66. Narração 🐈‍⬛

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Finalmente o dia do encontro chegou.

Minho é o primeiro a acordar, saindo da cama que divide com o namorado devagar para que não o acorde, embora saiba que após o banho, se arrumará e se jogará em cima dele para acordá-lo, enchendo o rosto de selares e, quem sabe, algumas cosquinhas para que ele caia da cama e corra para o banheiro e se preparar também.

Esse dia tem que ser incrível para os dois, Minho quer que fique guardado na memória deles pela eternidade.

Após se banhar e se arrumar com uma roupinha leve — que acaba pegando emprestado de Jisung por simplesmente achar as roupas dele mais confortáveis — faz exatamente o que quer: pula em cima do rapaz e o enche de beijos, fazendo-o resmungar sobre deixá-lo dormir mais um pouco porque está com preguiça e ainda estar muito cedo, embora não tenha olhado as horas para saber se é ou não.

Porém, Minho é insistente, e o puxa pelos braços até que se sente na cama. Os olhinhos mal conseguem ficar abertos, o cabelo bagunçado e embaraçado, as bochechas inchadas e vermelhas, além do bico bravo na boca. Uma imagem adorável aos olhos do Lee.

— Fica um pouquinho sentado até acordar de verdade, depois vá banhar porque temos um dia cheio pela frente. — Minho fala, beijando mais uma vez o rosto de Jisung antes de se levantar, correr novamente até o guarda-roupa e tirar de lá uma mochila e um pano quadriculado, logo após saindo do quarto como um furacão.

Minho pode até não ver, mas deixou um Jisung mal acordado para trás com um sorriso mínimo nos lábios.

Quando o Han sai do quarto arrumado e muito bem acordado após um tempo, vai atrás do namorado que, está na cozinha arrumando algumas vasilhas na mochila, sorrindo e cantando baixinho. Ele está realmente animado para esse dia. Não é necessário muito tempo até que saiam de casa, para que andem até uma praça perto e se instalem embaixo de uma árvore tomando um café da manhã tranquilo, com o cheirinho bom das árvores e do sol.

O Lee preparou algumas torradas com geleia de framboesa, panquecas, alguns pedaços de bolo e suco de morango, também duas garrafinhas de água. Jisung se pergunta como e quando ele fez tudo isso e como tanta coisa coube em uma única mochila que entra cabe dois fichários da escola.

Minho é um mágico?

— Quando fez tudo isso? — Jisung ousa perguntar, limpando o canto dos lábios com a costa da mão direita, observando Minho, que cruza as pernas em borboleta enquanto também o encara, sorrindo contido.

— Tava me preparando desde ontem. Digamos que depois de você ter ido dormir, algumas horas depois, talvez de madrugada, não sei bem... — ele começa, soltando risadas enquanto fala.

Isso é felicidade? Minho está tão feliz a ponto de rir e sorrir enquanto fala? Jisung não lembra de já tê-lo visto dessa forma alguma vez.

— Eu me levantei e fui fazer as coisas, e deixei bem guardado pra que não estragassem. Demorou um bom tempo e eu fiz bastante barulho até, me pergunto como você não acordou.

— Às vezes tenho o sono pesado. Acho que também tava bem cansado. — afirma, assentindo com a cabeça. — Obrigado pelo café da manhã. Tá maravilhoso. — agradece, levando uma das mãos até o rosto do namorado e acariciando sua bochecha. — Aliás, você leva jeito pra isso, devia trabalhar com algo dessa área.

— Já pensei nisso. Eu gosto de fazer esse tipo de coisa de vez em quando, é gostoso e me distrai. — admite, pensando em talvez realmente levar isso a diante.

— Faça mais coisinhas assim quando puder.

Os dois passam o resto da manhã no local, conversando e beliscando o que sobrou, até mesmo arriscaram brincar, correr e pulando pelas coisas. Parecem duas crianças novamente, não se preocupando com nada a não ser na diversão.

É um pouco mais de meio-dia quando Minho resolve puxar Jisung até uma lanchonete próxima. Fazem seus pedidos e aguardam despreocupadamente em uma mesa afastada das outras, com as mãos unidas em cima dele e conversando banalidades enquanto isso. Quando o pedido está pronto, o Han se levanta, dizendo que irá pegar para eles, voltando de forma desajeitada com a bandeja nas mãos, fazendo Minho rir e no final, ajudá-lo.

