counting paths

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Em algum lugar que eu reconheci
Contando todos os passos ao longo do caminho
Além do que eu estive antes
Toquei sua mão, mas nada mais
Ninguém nunca me olhou assim
Ninguém nunca me olhou assim
Ninguém nunca me olhou assim
Logo seu toque desaparecerá
É algo que eu reconheço
Algo que eu deveria ter vindo a temer
Traçei as linhas em seu rosto
Elas contam a história que você não pode apagar
Ninguém nunca olhou para você dessa maneira
Ninguém nunca olhou para você dessa maneira
Ninguém nunca olhou para você dessa maneira
Bem, se eu pudesse me desculpar
Colocar a luz de volta em seus olhos
Ninguém nunca me olhou assim






Selena tinha a respiração descompassada e ofegante, o corpo ainda estava cheio de adrenalina e o coração estava prestes a explodir no peito, ela podia sentir cada nervo do seu corpo pulsar. O som que saia da sua boca e nariz era constante e compassado. Sentiu frio nas mãos e abaixou os olhos para as mesmas, repletas de sangue até metade dos braços, assim como as roupas e os respingos no rosto. Na mão direita, ainda segurava o pequeno canivete suíço que um dia havia sido prata, agora era vermelho sangue. Apertando-o com toda a força que tinha. Ela levou a mão esquerda até o rosto e limpou um pouco de sangue que havia espirrado em seus lábios.

- Eu disse para não machucá-la.


48 HORAS ANTES


Wilmer atravessou o estacionamento cabisbaixo enquanto limpava o sangue das mãos com um velho trapo de pano. Olhou para os dois lado e encontrou o local vazio, já era noite e todos já estavam em casa. Jogou o pano sujo em uma lixeira na rua e entrou no seu carro, arrancando em alta velocidade para o seu próprio apartamento depois de garantir que Mike Bayer não fosse falar nada. Enquanto dirigia, discou um número no telefone e aguardou a chamada ser atendida.

- Olá Wilmer. - RiRi atendeu levemente irritada.

- Olá, como vai? Alguma novidade?

- Já falei que estou cuidando do assunto. Eu não gosto de ser cobrada, especialmente por homens que estão abaixo de mim.

Wilmer fez uma carreta dentro do próprio carro, ignorando a atitude dela pois sabia que ainda tinham assuntos inacabados.

- Resolva isso logo ou eu mesmo vou. Fale com a merda da sua puta.

- Vou ver o que posso fazer. - RiRi respondeu desinteressa. - E por enquanto Wilmer, não faça nada idiota.

- Você me conhece.

Ele desligou a chamada e atravessou a cidade dirigindo acima do limite de velocidade. Assim que chegou, subiu para o seu apartamento e tomou um bom banho. Se livrou das roupas sujas de sangue e que podiam ser consideradas como provas, e as colocou em um saco de lixo preto para jogá-la em alguma lixeira da cidade. Ouviu a campainha tocar e foi atender, deixando Liam entrar.

- Resolveu o problema com o psiquiatra? - Liam perguntou ansioso.

- Sim. - Ele respondeu. - Garanti que ele não falasse mais por um bom tempo.

- O que você fez? - Liam perguntou rindo e se servindo de uma bebida no mini-bar no canto da sala.

- Dei uma boa surra nele, quebrei os dentes e o maxilar. Espero que ele aprenda a lição.

- E quanto a prostituta e Demetria?

- Já liguei para RiRi, vou esperar até amanhã sobre a prostituta e depois disso eu mesmo vou cuidar do assunto.

SOUVENIR // semiOnde histórias criam vida. Descubra agora