Meant To Be 𖥻 changlix

[🌼] ryuchan.

121120

Realmente havia sido um mês turbulento.

Changbin não podia, nunca, imaginar que apenas em uma de suas costumeiras idas à Sunflower's encontraria sua outra pontinha do fio vermelho do destino. Mas lá estava Felix, agora terminando de arrumar o cabelo, totalmente vestido para a ocasião mais especial do dia.

Nada diferente do lúpus, Jeongin, Hyunjin e Seungmin se encontravam com camisas sociais brancas e calças pretas; paletós em mãos, visto que não tinham certeza se deveriam usar, afinal, nunca haviam ido a um casamento na praia.

– Vamos? – Seo abraçou o namorado por trás, apoiando o queixo em seu ombro, logo vendo o sorrisinho se formar nos lábios alheios.

– Acho que estou mais nervoso que os próprios noivos.

– Você quer sempre proteger sua família, meu bem, mas não se estresse muito. Tudo está organizado, agora precisamos ir! – segurou-lhe a mão – Somos padrinhos, não podemos nos atrasar.

Hyunjin foi dirigindo, já que Felix estava especialmente sensível aquele dia e foi abraçado ao seu alfa durante todo o percurso.

As semanas que passaram juntos valeram como meses ou até mesmo anos. A sensação de casa que sentiram ao primeiro toque só se intensificava com a convivência e as novas experiências que construíam juntos, assim, não podiam evitar imaginar o futuro já com planejamento iniciado.

Próximos ao local onde a comunhão aconteceria, Changbin sentiu o coração derreter ao perceber que seu menino dormia sereno em seu ombro. Quer dizer, finalmente, dormia, já que na noite anterior, Lee cismou que algo estava para acontecer — mais especificamente, algo ruim — e isso manteve-o em alerta. Seo, apesar de tentar convencer o namorado de que tudo daria certo e que tudo estava previamente organizado pela empresa contratada, falhou completamente ao ceder ao sono e deixar seu lúpus acordado sozinho até o amanhecer.

– Meu bem, já estamos aqui. – Felix levantou coçando os olhos com os dedinhos, contudo desceu rápido do carro acompanhado dos outros homens.

O dia do casamento de Christopher e Ryujin havia, enfim, chegado. A futura Bang, sendo uma das filhas do mar, não poderia escolher outro local para concretizar a relação com o amor da sua vida que não a praia. Especialmente, a praia do primeiro beijo deles, lá no último ano do ensino médio, quando ainda eram adolescentes perdidos e sem ideias para o futuro, mas com a certeza de que estariam um ao lado do outro, independente do que acontecesse.

Foi, também, na mesma época que Chan conseguiu seu primeiro emprego, pouco após sua aprovação na faculdade de música, como compositor de uma pequena empresa que recebeu a pior notícia que poderia esperar: seus pais tinham sofrido um acidente de carro fatal que, sem dúvidas, poderia ter matado os dois na hora.

As noites no hospital faziam a cabeça do garoto de apenas dezenove anos pesar e o coração despedaçar. Em sua mente apenas seus irmãos, tão novos que nem esperava compreensão; talvez Minjae nem entendesse o que aquilo significava. Naquela época, Ryujin se tornou seu maior porto seguro, a pessoa que mais lhe passava calma, o mantinha são e, principalmente, quem tomou conta do que restou da sua família: agora, mais que nunca, suas jóias preciosas.

E assim, em uma das madrugadas mal dormidas naquela cadeira entre as camas de seus pais, enquanto segurava a mão de sua mãe e pedia para que, caso ela fosse, de fato, embora, ao menos lhe ajudasse lá de cima a criar seus irmãos para que fossem pessoas boas e, sobretudo, que fosse amor suficiente para eles, que viu a linha antes curvada se tornar reta. Eternamente.