A que eu amei (GiRafa)

35.

Gizelly abriu a porta do quarto das filhas e olhou para as duas deitadas na cama.

-Meus amores? - As meninas a olharam - Rafaella e eu vamos sair, não durmam muito tarde.

-Tudo bem mãe - Disseram juntas. Gizelly as beijou e desceu, Rafaella estava na sala sentada no sofá a esperando.

-Vamos? - Rafaella a olhou e afirmou - Tudo bem?

-Sim, estava conversando com Clara.

-Aconteceu algo? Você está muito séria.

-Não - Disse se aproximando, Gizelly a abraçou pela cintura com um braço e a olhou nos olhos recebendo um sorriso de leve da morena.

Rafaella a beijou levemente, as duas saíram de dentro de casa, Gustavo já as esperava na porta, assim que entraram o homem fechou a porta do carro.

-Aonde vamos?

-Já disse que só saberá quando estivermos.

-Isso é maldade Gizelly - A mulher de olhos castanhos sorriu de canto e olhou para o lado de fora - Vida, diz pra mim - Pediu manhosamente e aproximou lentamente da orelha da editora e mordeu. Gizelly fechou os olhos.

-Não - Sussurrou.

-Mas Gizelly - A mais velha a olhou.

-Vida, você saberá quando chegar, nem ao menos demorará muito.

-Quanto tempo demorará? - Gizelly entortou os lábios - Nem ao menos isso você irá me dizer? - Disse cruzando os braços e se apoiando no banco, Gizelly pegou a mão da mulher ao seu lado e beijou lentamente enquanto cruzava seus dedos.

Gustavo parou o carro após um tempo e Gizelly olhou para Rafaella que olhava atentamente para o lado de fora, sem nem sequer olha-la.

-Vamos? - Sussurrou, Rafaella a olhou e afirmou com um aceno de cabeça, Gustavo abriu a porta e as duas desceram, entraram no restaurante e seguiram para o elevador, assim que chegaram na cobertura foram direcionadas para a mesa com a melhor vista para a cidade, Rafaella observou atentamente as luzes, podia ver os carros passando não muito longe dali. Sentiu a mão de Gizelly sobre a sua e olhou para os olhos marcantes que a observava.

-Eu... - Começou, soltou um longo suspiro - Eu tenho que ir embora amanhã durante a amanhã, não quis dizer nada para não estragar o nosso dia com as meninas.

-Pensei que iria apenas durante a tarde.

-Não tem como, o programa vai ao ar cedo, não poderia ir trabalhar durante a tarde, você sabe.

-Sim.

-Estraguei nossa noite não foi?

-Não - Disse acariciando a mão da mulher a sua frente - Vida, vamos esquecer isso por algumas horas, está bem? Lembrar apenas de nós, do quanto nos amamos e como é bom esse tempo que temos juntas.

-Você tem razão, me perdoa por isso.

-Não tenho o que perdoar - O garçom as serviu com a bebida, enquanto esperavam o jantar que não demorou a ser servida.

-Você irá para a próxima consulta do bebê?

-Quando será?

-Em três semanas.

-Farei o possível, meu bem, mas não posso prometer nada.

-Tudo bem - Sorriu de canto - Fui convidada para uma entrevista, com certeza perguntaram da nossa relação.

-O que não será surpresa alguma, depois de ter me agarrado no meio da festa que Clara deu - Disse sorrindo de canto.-Se arrepende da sua atitude?