010

2.6K 282 198
                                    

Quando Titanic, enfim, chegou às cenas pós crédito, Seulgi não soube ao certo o que falar, tampouco como se portar, então permaneceu em silêncio. Focou nos desenhos estampados no azulejo da parede do quarto e, durante alguns minutos, permaneceu assim. O problema, no entanto, era que ser parecia quase impossível não prestar atenção em Bae Joohyun deitada há pouquíssimos centímetros de distância de sí.

Os olhos acastanhados, o sorrisinho de canto, os lábios cheinhos, a pele esbranquiçada, a expressão sonolenta; tudo naquela divindade era atrativo. Seulgi não conseguia encará-la sem desejar abraçá-la, apertá-la.. Beijá-la. Céus! Seulgi queria beijá-la. Queria muito!

Então ela simplesmente o faz.

— Irene-ssi..— Murmurou, aproximando-se ainda mais da garota deitada ao seu lado.

Joohyun queria contestá-la, queria perguntá-la o que iria acontecer, o que estava prestes à fazer, mas fôra pega de surpresa quando a de foxy eyes simplesmente a segurou pela gola da blusa e puxou em sua direção com certa violência, fazendo com que ela ficasse rente à altura de seu rosto.

Por um momento muito breve, Joohyun pensou que Kang pretendesse sufocá-la, mas a garota não parecia estar muito afim de machucá-la apesar da brusquidão.

— Eu espero não me arrepender.. — Diz Seulgi. As palavras saíram de sua boca de modo arrastado, rouco, beirando a indecência, quase roçando os lábios nos lábios de Bae.

— O quê? — Indagou Joohyun, confusa, mas totalmente inebriada pela visão de Kang tão próxima de sí.

Ela esperava que Seulgi lhe respondesse, mas a garota nada disse, pelo contrário..

As mãos que antes agarravam a gola de sua blusa, de repente, estavam entrelaçadas em seu pescoço e, milésimos de segundos depois, segurando seu rosto, tentando eliminar qualquer espaço entre as bocas.

— Seulgi.. — Ela resmunga contra os lábios de Kang, emaranhando uma de suas mãos no cabelo da mais alta sem quaisquer tipo de delicadeza.

Aquele era, basicamente, o seu jeito de dizer que não queria pensar em mais nada senão naquilo que estava acontecendo, mas Kang percebeu, e quando sentiu Joohyun puxando-a mais e mais para perto de sí, pareceu finalmente despertar.

— Não, Irene, não podemos! — Ela murmurou, inspirando profundamente.

Por sorte — ou azar —, a resistência não durou muito. E bastou com que a respiração ofegante de Joohyun batesse sobre sua boca para que a garota tomasse a iniciativa de beijá-la outra vez.

Ela, novamente, afundou uma das mãos nos cabelos acastanhados da outra, apertou e, se não estivesse meio entregue demais a situação, diria que jurou tê-la visto gemer. Usou a outra mão para puxá-la mais para perto e, em seguida, para acariciá-la na bochecha enquanto a beijava.

Por fim, quando o ar finalmente começou a faltar-lhes e elas não se viram com outra alternativa senão soltarem-se, respiraram fundo mas ainda mantiveram-se perto, com os rostos consideravelmente próximos. Os lábios, agora, estavam vermelhos, as mãos inquietas, os corpos fervilhando e os corações pareciam querer saltar de suas caixas torácicas.

— Eu espero que você seja boa em guardar segredo, Baechu-ssi. — Seulgi sussurou. Seus lábios ainda roçavam nos lábios da outra coreana.

Durante um milésimo de segundo, Bae jurou ter sentido seu coração errar uma batida, dizendo:

— Me chamou pelo meu apelido. Pensei que só minhas amigas soubessem da existência dele..

TogetherOnde histórias criam vida. Descubra agora