Permanecem lá por algumas horas, Minho se levanta e vai pagar a conta sem nem ao menos esperar Jisung dar sua parte, o que causa uma pequena discussão entre eles dois em frente ao atendente, que apenas observa aquilo esperando que se resolvam logo. No fim das contas, Minho paga metade e Jisung também, apenas porque o mesmo atendente diz que quer que os dois paguem, metade, metade, e se não fosse por ele se metendo na discussão alheia, o casal ainda estaria quase puxando o cabelo um do outro. Após isso, os dois vão para a parada de ônibus, pegando o que vai diretamente para o parque de diversões que Minho falou.

É grande, bonito e colorido, e embora não hoja tantas pessoas, ainda assim, é divertido.

Eles compram as fichas e então vão se aventurar, indo em uma pequena montanha-russa, na roda-gigante, carrinho bate-bate e, por fim, no carrossel, onde se abraçam e permanecem dassa forma.

— Que horas pretende ir na sua casa? — Jisung questiona, com a cabeça deitada no ombro alheio, o ouvindo soltar um suspiro baixinho.

— Eu quero ir agora, mas ainda temos que ir no restaurante. — ele responde, agarrando as mãos do Han e brincando com os dedos alheios.

— Vamos agora! — Jisung fala, levantando a cabeça para olhar Minho, que o encara confuso. — É sério! Vamos agora. Você quer ver sua mãe e os gatinhos, não tem nada impedindo a gente, não tem nada te impedindo, Minho. O restaurante pode esperar, mas agora nós vamos até a sua casa.

E eles vão, felizes e ao mesmo tempo com um frio na barriga. Essa é a primeira vez que se verão depois de tanto tempo. Minho nem ao menos procurou avisar a mulher sobre.

Quando chegam em frente a casa e apertam a campainha, e logo após uma mulher sorridente aparece, correndo em direção ao filho, percebem que nada mais está a impedindo de também se tornar feliz. Eles entram e, então, conversam, colocam os assuntos em dia, matam a saudade e choram.

Tudo está correndo bem, um ótimo dia.

No final das contas, eles não precisam ir a um restaurante, porque a mãe de Minho se propõem a fazer um jantar para eles, daqueles que você pode comer quantas vezes quiser e falar que está triste. Após jantarem, eles se sentam novamente no sofá e voltam a conversar.

— Quando você vai voltar pra casa, Minho? — a mulher pergunta, esperançosa, sorrindo animada com a ideia de ter seu filho novamente em casa.

Porém, ele não responde de imediato, olhando diretamente para Jisung sem saber o que responder, mas diferente de Minho, o Han tem a resposta que a mulher quer ouvir.

— Em breve, senhora. Logo, logo Minho estará aqui novamente, não se preocupe. — agarrando a mão do Lee ele responde.

É quase dez da noite quando vão embora, alegando que na próxima semana, Minho já estará presente para cuidar dela. O Lee fica o tempo todo calado, sem saber exatamente o que falar ou fazer.

— Você... você não me quer mais contigo? — é o que ele pergunta para Jisung quando estão prestes a dormir.

— Te quero comigo o tempo todo, Minho, mas você também tem sua família pra ficar perto, pra cuidar. — Jisung responde, abraçando o namorado.

— Você é minha família.

— Eu sou sua outra família. Sua família de verdade está te esperando ansiosamente na próxima semana de braços abertos. — beija o topo da cabeça do Lee. — Não é como se fôssemos parar de se ver, eu posso pegar o ônibus e ir lá todos os dias se você quiser. Eu tenho passagens ilimitadas na minha carta do ônibus. — se gaba, fazendo Minho rir.

— Tudo bem. — ele concorda, se aconchegando mais no abraço. — Mas depois nós vamos ter a nossa própria casa e morar juntos.

— Certo!

E então, dormem imaginando um futuro próximo onde estarão juntos e bem.

🐈‍⬛

Este capítulo contém 1.365 palavras.

MIAU MIAU | MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora