Paralelas

Sussuros

Miranda

Fiquei desconcertada, por um breve instante, quando Andrea me puxou pela cintura e colou nossos lábios em um beijo suave, mas cheio de sentimentos.

Lembro- me do barulho da chuva quando enrosquei meus dedos em seus cabelos e a puxei para mais perto, ela sorriu no meio do beijo e me senti nas nuvens. Sua língua atrevida pediu passagem e quando cedi, ela suspirou em meus braços.

Seu carinho era tamanho que achei que fosse transbordar, sumindo com todas as dúvidas, medos e receios sobre me sentir rejeitada. O sentimento estava dentro daquele abraço, era hora de me entregar. Eu sentia cada poro do meu corpo se arrepiar e cada cantinho se derreter com seu toque.

Nunca imaginei sentir isso por alguém.

Senti meu corpo ser sutilmente empurrado para o sofá e acabei caindo sentada. Andrea me olhava com olhos cobiçosos de pura luxúria e um sorriso muito safado em seu rosto. Retribui o sorriso e mordi os lábios de uma forma que ela pudesse sentir o quanto a queria.

Erguendo a saia, Andrea se sentou em meu colo, uma perna de cada lado. Senti o calor que vinha dela se misturar com o meu, me deixando arrepiada. Suas mãos em meu rosto me puxaram para um beijo urgente e enquanto as minhas brincavam na barra de sua blusa.

Seus beijos percorreram minha mandíbula até encontrar o lóbulo de minha orelha, as borboletas todas brincando dentro de mim. Ali ela mordeu e chupou com vontade, fazendo meu corpo reagir e meu centro pulsar de desejo.

Soltei um gemido rouco e ela suspirou em meu pescoço. As roupas começaram a incomodar, eu precisava senti-la. Dei um beijo suave em seu ombro que estava a mostra, agarrei sua blusa e fui subindo pelo corpo, passando as mãos bem lentamente pelas suas laterais, com Andrea facilitando e erguendo os braços.

Ela era estonteante e para minha total perdição usava um sutiã branco de renda La Perla.

--Miranda, tem certeza que quer isso? - Sussurrou.

--Nunca tive tanta certeza na vida An-dre-ahh! - disse com a voz extremamente rouca e carregada de desejo.

Andrea colou nossos lábios em um beijo ardente, como resposta ao que eu tinha dito, nossas línguas se tocando sedutoramente. Corri as mãos por suas pernas e fui subindo descaradamente por dentro de sua saia, eu precisava tanto dela. Quando apertei forte sua bunda, ela gemeu baixinho em minha boca. Isso era melhor do que sonhei.

Toquei sua calcinha, a puxando de lado e a senti molhada, ela mordeu meu pescoço no ato. Não resisti e inverti nossas posições. Arranquei minha camisa, estourando os botões e ela riu, me fazendo rir de volta.

--Isso é desespero, Miranda?

--É puro desejo por você, menina tola.

-- E eu só quero ser sua.

--Isso é tudo? - E sorri para ela.

--Sim, isso é tudo, tudo que mais quero.

Eu a beijei colando nosso corpos, as roupas foram deixadas de lado. Seu corpo ainda estava frio da tempestade e das roupas molhadas. O calor da lareira nos aquecia em meio a chuva fria que caia a nosso redor, nada poderia ser mais perfeito.

Eu estava receosa, pois meus sentimentos eram complicados e vinham junto do medo de ser rejeitada novamente. Esperava tudo e ao mesmo tempo nada, viver um dia de cada vez. Hoje eu iria ama-la de todas as formas.

Toquei em seu rosto em um carinho suave e desci minha boca pelo pescoço alvo, parando somente para guardar seus traços em minha memória. Tomando seus seios em minhas mãos, desci a boca até achar os montículos rosados, circulei cada um com a língua e depois suguei delicadamente, fazendo-a gemer meu nome.

Fui descendo meus beijos pela sua barriga, deixando traços de saliva por onde passava. Quando cheguei a sua virilha, fiquei inebriada pelo cheiro delicioso que vinha de sua excitação. Ergui a cabeça, olhando nos olhos escuros de desejo, passei meus dedos pelo sexo molhado, suas mãos se prendendo em meus cabelos, me forçando a abaixar e ali depositar meus beijos. Eu não a chupei, eu a beijei, beijei cada parte de seu sexo enquanto ela gemia baixinho.

Corri minha língua por suas dobras sentindo seu gosto e como era deliciosa. Eu queria que ela fosse minha e a penetrei com dois dedos. Andrea arqueou as costas deliciosamente e minha outra mão subiu arrastada pelo seu corpo, alcançando seu seio e brincando com seu bico.

Com movimentos ritmados entre boca e dedos, fui devorando Andrea.

Queria beber cada gota de seu prazer por cada segundo que a desejei. Ela gemia gostosamente e se entregando, com um misto de sensualidade e ternura, aos meus toques.

--Ah Miranda...- sussurou enfiando os dedos em meus cabelos.

Fui aumentando os movimentos gradativamente e ela derretendo em minha boca. Tão gostosa.

--Não pare... Não pare...

Eu estava em brasa, queimando de desejo e amor por essa menina tola. Aumentei a intensidade ao ponto que ela arqueou as costas e gemendo meu nome alcançou seu clímax. Subi por seu corpo beijando cada pedacinho até chegar em sua boca, meus seios encontrando os dela, causando arrepios por todo corpo.

Ela me beijou apaixonadamente e inverteu as posições. Erguendo minha perna se encaixou em mim, colando nossos sexos encharcados de desejo. Com os cabelos revoltos caindo pelos ombros e a boca inchada, ela estava linda.

Quase perdi os sentidos quando Andrea começou a rebolar sensualmente, fazendo nossos corpos dançarem em um ritmo quente, nossa lubrificação se misturando. Ela mordeu os lábios e apertou meus seios, o que me levou a loucura.

Era tudo perfeito demais.

Ficamos nesta entrega gostosa até chegarmos juntas ao orgasmo. Ah sim, foi o melhor que já tive, por toda entrega e sentimento vivenciados e por todas as palavras presas que não dizemos.

Andrea beijou meus lábios devagar e se aconchegou em mim com a respiração ofegante. Seus olhos estavam úmidos de emoção e eu me senti completa.