como minha irmã se porta quando viaja com o Tommy e deixa os meninos comigo. Meri repete milhões de vezes que eu devo ligá-la sob qualquer circunstância, deixando os mais variados números de telefone dos hotéis para qualquer possível emergência.

Foram poucas as vezes em que Michaela Azel cruzou o meu caminho na empresa, com aquele ar petulante, sorriso falso, voz mansa e suas intermináveis plásticas que esticaram seus olhos para perto das orelhas. É uma senhora bem cuidada, com roupas elegantes e cabelos loiros curtos, mas tão falsa quando o preenchimento nos próprios lábios. Já ouvi rumores, inclusive da própria Joane, de que Michaela manda e desmanda no Senhor Giorgio Azel, que é um pau mandado da esposa. Mas, ignorar os filhos a ponto de ficar incomunicável em outro continente ultrapassa qualquer limite de egoismo e soberba.

— E aí, Doutor? —  Brian pergunta quando o médico de meia idade se aproxima.

— Os exames estão ótimos, não há nenhuma fratura interna ou hemorragia, o que é um milagre dada a circunstância. Darei alta ao paciente por não haver qualquer indício mais grave que o prenda aqui no hospital, mas aconselho repouso total. Ele voltará daqui a três dias para refazermos os exames, por precaução. —  o medico fala na calma costumeira dos profissionais da saúde. —  Receitei alguns remédios para dor, pomadas e é necessário manter os ferimentos e os pontos sempre limpos, higienizados e secos.

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