Riscos

980 105 35
                                    


Gente, ontem eu deveria ter postado, porém meu trabalho me consumiu tanto essa semana que eu queria muito descansar, não fisicamente e sim mentalmente. Esse capitulo esta pequeno mas espero que vcs possam entender o que Miranda sente e o que se passa na cabeça dela.

Volto assim que possível, bjxxx


*************************************************


Miranda

Depois de toda essa intensidade de sentimentos, de sentimentos nublados e da noite quente de amor, o certo seria descansar e dormir o sono dos justos.

Andrea já dormia profundamente e um sorriso habitava em seu rosto, um sorriso suave e de quem dormia completamente satisfeita. Mas eu não consegui. A madrugada chegou com Sachs enroscada em mim, completamente relaxada e exausta.

Nunca permiti nenhum de meus ex-maridos dormirem comigo enquanto fomos casados. Era uma novidade e eu estava apreciando. A maciez e a quentura da pele, o toque aveludado, as mechas do cabelo castanho caindo por seu rosto e um ressonar que mais parecia música para meus ouvidos. Com delicadeza tirei as mechas com para não acorda-la.

Ela estava tão linda, a boca inchada, os grandes cílios sombreando seus olhos e um pequeno sorriso no canto da boca, era quase uma pintura. Eu gostaria de aproveitar mais esse momento, que era tão raro em minha vida, porém minha cabeça só pensava em como seria a partir de agora.

Será que minha necessidade de amor era tão grande que ficava sub-entendida? É difícil falar sobre sentimentos, mais fácil seria suprimir no peito do que ter uma habilidade para sentir e amar.

Meu instinto de defesa era a frieza, mas não significava que eu não precisava de amor. Só não acreditava que eu era digna dele até horas atrás. Existem muitas formas de amar e essa que vivi hoje era novidade para mim.

Devido a abstinência de amor surge a solidão, muros e armaduras eram erguidos para negligenciar o coração. Porém algumas vezes eram deixados de lado dentro de um abraço sincero, de uma demonstração de carinho para aí somente transbordar de intensidade.

Andrea chegou muito mais longe que qualquer um que ousou se aproximar e agora eu precisava decidir o rumo dessa possível relação. Por isso eu deveria tomar uma atitude ou me machucaria novamente.

Eu não suportaria outro relacionamento fadado ao fracasso. Como sempre, eu estava arriscando mas precisava ser calculista como nunca nessa hora, pois precisava ter certeza e somente dessa forma seria possível.

Devagar me desvencilhei dela e fui em direção a biblioteca. Abri meu notebook e comecei a redigir sua carta de demissão e uma carta de recomendação, que seria o passaporte, para qualquer lugar que ela quisesse trabalhar. Seria uma prova de fogo, se ela voltasse seria porque me amava. Se partisse de vez eu estaria preparada, pelo menos era o que eu pensava.

Enquanto digitava, beberiquei meu drink e imaginei como ela se portaria. Eu estava apostando alto, Andrea Sachs levaria um grande susto quando acordasse, e meu ego precisava saber se estava gastando seu tempo à toa ou se ela realmente iria voltar. Muitas suposições, muitos receios e um coração partido em muitos pedaços, essa era Miranda Priestley.

Coloquei as cartas dentro de um envelope e com ele em mãos subi vagarosamente as escadas até meu quarto. Ao entrar, tive uma visão magnífica, Andrea deitada de bruços com a coberta ocultando somente algumas partes de seu corpo.

Ela seria minha perdição.

ParalelasOnde histórias criam vida. Descubra agora