Ludmilla estava há quase um minuto boquiaberta quando viu Brunna retirar a jaqueta ao finalizarem o jantar, assim que iam em direção ao carro. Ela usava um vestido branco esplêndido, o que fez Ludmilla suspirar.
-- Você está mais linda do que o normal, porque se escondeu detrás dessa jaqueta? -- Ludmilla perguntou, vendo Brunna sorrir e a encostar na porta de seu carro.
-- Não estava me escondendo. -- Brunna disse, enlaçando seus braços pelo pescoço de Ludmilla após colocar a jaqueta sobre o capô do carro. -- Estava guardando o melhor para o fim da noite. -- Ludmilla sorriu e fechou os olhos quando sentiu os lábios de Brunna relarem nos seus.
-- Quando eu acho que já vi seu auge de beleza você vem e me mostra que eu estava equivocada; que você pode ser mais linda. -- Ludmilla disse, sentindo o nariz de Brunna pincelar o seu.
-- Obrigada. Eu digo o mesmo de você. -- Brunna disse, percorrendo o vestido vermelho esvoaçante de Ludmilla com os olhos. -- Gostou do jantar?
-- Adorei, Bu. -- Ludmilla disse sorrindo. -- Mas ainda estou esperando a sobremesa. -- Brunna riu graciosamente e lhe deu um beijo na testa.
-- Você cresceu rápido demais, ainda não acredito às vezes.
-- Qualquer cérebro despertaria rápido tendo você como namorada. -- Ludmilla disse verdadeiramente, vendo Brunna mordeu seu próprio lábio.
-- Vamos ou prefere fazer mais alguma coisa? -- Brunna perguntou.
-- Prefiro fazer outra coisa, mas precisamos ir para isso. -- Brunna gargalhou e assentiu.
-- Você sempre fala tudo o que vem à sua mente e eu simplesmente adoro isso. -- Brunna disse, puxando Ludmilla pela mão e abrindo a porta do carro para ela entrar.
-- É que não dá para tentar esconder o que penso quando preciso controlar minha respiração ao estar perto de você.
-- Sempre com a resposta na ponta da língua. -- Brunna disse e Ludmilla sorriu, dando-lhe um selinho antes de entrar no carro e ver Brunna fechar a mesma, pegar sua jaqueta, dar a volta no carro e entrar. -- Coloque o cinto, Lud.
-- Desculpe, tinha esquecido. -- Ludmilla disse, colocando o cinto. -- O Leo está no banco de trás. Deixo ele ali ou...
-- Você que sabe. -- Brunna disse e Ludmilla entortou o corpo o olhando.
-- Podemos deixar ele virado para a parede, ou melhor, na sala?
-- Por quê? -- Brunna indagou. -- Ele está de e castigo? -- Perguntou rindo.
-- Não, Bu, é só que eu não quero que ele nos veja peladas. Ficaremos peladas, não ficaremos? -- Brunna corou levemente, não estava acostumada a falar tão abertamente assim.
-- Eu espero que sim. -- Respondeu com sinceridade, rindo para disfarçar o constrangimento, dando partida no veículo.
-- Bu, você já... -- Ludmilla mordeu seu próprio lábio antes de olhá-la. -- Esteve com outra pessoa? Igual nós ficaremos? -- Brunna desviou os olhos da estrada por alguns segundos apenas para ver Ludmilla lhe olhar ansiosa pela resposta.
-- Sim. -- Brunna disse, entrelaçando os dedos de sua mão direita com os de Ludmilla. -- Mas não, ao mesmo tempo. -- Ludmilla franziu o cenho em confusão.
-- Não entendi. -- Ludmilla disse.
-- Eu sei, pretendia explicar. -- Brunna disse. -- Eu já tive relações sexuais com outras pessoas, se é o que quer saber, mas não amava nenhuma delas, muito menos da forma como eu amo você. -- Explicou. -- Então nada nunca se comparará a você, amor. -- Ludmilla sorriu e olhou para a estrada.
-- Eu não sei por que, mas meu coração está muito acelerado e minhas mãos estão suando frio. -- Ludmilla disse, balançando os pés impacientemente. -- Quer dizer, sei que é porque estou ansiosa e nervosa, mas não sei por que estou assim.
