harém particular

a nossa dor... (reescrito

P.o.v  militar 🇧🇷

    O dia começa como sempre pra mim, um puro tédio absoluto, voltado a uma vida sem mais nenhum propósito ou emoção, tentando achar algum sentido ainda existente, mas sempre falhando miseravelmente.

Eu odeio ter que admitir, mas sou só uma fracasso lembrado exatamente apenas por isso, um monstro, um monstro que todos reconhecem e engolem todos os dias, é assim que todos me vêm, e eu não me importo mais com isso, cansei de tentar ser o cara legal ou algo do tipo, agora só tento ficar no meu canto sem dar dor de cabeça pra ninguém.

O mundo me odeia, e eu já aceitei isso, e olha que nem sabem de tudo o que realmente aconteceu comigo, um homem que perdeu sua mulher e não sabe onde está a sua filha, eu me recuso a acreditar que ela está morta, mesmo sabendo que não deve ter outra alternativa a não ser essa

Sou um homem que já viu de tudo, Deuses, anjos, demônios, massacres e toda abominação que um ser humano pode fazer.

Eu conheci homens que cheiravam a puro enxofre e eram rodeados com a aura de puro caos, e estes homens foram responsáveis por tirar a vida da mulher da minha vida, por tirar a vida de homens inocentes que um dia chamei-os de soldados, e também, tirar o brilho do meu olhar.

A minha mulher era...

Alemanha...

Uma loira baixinha de olhos vermelhos que sempre se vestia de preto e tinha um temperamento ácido.

Eu e ela tivemos uma bela menininha que herdou a beleza da mãe e meus olhos, busco por ela até hoje, e sempre acabo falhando, mas algo não me deixa desistir.

Eu te amo tanto meu amor, eu te amo tanto que a sua falta me consome até hoje.

E pra você Ale, seu pai te ama muito, e sabe que se estiver viva se tornou uma grande mulher assim como sua mãe foi.

Agora, só me resta limpar uma pilha de carros velhos ouvindo chico buarque e Reginaldo Rossi com uma boa dose de café preto, mas ainda com pensamentos me consumindo...

P.o.v URSS

Hoje é o que chamo de um dia especial, como não seria? Mandei a minha pior inimiga para o inferno da forma mais prazerosa possível.

Claro que isso anos depois acabou sendo meu fim também, mas ao contrário dela eu ainda estou viva, somente cedi o meu poder aos mortais para fazerem o que desejam com minhas terras, mas isso por pouco tempo.

Depois da guerra, adotei uma criança e a criei como se fosse minha, escolhi cada detalhe, a feição, a estrutura, o comportamento e seu nível de intelecto, tudo para que ela se parecesse ainda mais comigo, uma cópia não perfeita de mim, mas melhor.

Dei a ela tudo, treinamento, educação, alimentação e vestimentas de luxo, e sempre fui uma mãe carinhosa e amorosa, é estranho até mesmo para mim dizer isso, visto que sempre adorei ver a morte e dor de todas os povos que me um dia me ameaçaram.

Mas só teve uma pessoa, só uma, que me fez sentir diferente.

Aquele desgraçado latino, com seu olhar frio e predatorial, que nunca esboçou qualquer emoção para mim, que sempre me desprezou e nunca reservou palavras educadas a minha pessoa, brasil.

Eu não sei por que o amo, mas é um sentimento que não consigo controlar, assim como o ciúme que me invadiu desde o primeiro momento que soube que estava em um relacionamento com a germânica.

Meu coração nunca esteve tão preenchido com tanto ódio como naquele dia, o sentimento de raiva, angustia e desgosto esteve em minha mente por vários dias, mas depois me acalmei e me lembrei da possibilidade de mata-la, e eu o fiz, aproveitei do ódio que a humanidade sentia por ela para livrar me dos meus pecados.