- P.O.V. Anna -
Depois de pensar muito sobre tudo o que Five me disse, acabei pegando no sono em um dos sofás da enorme sala; o próprio Five dormia tranquilamente no sofá em frente ao que eu estava, e vez outra o ouvia falar algo enquanto dormia, o que me fazia rir.
Antes de pegar no sono observei por alguns minutos ele dormir, parecia sereno e seria impossível dizer que ele era a mesma pessoa de horas atrás. Seu rosto parecia quase angelical, sua pele era lisa e parecia ser extremamente macia, enquanto suas mãos descansavam sobre sua barriga, mas ainda assim era possível ver suas veias bastante marcadas.
A relação que tínhamos não era das melhores, se é que poderia chamar aquilo de relação, nos conhecemos a pouco mais de um dia e mesmo assim tenho a impressão de que o conheço a tanto tempo. Tivemos poucos momentos juntos, mas era possível perceber alguns traços de sua personalidade forte, e um deles é que mesmo que tenha essa pose de durão insensível, ele se importava demais com sua família, a ama mais do que qualquer coisa, mas jamais deixa isso transparecer nitidamente; talvez não queira que saibam que ele é uma pessoa que tem um coração que serve não apenas para bombear sangue.
Me levantei e senti minhas costas doerem, deveria me lembrar de nunca mais dormir em um sofá, ou minha coluna iria travar.
Não sabia onde Diego estava, nem o homem que parecia ser o dono do apartamento, então fui até a cozinha fazer um café; precisava de energia para começar bem o dia, daqui a pouco teria que ir para o restaurante.
Enquanto esperava o café coar escutei um resmungo vindo da sala, inclinei a cabeça e vi Five se levantando e esfregando os olhos, estava com o cabelo bagunçado e suas roupas estavam abarrotadas. Sorri ao ver sua cara amassada de sono, se não o conhecesse diria que ele era a pessoa mais bonita que eu já vi. Talvez em outras circunstâncias poderíamos até criar um vínculo de amizade?
Ele se levantou e seus olhos pararam aonde eu estava, então me endireitei rapidamente e foquei minha antenção somente no café.
- Bom dia. - disse entre um bocejo ao chegar na cozinha.
- Bom dia. - eu estava envergonhada, mas, do que exatamente?
- Onde está todo mundo?
- Ahn, não sei, quando acordei não vi ninguém. - o café ficou pronto finalmente e me servi com uma xícara cheia, nada como um bom café logo pela manhã!
Five pegou uma outra xícara e a encheu também, dando um enorme gole.
- Uau, isso está muito bom! - elogiou e senti meu rosto esquentar, mas que droga estava acontecendo?
- Obrigada. - me virei de costas e terminei de beber em silêncio. - Então, Five… - me virei e o encarei, deixando a xícara, agora vazia, em cima da mesa. - Eu preciso ir em casa, estou com essa roupa dês de ontem e preciso tomar um banho para ir para o restaurante.
Ele me encarava sem expressão alguma, como se estivesse olhando através de mim.
- Tá, eu te levo em casa. - limpou a boca e ajeitou o uniforme, indo até a porta e saindo.
Assenti, o seguindo até a parte de fora do apartamento, entrando no carro em que ele estava; não sabia que ele dirigia.
O caminho até em casa foi tranquilo, depois de toda aquela turbulência do último dia as coisas pareciam ter se acalmado; eu ainda me sentia culpada por ter sido tão baixa a ponto de cuspir em seu rosto, mas ele parece estar ignorando isso e eu deveria fazer o mesmo, era orgulhosa demais para me desculpar.
Paramos em frente aos portões da casa já tão familiar, e tirei meu cinto de segurança me virando no banco em sua direção, seus olhos estavam focados em suas mãos no volante, e seus cabelos caíam levemente sobre seus olhos; céus, ele era tão bonito!
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Anomalia | Number Five
Fiksi PenggemarAnomalia 1. estado ou qualidade do que é anômalo; anormalidade, irregularidade. 2. qualquer irregularidade ou anormalidade (de um corpo, objeto, fenômeno, estrutura, formação etc.). Sir Reginald Hargreeves escondeu A anomalia por anos, a isolando do...