❥ 14º Capítulo

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Na manhã seguinte Sophia pode voltar para o colégio, não que tivesse a intenção, preferiria mil vezes escutar novamente o sermão de seu pai do que ter que encarar Bernardo novamente. Se pudesse não tornaria a vê-lo nunca mais, estava ferida, magoada, mesmo que não tivesse direito.

Não era segredo algum o fato de que Sophia odiava estar naquela cidade, naquele colégio, se pudesse ter o poder de escolha com toda certeza retornaria a sua cidade, ao seu lugar de origem, localidade esta que sentia imensa falta.

Após apresentar-se na diretoria fora autorizada a retomar as aulas, e ela assim o fez, seguiu caminho pelos corredores rumo a sala de aula, encarando o relógio em seu pulso constatou que faltara pouco menos de 10 minutos para o início da primeira aula.

Sophia estava cansada, mal havia dormido a noite, ficara revirando na cama pensativa, questionando-se sobre como fora apaixonar-se tão repentinamente, como não se dera conta de que toda aquela raiva que exteriorizava escondia um sentimento reprimido. No fundo teve que admitir que meses atrás quando encontrara com a secretária do pai dele a mesma estará coberta de razão.

Parecia até mesmo uma piada de mal gosto do destino, a primeira pessoa conhecida que encontrara caminhando pelo corredor fora Bernardo que ao vê-la abriu um sorriso contido, porém prepotente como tudo o que havia nele e como se não fosse o suficiente aproximou-se.


- Está mais calma? - A questionou como se nada tivesse acontecido.

Ela fixou seu olhar nele deixando evidente a incredulidade da tamanha cara de pau que ele possuía. Lutando contra seus desejos primitivos de meter a mão na cara dele, Sophia respirou fundo. Optando por não o responder Sophia fez menção de continuar o seu caminho, entretanto ele prosseguiu.

- Você sabe que eu não te fiz nada!

Sua alegação a fez fita-lo uma vez mais, como ele poderia ser tão sínico? Como não havia lhe feito nada? Para ele dormir com ela e com sua colega de quarto na mesma semana não era nada?

- Bernardo eu não estou com paciência para você, a gente não é e nunca fomos amigos, não aja como se fossemos. - Fora ríspida em suas palavras.

- Você é muito bipolar! - Alegou enquanto balançava a cabeça de forma negativa.

Ele a encarava de modo que deixava evidente que o mesmo não sentia qualquer remorso pelo que fizera, ou melhor, ao menos conseguia compreender que suas ações que provocaram toda aquela confusão.

- E você um idiota que não vale a suspensão que tomei, então para evitar que aconteça novamente eu prefiro manter distância, pois não me arrependo e faria novamente!

- Eu não tive culpa se você não sabe se controlar e precisou me dar um banho de suco por TPM.

TPM? Como poderia ser tão imbecil.

- Vá se ferrar! - Ela ergueu sua mão até próximo a face dele e mostrou ao mesmo o seu dedo do meio antes de sair andando.

- LOUCA! - Falou em alta voz enquanto ela caminhava pelo corredor sem ao menos olhar para trás.


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