Capítulo 14

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-Ainda não acredito que deixou essa vadia entrar. – Kath disse bebendo em sua garrafinha do time.

-Achei que gostasse dela. – Dei de ombros. Projetei meu corpo para a esquerda, olhando Billie abrir um espacate no meio do ginásio.

-Eu gosto, você quem não gosta. – Kath apoiou a garrafa no chão e inclinou seu corpo para trás suavemente, e foi progredindo o movimento até sua mão encostar próximo aos seus pés. Pude ver o olhar assustado de Billie para Kath. Era inacreditável a elasticidade no corpo daquela garota.

-Mantenha os amigos próximos e os inimigos mais ainda... E meu irmão pediu para eu dar uma chance e ele foi bem sentimental... – Suspirei. – Então eu fico de olho nela e aproveito para fingir que to fazendo o que ele quer.

-Ela é até boa, mas vai acabar caindo com a blusa na cara. – Kath voltou para a posição normal. – Você já deu o uniforme para ela?

-Yep. – Suspirei. – Vou falar com ela sobre isso. – Soltei o ar pesadamente, inacreditavelmente entediada. As semanas haviam sido um saco. Eu estava vendo mais Billie do que a própria Kath. Ela sempre estava por perto, rindo e sendo ridícula.

-Formação, já deu tempo de alongar. – Gritei, soprando ruidosamente o apito. – O jogo é em alguns dias...







-Não vai descer? – Kath apareceu na porta do meu quarto, segurando um pote de doce ao lado do corpo. – É nosso aquecimento para o dia das bruxas.

-Estou cansada. – Suspirei. – Achei que pelo menos uma sexta na vida eu teria paz.

-Você achou mesmo que seu irmão deixaria passar uma sexta-feira com seus pais fora da cidade no fim de semana pré-jogo? – Ela riu ironicamente. – Piada...

-Já vou descer. – A interrompi, antes que mais argumentos fossem proferidos energeticamente. Ela rolou os olhos e saiu bufando.

Penteei o cabelo preguiçosamente e saí do quarto, observando James com uma garrafa de cerveja na mão. Seu corpo estava contra o de Billie, que estava praticamente encurralada na parede segurando em sua cintura, seu braço com a cerveja repousava sobre a cabeça da mesma. Eles conversavam intimamente e energeticamente.

-Acho melhor não destruir a casa dos nossos pais. – Cruzei os braços, vendo-o cambalear e Billie desviar o olhar para o chão. – Quem você chamou?

-As pessoas de sempre. – Ele a enlaçou pelo pescoço e a trouxe junto ao seu corpo. – Você está ficando velha e rabugenta.

-Melhor do que irresponsável. – Me aproximei, olhando em seus olhos. – Acho melhor se controlar James. – Rosnei.

-Está tudo sobe controle. – Ele virou e selou os lábios no dela, que proferiu uma careta com tal ação. Eu conseguia sentir o cheiro de cerveja em seu hálito, obviamente ele já havia bebido muito.

-Vamos descer... – Billie sussurrou. – A festa...

-Sua festa. – Pude ouvi-lo soprar. James olhou para mim e praticamente gritou. – É uma comemoração pré-jogo.

-Idiota. – Passei, esbarrando em seu ombro, rumo a escada. As desci rapidamente, percebendo as pessoas afastando a mesa de centro e jogando boa parte das almofadas no chão.

-Mais, ou a roda vai ficar pequena. – Kath dizia para Liam. Que a lançava um olhar irritado.

-Porque você mesma não arrasta? – Disse, soltando a mesinha caríssima e pesada da minha mãe.

Eu odeio você. - Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora