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POV S/N
-Amor, estou pronta! - Digo assim que chego na sala, onde Cavani jogava vídeo game.
-Então vamos? - Ele disse desligando o aparelho.
-Você tem certeza que quer ir? Meus pais são pessoas difíceis de lidar e vivem me empurrando para o filho do sócio deles.
-Temos que encarar isso logo, não é mesmo? Não quero conhecer seus pais no dia do nosso casamento. - disse colocando uma mexa do meu cabelo para trás da orelha e me dando um selinho para reconfortar.
-Depois não me diga que eu não avisei! Você vai entender porque eu fico tanto tempo sem ir lá ou falar o que está se passando na minha vida. - digo o abraçando.
-Qualquer coisa nós voltamos, não custa tentar. - ele fala e eu aceito, caminhamos até o carro e seguimos até a casa dos meus pais.
Quando eu era menor, eu era a garotinha da família. Minha relação com os meus pais era ótima, mas eu fui crescendo e isso foi mudando. Meu pai foi se afastando por conta do crescimento de sua empresa, vivia viajando e quando não estava viajando vivia brigando comigo ou me empurrando para os filhos dos seus sócios. Já minha mãe, simplesmente não ligava para nada, preferia sair e fazer compras com as amigas do que ficar comigo. Não foi minha opção me afastar deles, eles que me afastaram e eu só fui, não aguentava mais viver daquela maneira.
Agora aqui estou eu, tentando ser feliz com a pessoa que eu quero passar o resto da vida. Ainda não estamos noivos, mas já pensamos nisso e é por isso que Cavani quer tanto conhecer meus pais. Eu só espero que dê tudo certo e que, por um milagre vindo dos céus, meus pais aceitem e me apóiem nisso. Afinal, os pais dele sempre nos apoiou e seria um sonho os meus apoiarem também.
-É essa casa com a fachada branca. - aponto para a mesma enquanto nos aproximamos com o carro.
-Você avisou a eles que viriamos, né?
-Sim, amor.
-Ei! Vai dar tudo certo, okay? - ele pergunta segurando minha mão e eu sorrio em resposta. - Vamos!
Caminhamos até a porta de entrada e tocamos a campainha. Escuto o barulho da chave e logo minha mãe aparece, com os cabelos presos em um coque e com um vestido arrumado.
-Podem entrar, queridos. - ela disse sorrindo e nós a obedecemos. - Como vai querida?
