Leandro finalmente chegou em Floripa, agora vamos acompanhar suas aventuras pelo litoral Catarinense.
Para os ansiosos de plantão, sim, neste capítulo ele irá conhecer o famoso JB.
Na trilha sonora, meu querido Lulu Santos com Um Certo Alguém
"E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção"
(...) e quando vi a proposta para transferência para lá, meu coração bateu mais forte, eu nem imaginava o quanto minha vida seria transformada, com a minha decisão de me mudar para a Ilha da magia.
O ano de 2019 começou com minha mudança para Floripa, dizer que eu tinha superado totalmente minha decepção por não poder ser um caçador, um atirador de elite, eu estaria mentindo, porém, ser considerado um dos melhores instrutores de tiro, ter fila de soldados para fazer parte do meu pelotão, ou ainda ser disputado pelas Brigadas, era muito satisfatório, era fruto da minha dedicação.
Fui mais uma vez muito bem recebido, desta vez fui recepcionado já no aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis pelo meu superior, o Major Antunes, e o General da Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis, General Fernandes.
Fui levado até a Brigada, e passamos todo o dia conversando sobre o desenvolvimento do meu trabalho, o General Fernandes queria montar uma unidade de instrução de tiros ali em Florianópolis, eu não comandaria somente um pelotão e sim, comandaria uma unidade, e a princípio instruiria todos os soldados subordinados a Brigada de Florianópolis, e até outros soldados que quisessem ir até ali para buscar aperfeiçoamento.
Notei que o General era ambicioso, mas no sentido bom da palavra, ele ansiava marcar seu nome em sua passagem pela Brigada, ele tinha carta branca do General Souza Franco, da 5ª. Divisão de Curitiba, o mesmo que foi a Pelotas no dia do Soldado e me proporcionou a transferência para Cascavel.
No Brasil há 12 Regiões Militares, as chamadas RMs, o General Souza Franco, era o comandante da 5ª. Divisão de Curitiba, que compreendia Paraná e Santa Catarina, ele era muito influente, tinha muitos amigos, General Fernandes, de Floripa, era um destes.
A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis, comandava o Pelotão de Polícia do Exército, o Batalhão de Infantaria de Florianópolis, onde eu também usaria as instalações, o Batalhão de Infantaria de Blumenau, o Batalhão de Infantaria de Joinville, o Grupo de Artilharia de Campanha de Criciúma e ainda, a Companhia do 63° Batalhão de Infantaria, em Tubarão.
Havíamos combinado que eu ficaria no Hotel de Trânsito de Florianópolis, que ficava no bairro Coqueiros, um hotel de trânsito, é um hotel de responsabilidade de uma Brigada ou Batalhão, e proporciona hospedagem para os oficiais em trânsito ou a passeio na cidade.
O Comando da Brigada ficava na ilha, no Centro de Florianópolis, perto do Beira Mar Shopping e do Hospital Governador Celso Ramos, o bairro Coqueiros, onde ficava o Hotel, é o último bairro à direita para que vem da BR 101, antes das pontes que dão acesso a ilha, ou seja, ele ficava no Continente. O trajeto é curto, mas dependendo do horário, entrar ou sair da ilha é um suplício, principalmente na alta temporada.
Minha primeira missão era escolher um local ideal para fazermos os treinamentos de tiro, devido a ausência de um campo de instrução próprio à Organização Militar, já que tanto a Brigada e o Batalhão de Infantaria, localizavam-se no meio de casas e do comércio local, e não possuíam espaço suficiente.
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