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As palavras de James ainda dão arrepios pelo meu corpo

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As palavras de James ainda dão arrepios pelo meu corpo. "Acho que estou apaixonado por você, Summer". Eu não respondi, mas também não tive como, ele não me deixou falar nada. Assim que as palavras saíram de sua boca, ele me beijou como nunca tinha feito antes e me deitou na cama. Então ele me ensinou um idioma secreto, uma língua que eu não vou poder falar com mais ninguém.

Nós fomos para casa – cada um em seus carros, moletons no rosto – e ele não disse mais nada além de um "te ligo depois" antes de me dar um beijo carinhoso na cabeça.

Ele não ligou ainda. Não que eu esteja esperando, não que eu tenha cancelado meus planos para o caso dele ligar. Só se passaram três dias. Às vezes ele só liga depois de cinco. Mas eu não consigo parar de pensar no que ele disse e no que isso significa. Nós somos um casal agora? Nós vamos andar de mãos dadas na rua e contar pros nossos amigos sobre nós? Ele vai vir jantar com meus pais e rir das piadas deles?

Meu telefone toca e meu coração salta no peito apenas para murchar um pouco. É Lucy, minha melhor amiga.

Você vai "correr" essa noite de novo?, diz a mensagem.

Ela não sabe sobre James, mas ela sabe que eu não tenho corrido como digo. Ela é esperta e por mais que eu volte corada todas as vezes, ela não acredita que eu esteja cancelando a maioria dos nossos encontros para correr.

Hoje não, respondo.

A próxima mensagem vem no mesmo minuto. Passando para te buscar em 10. Shopping.

Reviro meus olhos. Não quero sair. Quero ficar em casa remoendo uma frase e pensando em olhos negros, esperando o telefone tocar.

Sério, August, você me deve e eu não vou aceitar não como resposta. Vista-se e me espere na varanda.

Suspiro alto quando leio sua intimação e me sinto um pouco culpada por tudo isso. Respondo um "ok" e faço o que Lucy diz, escolhendo um jeans justo e escuro e uma blusa preta. Enfio meu celular no bolso, espirro o primeiro perfume que eu vejo – ironicamente o que eu sempre uso quando vou encontrar James – e desço as escadas.

– Estou saindo com Lucy. – grito para minha mãe que está enfiada no escritório.

– Divirta-se. – ela responde sem nem ao menos colocar a cabeça para fora da sala.

Uma buzina soa no instante seguinte.

Lucy está bufando quando eu entro pela porta do passageiro.

– Está atrasada.

– Dois minutos. – reviro os olhos.

– Bom te ver, estranha, por onde andou? – ela sorri maliciosamente para mim e começa a dirigir.

Dou de ombros e suspiro.

– Você sabe, só estou correndo.

– Vai participar de uma maratona? Porque você tem corrido durante horas.

– Talvez. – sorrio.

Ela estreita os olhos para mim e bufa outra vez.

– Você pode me contar qualquer coisa, sabe disso, não sabe?

Exceto isso, penso, mas aceno com a cabeça para ela. Eu nem sei porque temos que manter segredo, mas preciso falar com James primeiro. Era estimulante no começo, mas agora não faz muito sentido.

Lucy para o carro no estacionamento do shopping e nós seguimos para o corredor das lojas, ela me contando sobre o livro novo que está lendo, mas eu paro de prestar atenção assim que viramos a esquina.

Porque bem ali, na frente da cafeteria, olhos negros estão me encarando. Olhos negros que estão ligados a um rosto lindo quase escondido por um boné de beisebol. Um rosto que está ligado a um corpo que eu já conheço bem. Um corpo que está abraçado a alguém, alguém ainda mais bonita pessoalmente.

Betty.

Betty

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