Capítulo 4- Jogo

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Se nada havia melhorado, pelo menos agora a vida parecia seguir uma rotina. Acordava, ia para as aulas, servia de cobaia para Snape, almoçava, voltava para as aulas, se houvesse azar o suficiente virava cobaia novamente de algum outro professor.

Mas não de McGonagall.

A professora de transfiguração parecia querer manter toda a distancia possível da menina. Vez ou outra até mesmo ignorando comentários e perguntas que Hermione fazia.

"Tudo bem! Quem se importa?!" Hermione pensava, suspirando pesadamente enquanto apoiava a cabeça em uma das mãos. Enquanto todos os professores pareciam interessados no fato de terem conseguido uma pessoa perfeita para lançar seus feitiços, a professora parecia simplesmente interessada no fato das manchas no lado contrário do corredor parecerem muito maiores. Machucados e preocupações a menos para a menina.

Porém, enquanto McGonagall parecia interessada em simplesmente manter distancia, alguns alunos pareciam tentados a se aproximar. E, por isso, Hermione se via sentada com Harry, Rony e Gina. Vez ou outra uma menina loira de Cornival resolvia aparecer. Luna! Uma menina estranha que sempre parecia estar em outro mundo.

O sábado finalmente havia chego. Tudo o que queria era jogar todos os livros para um canto e se internar em baixo de suas cobertas. Porém, havia algo inoportuno chamado Quadribol que parecia estar mexendo com a cabeça de todos naquele dia. Em especial da sua diretora de casa que a cada pouco puxava Harry, Rony e Gina e dizia para darem tudo de si.

Harry, que era o capitão de Grifinória, não parava de repetir táticas de ataque e defesa. Naquela mesma manhã, Hermione descobriu que Malfoy era o capitão de Sonserina. Por um segundo uma espécie de obsessão por sua casa a atingiu.

-eles têm vassouras incríveis! –Rony suspirou. –e o ataque está muito melhor.

-e eles jogam sujo! –Gina completou bufando.

-nós temos bons jogadores! –Harry rebateu, movendo uma torrada pela mesa (Segundo ele, a Torrada era Gina).

-eles são sonserinos, Harry. –Gina franziu a testa tristemente.

Hermione os encarou friamente. O suco de abobora a meio caminho da boca. Olhou para a mesa verde e prata e constatou o obvio: Os idiotas estavam rindo fazendo uma imitação grotesca de qualquer coisa que Hermione não queria saber. Ela se levantou abruptamente, a torrada em sua outra mão se esfarelou.

-escuta aqui, seus três patetas! Vocês vão lá, vão dar o melhor de vocês e vão quebrar a cara daquele loiro nojento por mim! Eu não me importo se vocês vão ou não ganhar, mas se aquela cobra albina sair daquele campo sem um arranhão, EU QUEBRO VOCÊS! Entenderam? –Rony diria que os olhos castanhos soltavam faíscas de fogo infernal. Os três assentiram lentamente.

Ela voltou a se sentar, tomando seu suco calmamente, sacudindo os farelos de sua mão e de sua roupa. Percebeu que toda a mesa da grifinória a olhava. Tivera o cuidado de dar o sermão em voz baixa, para que as outras mesas não escutassem, mas seus companheiros de casa a sua volta pareciam ter ouvido muito bem suas palavras. Talvez precisasse repetir aquelas palavras ao longo dos próximos jogos.

-isso significa que você vai assistir ao jogo? –a voz suave saiu de algum lugar as suas costas. Hermione deu um pulo, surpresa.

-da onde você surgiu?! –perguntou fixada no chapéu ridículo que Luna usava.

-ah, eu vim desejar boa sorte ao Harry. –a menina deu de ombros, abraçando o pescoço do menino que ficou mais vermelho que o cabelo dos Weasley.

-ah, hm, é... Obrigado! –ele mexeu nos óculos freneticamente.

-não foi nada. –e com isso o leão na cabeça da menina (com uma cobra na boca) rugiu, fazendo com que Hermione desse outro pulo. Luna saiu saltitando, enquanto os irmãos olhavam para Harry com um sorriso malicioso nos lábios.

Born to DieOnde histórias criam vida. Descubra agora