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Nós temos nos encontrado todos os dias, James e eu

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Nós temos nos encontrado todos os dias, James e eu. Fomos ao cinema, 5 dias atrás, em uma sessão as 10pm de um filme que ninguém queria ver e eu também não posso dizer que saiba sobre o que era. Nós passamos as duas horas fazendo todo o tipo de coisa que não se deveria fazer em público.

Não voltamos a nenhum quarto de hotel e, tirando esse dia, só nos vemos em estacionamentos quase vazios. James diz que é mais emocionante, mais excitante. Eu concordo, mas não entendo.

E James tem andado um pouco estranho. Faminto demais, quase beirando a desesperado. Ontem ele praticamente pulou para dentro do meu carro assim que eu estacionei e me beijou como se não me visse há dias. Ele diz que me ama o tempo inteiro, que ama estar comigo, que ama essa emoção. Mas ele não fala sobre sairmos do escuro ou sobre o que vai acontecer daqui há quatro dias quando o verão acabar.

E eu? Eu estou arruinada.

Pego o perfume na prateleira e quase o passo até me lembrar que não mais. Todas as noites eu repito esse processo, de pegar o perfume, quase espirra-lo em mim por hábito e deixa-lo na prateleira de volta. O perfume que eu escolhi especialmente para ele e não posso mais usar.

Termino minha maquiagem, pego minha bolsa e saio de casa. Meu pai e minha mãe estão jantando fora e deixaram o carro, então eu agarro as chaves e entro no sedã preto.

Pego a estrada mais longa, mesmo que não precise mais me preocupar se alguém vai me ver as dez horas da noite. Ninguém vai.

O estacionamento está vazio e escuro como sempre. Mas James já deveria estar aqui. Estou atrasada, mas ele sempre me espera. Duas noites atrás tive que sair com Lucy e Alex, que agora são oficialmente um casal, e me atrasei trinta minutos para encontrar James por conta disso. Mas ele estava aqui ainda sim.

Pego meu celular e corro as mensagens deles. Um monte de "me encontre atrás do shopping, baby". Confiro o horário e estou 10 minutos atrasada só. Envio uma mensagem dizendo que estou aqui esperando por ele.

Ele não responde.

Ele nem ao menos visualiza.

Espero por meia hora antes de mandar outra mensagem apenas para terminar como a primeira: sem resposta.

Tento ligar. Talvez ele esteja dormindo e tenha se esquecido, certo?

Caixa postal.

A voz dele na mensagem gravada dizendo "ei, é o James. Deixe seu recado, talvez eu escute algum dia" me deixa nervosa.

Aconteceu alguma coisa.

Ou ele simplesmente não vem.

Abro o twitter da sua irmã. Eu não deveria ter feito isso, não deveria ter procurado Inez, mas não aguentei a curiosidade.

Há uma sequência de tweets. De quinze minutos atrás. Meu coração se parte um pouco quando eu o leio.

James é o pior irmão do mundo, meu deus.

Ele acabou de cuspir na pipoca porque não quer dividir comigo.

Eu vou matá-lo.

A noite dos filmes vai ser ótima com meu irmão morto aos meus pés.

Ele não vem.

James não vem e não me avisou.


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