USA! (reescrito)

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P.o.v USA

Flashback

13 anos atrás...

  vem logo!desse jeito a gente só sobe amanhã! - eu dizia enquanto subia a escada improvisada de madeira que ia rumo a minha casa na árvore, algo em torno de 5 metros de altura, não é algo muito grande, mas pra uma criança de 6 anos era como subir um arranha céu - calma lá! - ele dizia enquanto arfava e suspirava pesado, claramente com dificuldades pra subir aquelas escadas com suas perninhas curtas, já que era algo em torno de 1-2 anos mais novo do que eu - sua casa na arvore é bem legal!

Eu achava muito interessante, de que mesmo morto de cansaço ele continuava um tagarela, era meio fofo pra ser sincera.

né! Eu tenho muito orgulho dela, vamos logo! - eu tentava apressar o ritmo dele, mas com meu descuido acabei pisando em uma parte sensível da escada, o que fez com que eu quebrasse e consequentemente caisse - estrelinhas! - ele me chamava pelo meu apelido carinhoso enquanto tentava me segurar, mas com sua fraqueza infantil não consegue e cai também, porém me abraça e impede de que eu caia no chão porém sofrendo com toda a força do impacto, que mesmo com ele embaixo de mim, ainda me fez desmaiar, e as últimas coisas que escutei foram seus gemidos de dor.

Algumas horas depois eu desperto em uma cama de hospital, com alguns arranhados e minha mãe adormecida em uma poltrona ao lado, minha cabeça ainda estava zonza e doendo muito, e com meus olhos marejados e com muitas dores no pescoço me viro para encara-la, e ela despertou do seu sono com um olhar cansado mas ainda sim preocupado.

filha!!you are good? - minha mãe diz, ainda não conseguindo se livrar completamente da linguagem inglesa, coisa que até hoje não conseguimos completamente, porém minha mente estava em outro lugar e pensando em outra pessoa - yes mom, cadê o meu amigo? - eu falava quase desesperada por uma resposta, e tentando não me mexer, já que sentia todo o meu corpo doer e gerar um sentimento angustiante de fraqueza em mim, minha mãe apenas olha para o lado, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para direcionar a mim, mas não conseguindo -bem... - não começa muito para a minha mente na época infantil, achar que algo muito sério poderia ter ocorrido, claro que poderia ocorrer, como ele ficar paraplégico, mas para a minha mente de 6-7 anos não existia outra opção a não ser a morte - ele...esta..m-morto?

Eu gaguejava, com minha mente se escurecendo de pensamentos ruins e possibilidades horrorosas, com uma voz embarganhada e pronta para ouvir a pior das respostas, coisa que felizmente não ocorreu.

No!god... - minha mãe dizia claramente achando um absurdo sem nenhum fundamento a minha fala, coisa que não era totalmente errada, mas antes de voltar a olhar para mim, ela passa a mão no rosto e olha séria para mim enquanto notícia a situação atual de meu amigo - ele fraturou alguns ossos das costas, está fazendo  cirurgias neste exato momento em outro hospital, mas ele irá ficar bem querida - ela dizia já um pouco calma, mas era notável o tom de preocupação em sua voz.

Já fazem varios anos desde que esse trágico evento me ocorreu, nunca mais vi o meu amigo depois disso, não me lembro de quase nada, nem seu nome, apenas os seus lindos olhos.

Desejo muito reencontrá-lo, pedir desculpas, já que a minha mente me consome de culpa pelo evento, e sei que nunca descansarei enquanto não tirar esse peso de minhas costas, e quando isso acontecer, finalmente poderemos ficar juntos novamente.

Atualmente

Era o meu primeiro dia na prestigiada universidade GPPF, e eu estava no mínimo ansiosa, o uniforme até que tinha ficado bem em mim, tomo meu café da manhã junto de minha mãe e a minha irmã especial.

harém particularOnde histórias criam vida. Descubra agora