-- Posso te ensinar um truque? -- Brunnaa perguntou e Ludmilla a assentiu. -- Não fique pensando no que faremos, imagine que é só mais um dia normal que você vai dormir em casa.
-- Não dá. -- Ludmilla disse, olhando pela janela. -- E se eu fizer algo errado e você não gostar mais de mim? -- Brunna riu e negou com a cabeça.
-- Não há absolutamente nada nesse mundo que você possa fazer esta noite que me faça te amar menos. -- Brunna disse docemente. -- Podemos só assistir filmes, de verdade, caso não queira, não tem problema.
-- Bu, acredite em mim, eu quero muito, você precisa acreditar. -- Brunna sorriu e assentiu, se inclinando rapidamente para dar um selinho em Ludmilla.
-- Hey, não se esqueça de que amanhã teremos que acordar cedo. Alguém começará a aprender a dirigir. -- Brunna disse e Ludmilla assentiu animada.
-- Se eu bater seu carro culpe a professora. -- Brunna riu alto ao ouvir aquilo.
-- No caso eu. -- Brunna disse e Ludmilla assentiu em um murmúrio. -- Tudo bem. -- Brunna disse, estacionando o carro quando viu que chegaram. Não poderia mentir ao dizer que não estava nervosa, mas estava, sobretudo, feliz e ansiosa.
-- E se eu deixar o Leo aqui no carro e vir buscar ele amanhã cedinho? -- Ludmilla disse e Brunna soltou seu cinto.
-- Acho que ele ficará bem aqui. -- Contestou, vendo Ludmilla soltar seu próprio cinto e abrir a porta para sair do carro.
Brunna copiou o gesto e ligou o alarme do carro, entrelaçando seus dedos aos de Ludmilla e fazendo a garota sorrir. Sentir os dedos macios e quentes de sua namorada aliviou um pouco o nervosismo de Ludmilla e logo seguiram até a porta da casa. Brunna abriu a porta e fez uma reverência para Ludmilla entrar. A maior viu tudo escuro e ficou confusa.
-- Aonda estão todos, Brunna? -- Ludmilla perguntou, escutando a porta ser fechada e trancada atrás de si antes de sentir um braço de Brunna rodear sua cintura por trás enquanto o outro puxava seu cabelo para o lado, para então sentir a garota depositar beijos lentos ao longo de seu pescoço e nuca, o que fez Ludmilla se arrepiar instantaneamente.
-- Dei um jeito de termos a casa só para nós duas esta noite. -- Brunna disse em um tom manso, fazendo Ludmilla fechar os olhos para apreciar o toque.
-- Eu amo quando você me faz sentir isso. -- Ludmilla sussurrou, sentindo Camila mordiscar o lóbulo de sua orelha antes de virar Ludmilla de frente e plantar um demorado selinho em seus lábios.
-- E eu amo tudo de você. -- Brunna disse, distribuindo beijos por seu pescoço e clavícula. -- Exatamente tudo. -- Disse com a voz arrastada, sentindo Ludmilla puxá-la para um beijo mais intenso.
Suas mãos apertaram a cintura de Ludmilla quando a sentiu preensá-la contra a porta, aprofundando ainda mais o beijo. Brunna escorregou as mãos da cintura de Ludmilla até a parte de trás das pernas dela, subindo-as por baixo do vestido até alcançar a bunda da garota, aplicando a precisa pressão, que fez Ludmilla arfar contra sua boca e fez ela mesma gemer baixinho ao perceber que Ludmilla usava uma calcinha bem pequena.
-- Bu, vamos subir? -- Ludmilla chamou, sentindo Brunna a prensar ainda mais contra seu corpo enquanto mordiscava sua mandíbula lentamente.
-- Vamos. -- Disse, sentindo Ludmilla entrelaçar seus dedos em uma de suas mãos e puxá-la escada acima. Ela respirou fundo, já estava completamente excitada e mal podia esperar para o que viria a seguir.
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Em um Piscar de Olhos (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o...