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James não me ligou

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James não me ligou. Não falo com ele desde o dia vinte e seis de agosto, quando às quatro da tarde ele me mandou uma mensagem dizendo para eu aparecer no estacionamento atrás do shopping às dez da noite. Mas ele não apareceu. Não respondeu minhas mensagens, não me ligou no dia seguinte dizendo "desculpa, Summer, surgiu uma coisa" ou "eu não vou porque já cansei de você".

Ele só está incomunicável. Eu sei que não aconteceu nada porque eu vejo os tweets da sua irmã, Inez, e ela sempre fala sobre ele. E também porque ele postou uma foto dois dias atrás com uma legenda que não fazia sentido algum, mas lá estava ele. Lindo e não acidentado. 

Mas ele não responde minhas mensagens. Não atendeu quando liguei. Não apareceu quando eu cancelei todos os meus planos de novo e esperei por ele atrás do shopping durante quatro horas todos os dias até hoje.

E eu deveria saber que esse é o problema dos casos ilícitos, esse é o problema de encontros clandestinos e olhares roubados. Eles te mostram a verdade uma vez só e depois só mentem e mentem e mentem. E te arruínam. 

Controlo as lágrimas que insistem em acumular nos meus olhos e respiro fundo.

Então meu telefone toca e o nome de James ascende na tela.

– Oi, baby. – ele diz e eu morro um pouco.

– Oi. – minha voz faz pouco para demonstrar a bagunça dentro de mim.

– Me encontra atrás do shopping?

Olho o relógio na mesinha de cabeceira ao meu lado. 9pm.

– Agora?

– Pode ser? Eu chego em cinco minutos.

Eu deveria dizer que não. Deveria dizer "Não, James. Não, eu vou me encontrar em você. Não, eu não quero te ver. Não, eu não vou". Mas minha boca diz o contrário.

– Sim. Chego em dez.

– Perfeito. – ele desliga.

E eu morro um pouco mais.

Mas calço meus pés, limpo um par de lágrimas que escorreu sem permissão, grito para meus pais na sala de estar que estou indo encontrar Lucy e que estou levando o carro.

Dirijo no automático e chego no shopping em sete minutos. Há apenas um carro e James no estacionamento, parado encostado na parte traseira, as mãos no bolso dos jeans Levi's, o boné de beisebol cobrindo os cabelos. Lindo. Mentiroso. Lindo.

Estaciono na vaga ao lado e ele abre a porta do passageiro. Não digo nada quando ele se senta e se vira para me olhar, os olhos negros vermelhos.

– Ei, baby. – a voz dele é suave.

E eu quero gritar.

– Desculpe por ter sumido. – ele suspira, mas não soa sincero. Soa forçado, como se ele tivesse treinado as palavras o dia todo.

Não respondo. Mal consigo olhar para ele. Meu coração está batendo como um louco no meu peito e eu quero vomitar.

– Summer... – ele suspira outra vez. – Porra, isso é difícil.

Isso me faz rir. Uma risada amarga e fraca. 

– Difícil? Isso é difícil para você, James?

Ele pega meu rosto com uma mão, os dedos em meu queixo, e me obriga a olhar para ele. Os olhos dele estão cheios de lágrimas não derramadas.

– Eu amo você, Summer, mas ela... ela é diferente. Ela é como meu cardigã favorito.

E eu morro de novo. Um milhão de vezes.


oi, meus amores

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oi, meus amores.
tudo bem com vocês? só pra lembrar que faltam 2 capítulos pro final de IA.

o que vocês acham que vai acontecer?

amo vocês!!

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