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O ar é salgado

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O ar é salgado. Nós andamos pela areia, procurando um lugar para nos sentarmos. James me trouxe a Fort Tilden Beach, uma praia mais tranquila que eu só visitei uma vez. É bonito o contraste entre a natureza e os vestígios de instalações militares.

Não há muita gente por aqui, apesar de ser agosto, e eu fico um pouco mais calma, com menos medo do que pode acontecer hoje. É o nosso primeiro encontro em um local público e eu ainda não sei o que pensar sobre isso. Ele não disse nada no caminho, apenas dirigiu até aqui com a mão na minha coxa, me deixando apreensiva o trajeto inteiro.

Ele trouxe uma cesta de piquenique e uma toalha estampada. É fofo. James escolhe um lugar, o mais afastado que consegue, e nós somos os únicos em um raio de dois quilômetros. Ele estende a toalha, apoia a cesta e nós nos sentamos um do lado do outro.

– Eu só vim aqui uma vez. – digo enquanto olho ao redor.

– Você não mora em Nova Iorque há muito tempo? – ele pergunta, os olhos escondidos pelos óculos escuros na direção do mar.

– Faz quatro anos.

James se vira para mim e me dá um meio sorriso.

– Você quase não tem mais o sotaque de Nashville. – ele diz.

Dou de ombros e me deito na toalha. James se deita ao meu lado, os dedos traçam minha cintura exposta e ele tira os óculos para conseguir me olhar. Eu encaro o céu azul, os olhos quase fechados por causa da claridade.

É esquisito. Estar aqui fora, em uma praia, com James. Sem ter que me esconder, sem ter que me preocupar se alguém vai me ver. Não que saibam que estou aqui com ele. Eu disse que ia correr na praia.

– O que está pensando? – ele sussurra.

– O que estamos fazendo aqui?

– Passando um tempo juntos, eu e você.

– Em público, eu quis dizer.

Ele dá de ombros e chega mais perto, o nariz quase se enterrando no meu pescoço.

– É mais divertido.

Me viro e encaro seus olhos, brilhando como uma criança assim que ganha um brinquedo novo. Eu não entendo James, eu não faço ideia do que se passa na cabeça dele ou dos seus planos, se ele vai me ligar quando esse verão acabar e ele for pra faculdade. Não sei mais. Não depois que ele disse que estava apaixonado por mim.

Nós não conversamos sobre isso. Eu não tive coragem para tocar no assunto e ele não comentou nada. É como se ele nunca tivesse dito aquelas palavras.

– Sabe, eu odeio multidões. Já te contei isso? – ele diz para mim.

Balanço a cabeça, negando. Ele suspira e olha ao redor.

– Eu fico nervoso, ataques de pânico, sei lá. – ele dá de ombros.

– Foi por isso que você escolheu a única praia deserta que não fica há 3 horas de casa?

Ele me dá um sorriso malicioso, os dedos em minha cintura subindo para minhas costelas, por baixo do cropped que eu uso, roçando a lateral do meu seio.

– Por outros motivos também.

James me beija lento e gentil. Seus dedos estão sobre minhas costelas, o polegar se aventurando por baixo do meu biquíni. Ele encontra um mamilo e o aperta, um gemido rouco soando das nossas bocas no mesmo instante.

– Eu amo o que você faz comigo. – ele sussurra com os lábios na minha boca ainda. – Eu amo isso.

– Isso o quê?

– Essa sensação.

Ele me beija de novo, mais forte dessa vez, com mais vontade, a mão inteira segurando meu seio por baixo do cropped. Meus dedos estão em sua cintura, desesperados para descer, para tocar alguma coisa.

James para de me beijar por um segundo, o suficiente para tirar a blusa e a jogar por cima das nossas cinturas como um pequeno cobertor. Espalmo a mão em suas costas, sinto os músculos definidos, a pele macia. Ele aperta meu seio com mais força, dois dedos brincando com o mamilo, me estimulando até eu ficar sem ar.

– Porra. – ele desce a boca para o meu pescoço e me morde de leve. – Porra, eu amo você. 


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